Mãe da menina Beatriz é impedida de acompanhar coletiva

Ao tentar participar de coletiva de imprensa que daria informações sobre a elucidação do crime, Lucinha Mota foi impedida de entrar a princípio. Ela não concorda com a conclusão das investigações

por Paula Brasileiro qua, 12/01/2022 - 09:46
Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo Lucinha Mota foi impedida de entrar no prédio da Secretaria de Defesa Social Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

Na manhã desta quarta-feira (12), a mãe da menina Beatriz, Lucinha Mota, compareceu à sede da Secretaria de Defesa Social (SDS) para participar de uma coletiva de imprensa sobre as investigações que apontaram o assassino de sua filha. Ao tomar conhecimento do evento através da mídia, ela decidiu vir de Petrolina ao Recife para buscar mais informações sobre o caso. Para Lucinha, os pontos levantados pela polícia para elucidar o crime não são suficientes. 

Na última terça (11), a SDS apresentou o suspeito identificado através de exame de DNA colhido no material encontrado na arma do crime. Marcelo da Silva, de 40 anos, que já está preso em Salgueiro por outros crimes, confessou o assassinato da menina. 

Ainda na terça, a mãe de Beatriz realizou uma live através das redes sociais alegando não ter sido informada sobre o desfecho do caso pelas autoridades. Ela também disse que viria ao Recife participar da coletiva de imprensa que informaria os pormenores da investigação. 

Já na manhã desta quarta-feira, ao chegar na sede da SDS, Lucinha foi impedida de entrar, a princípio. Depois da confusão ela foi autorizada a entrar no prédio.

Revoltada, ela criticou a polícia e o governo de Pernambuco e voltou a falar sobre a federalização do caso. "Nós não sabíamos de nada, fomos pegos de surpresa pela imprensa. Eles tratam as famílias de Pernambuco como animais, isso é desumano. Eu não confio na Polícia Civil. Olha como uma mãe é tratada, segurança barrando num prédio público. Esse governo do PSB é assim. Isso é governo de esquerda? Quem governa para o povo não faz isso". 

Para Lucinha, as justificativas dadas pela SDS para chegar até o nome do culpado pela morte de sua filha não são suficientes. Ela pede acesso aos detalhes das investigações como oitivas e perícias. Beatriz Angélica foi morta em 2015, aos 7 anos, dentro da escola particular onde estudava, em Petrolina (PE).

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