Professor é investigado por chamar aluna de 'gostosa'
De acordo com o boletim de ocorrência, o docente teria assediado a estudante de 15 anos na sala de aula. Ação provocou protesto de alunas
A Polícia Civil da cidade de Miguelópolis, em São Paulo, investiga um professor por suspeita de assédio a uma aluna de 15 anos. De acordo com o boletim de ocorrência, o docente, que trabalhava na Escola Estadual Willian Amin, teria chamado a adolescente de 'gostosa' dentro da instituição de ensino.
O caso foi registrado como importunação sexual, no início de março, e, nesta quinta-feira (10), estudantes da escola realizaram um protesto contra o professor e em apoio à vítima.
Uma amiga da adolescente de 15 anos contou ao G1 como ocorreu o episódio de importunação. Segundo a estudante, a vítima estava na sala de aula, onde também havia outras pessoas, quando o acusado teria se referido a um aluno como "uma tábua'' e, em seguida, disse que ela era "gostosa".
Investigação
Com o caso registrado, a Polícia Civil de Miguelópolis vai ouvir a estudante e o professor acusado. Além disso, o resultado das investigações será encaminhado ao Ministério Público. Entretanto, o delegado responsável pelo caso, André José Lopes, não divulgou mais detalhes e informou que o inquérito está sob sigilo.
O que diz a Secretaria de Educação
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Educação afirmou repudiar a ação e explicou que o docente responderá um processo administrativo, através da Diretoria de Ensino de São Joaquim da Barra, como também informou que o profissional será afastado de imediato das atividades.
"As aulas seguem normalmente sem prejuízo aos aprendizados dos estudantes. A direção da escola e a DE estão à disposição das autoridades e da comunidade escolar para esclarecimentos", diz trecho do comunicado.
Ainda segundo o texto, a gestão da Escola Estadual Willian Amin teria acionado o Conselho Tutelar e Polícia Militar para, assim, garantir a segurança dos alunos e servidores.