Merenda de escola técnica deixa 60 alunos passando mal

A merenda da Escola Técnica Estadual Luiz Alves Lacerda deixou ao menos 60 alunos passando mal e 11 foram levados ao Hospital

qua, 30/03/2022 - 18:37
Pedro Menezes/Secretaria de Educação Escola Técnica Estadual Luiz Alves Lacerda, no Cabo de Santo Agostinho Pedro Menezes/Secretaria de Educação

Estudantes passaram mal nesta quarta-feira (30), após comer a merenda na Escola Técnica Estadual Luiz Alves Lacerda, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. Dos 490 alunos da escola, 60 tiveram problemas de saúde por causa da intoxicação alimentar, segundo o Governo de Pernambuco. 

Onze alunos de 14 a 17 anos foram socorridos pelo Samu para o Hospital Mendo Sampaio, no Distrito Industrial Diper, no Cabo de Santo Agostinho. 

A Secretaria de Educação de Pernambuco informou que a merenda da escola é feita e entregue pela empresa terceirizada General Goods. “Todas as merendas passam por uma avaliação nutricional rigorosa antes de ser servida aos estudantes e que todas as refeições são feitas diariamente e, periodicamente, os alunos se submetem a aplicação de um questionário de satisfação e de aceitabilidade. As aulas da unidade não foram suspensas e os estudantes que se sentiram mal só foram liberados após autorização médica e com presença dos pais ou responsáveis”, informou a pasta, em nota. 

De acordo com a Secretaria, uma equipe de nutricionistas foi enviada até o local para fazer a anamnese com os estudantes e coletar as amostras da refeição para análise laboratorial.

A mãe de um aluno de 16 anos, que não quis ser identificada, informou, ao g1, que o prato que provocou a intoxicação alimentar foi um estrogonofe de frango. “Os meninos disseram que a galinha parecia que tinha areia dentro. O feijão estava com cheiro e gostos ruins”, contou. 

Pelos relatos do filho, ela afirmou que os alunos começaram a passar mal depois do almoço, por volta das 13h. “Eles começaram a ir ao banheiro. Meu filho disse que comeu pouco e, por isso, não teve nada, graças a Deus. Não é de hoje que existe comida ruim lá. E ninguém faz nada sobre isso”. 

“Eles só liberaram os meninos às 16h. Quero saber quem teve condições de estudar depois de tudo isso. Meu filho disse que nunca mais vai comer na escola”, acrescentou. 

Nota na íntegra

"A Secretaria de Educação e Esportes do Estado informa que ao tomar conhecimento de que estudantes estavam passando mal, a gestão da Escola Técnica Estadual (ETE) Luiz Alves, no Cabo de Santo Agostinho, prontamente prestou os primeiros socorros aos jovens, acionou o Samu e entrou em contato com os pais e responsáveis.

A Gerência Regional de Educação Metropolitana Sul também encaminhou uma equipe de nutricionistas até o local para fazer a anamnese com os estudantes e coletar as amostras da refeição para análise laboratorial, onde todos os pontos precisam ser analisados com precisão antes de qualquer conclusão.

A pasta esclarece ainda que todas as merendas passam por uma avaliação nutricional rigorosa antes de ser servida aos estudantes e que todas as refeições são feitas diariamente e, periodicamente, os alunos se submetem a aplicação de um questionário de satisfação e de aceitabilidade. As aulas da unidade não foram suspensas e os estudantes que se sentiram mal só foram liberados após autorização médica e com a presença dos pais ou responsáveis."

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