Cardiologista dá dicas sobre como prevenir a hipertensão

Na semana de prevenção e combate à doença, especialista ensina caminhos para se evitar a doença

por qua, 27/04/2022 - 21:49
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Nesta semana comemora-se o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. O Leia Já conversou o cardiologista Dr. Ricardo Contesini, do Instituto Reaction sobre como prevenir a doença.

Segundo o especialista, para quem tem início de hipertensão a prática de exercícios aeróbicos pode controlar a pressão, sem a necessidade de medicamentos. “O ideal seria 150 minutos de atividade física moderada por semana” aconselha. Mas lembrando que para deixar de tomar os medicamentos, o paciente deve realizar acompanhamento médico antes.

O doutor explica que o ganho de peso pode aumentar a pressão arterial, mas perdê-lo pode diminuí- lo. Exemplo: “Se uma pessoa tem pressão alta, a pressão dela tá 150 por 90, vamos dizer, que é uma pressão alta, 15 por 9. Se ela perder 5kg, ela tem uma chance de abaixar a pressão para 14”. A cada cinco quilos de perda de peso, você diminui a pressão arterial.

Ter uma alimentação saudável também impede o aumento da pressão. “Evitar sal, embutidos, gorduras e bebidas gasosas” orienta o cardiologista, ele nega que existem alimentos específicos que diminuam a pressão alta.

Além disso, o Dr. Contesini cita os principais erros que as pessoas cometem.  "Por exempllo, acabam não medindo a pressão da forma que deveriam, nem da forma correta, nem na frequência que deveriam. A segunda é não tomar medicação. Então muitos pensam “Ah, então tô com pressão alta toma (o remédio), três dias, uma semana. E depois para de tomar, esse é um erro muito frequente”.

A doença muitas vezes não apresenta sintomas, na primeira manifestação pode ser algo como um derrame, um infarto, ou uma alteração nos rins. Quando ela apresenta sintomas são eles: cansaço para fazer as coisas do dia a dia, falta de ar (dispneia), e dor de cabeça.

De acordo com o cardiologista, a maioria das pessoas que tem pressão arterial a origem é genética. “O pai tinha, a mãe tinha, os avós tinham, então ela também vai ter, essas pessoas precisam de remédio. Algumas pessoas têm por outros motivos, então pode ser por doença renal, doença da tireóide, doença do próprio coração, e outras podem ser adquiridas; ou por uso de alguma medicação, por stress e ansiedade, por nervosismo. E aí elas podem ter uma vez só, passou um quadro de stress, um quadro de nervoso, ela pode apresentar, ou tomar alguma medicação, pode aumentar a pressão, aí ela não vai ter pressão alta pra sempre. Mas aquelas que têm a pressão genética, que tem de família, elas vão ter a pressão por bastante tempo" – finaliza o médico. 

Por Maria Eduarda Veloso

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