Relatório: o 'ano das execuções malsucedidas' nos EUA
"2022 poderia ser chamado de 'o ano das execuções malsucedidas' devido à grande quantidade de estados com execuções malfeitas ou canceladas", disse a organização sem fins lucrativos em seu relatório anual
Um terço das execuções por injeção letal nos Estados Unidos este ano registrou problemas, disse, nesta sexta-feira (16), um grupo de monitoramento da pena capital ao divulgar seu relatório anual.
Segundo o Centro de Informação sobre a Pena de Morte (DPIC, na sigla em inglês), foram realizadas 18 execuções no país em 2022, o menor número em um ano sem pandemia desde 1991.
"2022 poderia ser chamado de 'o ano das execuções malsucedidas' devido à grande quantidade de estados com execuções malfeitas ou canceladas", disse a organização sem fins lucrativos em seu relatório anual.
"Sete das 20 tentativas de execução foram visivelmente problemáticas, um surpreendente 35%, resultado de incompetência do executor, falha em seguir protocolos ou defeitos nos próprios protocolos", afirma o documento.
No Alabama, por exemplo, foram necessárias três horas para definir uma via intravenosa para a execução por injeção letal, em 28 de julho, do assassino condenado Joe James Jr., segundo o DPIC.
Outras duas tentativas de execução no Alabama tiveram que ser interrompidas por problemas para definir as vias intravenosas e o governador ordenou uma moratória das execuções enquanto se realiza uma revisão dos procedimentos.
O DPIC destacou também que 37 dos 50 estados americanos aboliram a pena de morte ou não realizam execuções há mais de uma década.