Gol é acusada de racismo após mulher ser expulsa de voo

Passageiros acusaram a tripulação de racismo contra a jovem expulsa do avião 

por Guilherme Gusmão sab, 29/04/2023 - 12:34
Reprodução O voo ficou cerca de uma hora parado, até que três agentes da Polícia Federal entraram na aeronave Reprodução

Na madrugada deste sábado (29), uma mulher foi expulsa de um avião da companhia aérea GOL que saiu de Salvador com destino a São Paulo. Passageiros que estavam no voo 1575, acusam a tripulação de racismo contra Samantha Vitena.

O voo estava com mais de um hora de atraso quando os passageiros foram convocados ao embarque. As pessoas começaram a colocar suas malas nos compartimentos, até que Samantha tentou encontrar um local para sua bagagem, porém como os bagageiros do avião estavam cheios, a mulher foi orientada pela tripulação a despachar a mochila.

A jovem sinalizou à equipe do voo que seu notebook estava dentro da sua mala e seria prejudicada se fosse despachada, pois tinha receio de ter o equipamento quebrado. Neste momento, começou uma discussão.

A jornalista Elaine Hazin, que estava presente no voo, gravou os momentos de tensão, e através de suas redes sociais, detalhou toda a ocasião. "Se você não despachar, a gente não sai daqui. Ou você despacha ou você sai do voo", escreveu.

Diante a situação, Elaine diz ter ajudado Samantha a colocar sua mochila no bagageiro. Depois da discussão, o voo ficou cerca de uma hora parado, até que três agentes da Polícia Federal entraram na aeronave.

"Conseguimos um lugar para a mochila de Samantha e nem mesmo assim o voo decolaria. Mais uma hora de atraso, nenhuma satisfação da cia área, gente passando mal no Avião e eis que 3 homens da Polícia Federal entram de forma extremamente truculenta no Avião para levar a “ameaça” do voo embora - a Samantha", postou a jornalista.

Os passageiros que acusam a tripulação de racismo, tentaram ser solidários a Samantha, mas foram impedidos pela PF de acompanhá-la. "Ela foi levada pela Polícia, eu quase fui levada junto por defendê-la, me agrediram, me ameaçaram".

De acordo com informações do G1, o advogado Fernando Santos, que acompanha o caso, disse que Samantha foi ouvida pela polícia após ser expulsa do avião e ficou sabendo que sua retirada da aeronave foi motivada por “perturbação da ordem a bordo”, acusação feita pelo comandante da empresa Gol. O advogado ainda disse que está trabalhando "para que a Gol e todas as pessoas que lesaram os direitos de Samantha sejam responsabilizadas".

Santos afirma que Samantha voltou para São Paulo em outro voo da Gol, que chegou na manhã deste sábado (29), e está com a família.

A companhia aérea e a Polícia Federal ainda não se manifestaram sobre o caso. A assessoria de imprensa do aeroporto da capital baiana informou que não se pronunciará sobre o ocorrido no voo 1575.

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