Metroviários podem decretar greve por tempo indeterminado
As demandas da categoria abrangem diversos pontos, incluindo a busca por um reajuste no piso salarial, a garantia de estabilidade no emprego e a realocação dos funcionários caso haja uma privatização do metrô
Os trabalhadores do Metrô do Recife poderão realizar uma nova paralisação, porém de modo indeterminado, com deliberação na assembleia geral desta quarta-feira (2), às 18h, na Praça da Greve - Estação Recife. Existe uma real chance de que essa paralisação se torne uma greve por tempo indeterminado, o que seria a terceira paralisação ocorrendo em menos de um mês no Metrô do Recife.
As demandas da categoria abrangem diversos pontos, incluindo a busca por um reajuste no piso salarial, a garantia de estabilidade no emprego e a realocação dos funcionários caso haja uma privatização do metrô. Todos esses aspectos estão previstos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2023/2025. Além disso, os trabalhadores também buscam a exclusão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) do Programa Nacional de Desestatização.
Uma reunião está agendada para acontecer na tarde desta quarta-feira, às 15h, reunindo representantes da CBTU, do Governo Federal e do Sindmetro-PE. Nessa reunião, serão discutidos possíveis acordos e medidas a serem tomadas para atender às demandas dos metroviários.
No dia 31 de julho, o presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco, Luiz Soares, teve uma reunião com o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara. Durante o encontro, foi entregue o documento intitulado "Metrô nos trilhos é atendendo à população", e o Sindicato pediu a colaboração do BNB na recuperação do Metrô.
Luiz informou que Paulo Câmara se mostrou disposto a ajudar o Metrô, expressando a disponibilidade do BNB em oferecer uma linha de financiamento e, se necessário, fornecer 50% dos recursos para melhorar o sistema do Metrô do Recife.
"A categoria está reivindicando não apenas o reajuste salarial, mas também investimentos adicionais no Metrô, alocando recursos para melhorar a qualidade do serviço e atender melhor à população", continuou.
Paralisações com 100% de adesão dos/as metroviários/as
No dia 12 de julho, a categoria deliberou a paralisação de 24 horas e o metrô não funcionou no dia seguinte, após a empresa descumprir o compromisso da minuta do acordo assinado em ata no dia 19 de junho deste ano.
Na semana passada, em conjunto com os rodoviários, os metroviários decidiram por uma paralisação de 48 horas, com adesão total da frota do Metrô do Recife nos dias de paralisação.
Da assessoria