Blue Origin não poderá voar por ora, adverte agência
Desde julho de 2021, a Blue Origin transportou um total de 31 pessoas, entre clientes que pagaram pela viagem e convidados
A agência reguladora de aviação dos Estados Unidos informou, nesta quarta-feira (27), que a Blue Origin deve concluir "21 ações corretivas" antes de retomar os lançamentos, encerrando assim uma investigação sobre o acidente de um veículo não tripulado que envolveu a companhia espacial de Jeff Bezos no ano passado.
Sobre o acidente ocorrido em 12 de setembro de 2022, a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) reportou que uma falha do bocal do motor, causada por temperaturas mais altas que o esperado no motor, fez com que o foguete New Shepard caísse no solo pouco depois da decolagem, embora a cápsula com experimentos de pesquisa tenha saído ilesa e retornado à Terra.
"Durante o acidente, os sistemas do veículo de lançamento a bordo detectaram a anomalia, abortaram a operação e separaram a cápsula do módulo de propulsão como estava previsto, e desligaram o motor", disse a FAA.
Embora seja positivo o fato de a cápsula ter sido expulsa imediatamente, o que significa que uma eventual tripulação teria se salvado do acidente, o encerramento da investigação não representa a "retomada imediata dos lançamentos do New Shepard", disse a agência reguladora.
"Recebemos a carta da FAA e planejamos voar logo", disse, no entanto, a Blue Origin na rede social X, o antigo Twitter.
Desde julho de 2021, a Blue Origin transportou um total de 31 pessoas, entre clientes que pagaram pela viagem e convidados. O próprio Bezos participou do primeiro voo.
Enquanto a companhia de Jeff Bezos foi forçada a permanecer em terra, a Virgin Galactic, concorrente fundada pelo bilionário britânico Richard Branson, já realizou quatro voos espaciais este ano.
Ambas as empresas competem no setor do turismo espacial e oferecem serviços como minutos de gravidade zero no espaço "suborbital".
As "passagens" da Virgin Galactic foram comercializadas por entre 200.000 e 450.000 dólares (entre R$ 1 milhão e 2,6 milhões, na cotação atual), enquanto a Blue Origin não revela publicamente os preços que pratica.