Dia das Crianças: 52% dos recifenses vão comprar presente
De acordo com levantamento, a maioria dos que responderam que desejam comprar algo deverão gastar acima de R$ 50
As datas comemorativas são oportunidades para impulsionar o varejo em épocas sazonais do ano e o Dia das Crianças, comemorado no próximo dia 12, é uma delas. Depois de um ano sofrido, com tantas adversidades econômicas, o setor vê a data como uma possibilidade de potencializar as atividades econômicas.
Tomando como base essa premissa e para entender um pouco mais acerca da perspectiva de consumo das famílias da Região Metropolitana de Recife (RMR) para a data, bem como, suas relações com as variáveis econômicas e sociais, como sexo, faixa de renda e nível de escolaridade, o Centro Universitário Frassinetti do Recife (UniFAFIRE) através do Núcleo de Inteligência de Mercado, acaba de concluir uma pesquisa onde foram ouvidas 787 pessoas em diversos espaços públicos do Recife.
Através de questionários estruturados, estudantes da Projetos Junior supervisionados pelos consultores, buscaram informações acerca da pretensão de compra dos recifenses, se irão ou não comprar algum presente. O valor que pretendem gastar nele e, também, se pretendem aproveitar o dia de folga para visitar algum parque ou praça pública com as crianças, por se configurarem como uma boa opção de lazer a baixo custo.
Do total de entrevistados, o estudo concluiu que aproximadamente 52%, ou seja, 399 pessoas responderam que irão comprar algum presente para o Dia das Crianças e as 388 pessoas restantes disseram que não pretendiam comprar nenhum presente. A maioria dos que responderam que desejam comprar algo deverão gastar acima de R$ 50. A participação das mulheres é maioria na avaliação e uma boa parcela recebe até 2 salários mínimos.
Para o economista Tarcísio Régis, que coordena o UniFAFIRE Inteligência de Mercado, esse resultado reflete as diversas questões econômicas vividas atualmente, a exemplo dos altos índices de desemprego no Estado e no país de uma maneira geral. "A população tem encontrado muitas dificuldades para conseguirem ter uma renda e, consequentemente, isso se reflete nesse poder de compra. Mas o que se percebe é que mesmo assim existe um esforço grande das pessoas para tentar comprar o presente", aponta.
Outro ponto curioso que a pesquisa revelou, de acordo com o economista, foi com relação à intenção das pessoas em frequentar algum parque no Dia das Crianças, por ser uma alternativa de baixo custo para o entretenimento infantil, a grande maioria, ou seja, 74% responderam que não pretendem ir a esses locais nesse dia. A resposta foi unânime para todas as faixas etárias pesquisadas.
"O resultado serve como uma espécie de alerta para o poder público que deveria estimular o uso e escolha desses locais como espaços de lazer por serem ambientes gratuitos, agradáveis e com bastante espaço para as crianças se divertirem", aponta o economista Tarcísio Régis, que coordena o UniFAFIRE Inteligência de Mercado, dizendo que a questão da segurança tem influência nesse resultado.
*Da assessoria