Israel prossegue com os bombardeios em Gaza
Desde a ofensiva violenta do movimento islamista de 7 de outubro, o Exército israelense bombardeia sem trégua a Faixa de Gaza
Ao menos 140 pessoas morreram na Faixa de Gaza em uma nova noite de bombardeios israelenses, informou nesta terça-feira (24) o movimento palestino Hamas, que libertou na segunda-feira duas mulheres sequestradas em seu ataque contra Israel de 7 de outubro.
Desde a ofensiva violenta do movimento islamista de 7 de outubro, o Exército israelense bombardeia sem trégua a Faixa de Gaza para preparar uma eventual operação terrestre contra o estreito e denso enclave palestino.
"Mais de 140 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em massacres cometidos por ataques da ocupação", afirmou o governo do Hamas no território.
O movimento islamista anunciou que mais de 5.000 pessoas morreram nos bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, incluindo mais de 2.000 crianças.
As autoridades de Israel afirmam que mais de 1.400 pessoas morreram em seu território no ataque do Hamas, a maioria civis, que foram baleados, mutilados ou queimados no primeiro dia do ataque. Entre os mortos estão mais de 300 militares.
Durante a incursão,os combatentes islamistas também tomaram quase 220 reféns. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exigiu na segunda-feira a libertação de todas as pessoas para uma possível discussão de trégua na guerra.
"Os reféns devem ser libertados, depois poderemos conversar", disse Biden.
Na sexta-feira, o Hamas libertou duas americanas e na segunda-feira fez o mesmo com duas idosas israelenses, que foram internadas na madrugada de terça-feira em um hospital de Tel Aviv, onde eram aguardadas por parentes.
O movimento palestino anunciou que tomou a decisão por "por razões humanitárias urgentes", após a mediação do Catar e do Egito.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, identificou as libertadas como Yocheved Lifschitz, de 85 anos, e Nourit Kuper, de 79, ambas de nacionalidade israelense e originárias do kibutz Nir Oz, onde foram sequestradas juntamente com os maridos, que ainda são mantidos reféns.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) anunciou que seis funcionários da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) morreram nas últimas 24 horas em Gaza.
Trinta e cinco funcionários da UNRWA morreram desde o início da guerra entre Israel e Hamas.
"Nos faltam palavras", afirmou a agência em sua conta na rede social X.