CPMI do Cachoeira ouvirá quatro pessoas nesta terça (3)

Já na quinta-feira, os parlamentares irão apreciar requerimentos de novas convocações

seg, 02/07/2012 - 10:05

Brasília - Nesta terça-feira (3), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados ouvirá os depoimentos de quatro pessoas.

O primeiro será Joaquim Gomes Thomé Neto. Ele é suspeito de ser o responsável por escutas clandestinas que beneficiavam os negócios ilegais do contraventor. Outro a ser ouvido na terça será o ex-presidente do Detran de Goiás, Edivaldo Cardoso de Paula. Em gravações da Polícia Federal, ele aparece garantindo o repasse de verbas do governo estadual para uma das empresas de Cachoeira.

Ana Cardozo de Lorenzo, sócia da empresa Serpes Pesquisas de Opinião e Mercado, também dará depoimento. Ela foi contratada para trabalhar na campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo, em 2010, e teria recebido dois cheques, no valor R$ 56 mil, da empresa da Alberto & Pantoja, apontada como uma das empresas do grupo de Cachoeira.   Rosely Pantoja da Silva também deve ser ouvida na terça. Ela é sócia da Alberto & Pantoja, que seria uma das empresas de fachada de Cachoeira, segundo investigações.



Novas convocações - Na quinta-feira (5), a CPMI se reunirá para apreciar requerimentos. A expectativa é de que sejam votadas as convocações de Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta Construções S.A., e de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A presença de Cavendish na CPMI foi, inclusive, uma das reivindicações dos parlamentares durantes as reuniões na semana passada. De acordo com a PF, a empreiteira seria ligada ao esquema de Cachoeira.

CPMI -  Ao todo, 25 pessoas já foram depor na CPMI. Dessas, 16 conseguiram habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para ficarem em silêncio, em risco de autoincriminação. A decisão do Poder Judiciário foi motivo de reclamação entre os parlamentares, que afirmaram que as liminares têm prejudicado as investigações.

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