Prefeito de Palmas nega acusações

Ele é acusado de beneficiar os negócios de Cachoeira na capital do Tocantins

ter, 10/07/2012 - 11:47

Brasília - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira ouve, nesta terça-feira (10), o prefeito de Palmas (PT-TO), Raul Filho. Ele é acusado de favorecer o esquema de Cachoeira na capital do Tocantins. Em vídeo gravado pelo próprio Cachoeira, ele aparece oferecendo "oportunidades" para o contraventor em troca de doações para a campanha de 2004, quando foi eleito pela primeira vez.



Ele negou as acusações, dizendo que nada deve e nada teme. Afirmou também que não procurou nenhum integrante da comissão para pedir proteção durante seu depoimento e que sua reputação é "ilibada". Ele autorizou, ainda, a quebra dos sigilos fiscal e telefônico dele.

Antes de se defender das acusações e do início do interrogatório, o prefeito preferiu falar sobre os avanços ocorridos durante os dois mandatos, o que causou protesto dos parlamentares que desejavam que ele abordasse a questão específica para qual foi chamado.



Ele informou, em seguida, que Cachoeira não fez doações para a campanha e que nenhuma outra empresa dele venceu licitações. Segundo ele, a Delta só venceu a licitação do serviço de coleta de lixo mais de um ano depois do início do mandato. "Na época, ninguém sabia que a Delta tinha ligações com o senhor Carlos Cachoeira", frisou. Segundo ele, todas as questões que surgiram sobre possíveis irregularidades do processo licitatório foram esclarecidas. "Só houve dispensa de licitação quando não havia mais possibilidades", salientou ele, sobre o período em que houve renovação temporária com a Delta, enquanto ocorria o segundo processo de licitação e interrompido durante meses pelo Tribunal de Contas. "As contas da Prefeitura de Pautas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas e pela Câmara Municipal", completou.



CPMI

Os parlamentares reclamaram, mais uma vez, da falta de algumas informações sobre dados bancários da Delta e sobre as escutas telefônicas obtidas pela Polícia Federal durante a operação Monte Carlo, que resultou na prisão do contraventor Carlinhos Cachoeira.

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