Pesquisas para prefeito do recife: visão de julho e agosto

As intenções de voto Humberto Costa, que tem liderado as pesquisas, ficaram quase sempre no limite superior do patamar de 30 a 35%

seg, 13/08/2012 - 11:47

Por Maurício Costa Romão

O Gráfico que acompanha o texto dá margem a se observar os movimentos ondulatórios da trajetória de intenção de votos das quatro principais candidaturas concorrentes à prefeitura da cidade do Recife, nas duas primeiras rodadas de pesquisa dos meses de julho (cinco) e agosto (três).

Embora seja gerada por institutos diferentes, com metodologias distintas, a evolução dos números constantes do Gráfico, postada consoante a data do trabalho de campo dos levantamentos, descortina uma visão sequenciada das manifestações de preferência dos eleitores recifenses pelos seus candidatos à medida que os inquéritos eleitorais se vão sucedendo. Naturalmente, os percentuais dos distintos institutos não são comparáveis entre si.

Vê-se, de pronto, que ao longo do período considerado as intenções de voto do senador Humberto Costa, que tem liderado as pesquisas, ficaram quase sempre no limite superior do patamar de 30 a 35%, e apenas no último levantamento é que se postaram na faixa intermediária desse patamar. A oscilação para baixo, contudo, não deve ser interpretada como tendência de queda. Há que se aguardar a realização de novas pesquisas. De qualquer sorte, já se identifica aí uma notável constância no intervalo mencionado.

O deputado federal Mendonça Filho, sempre pontuando bem na vice-liderança, situou-se na maior parte do tempo no piso do patamar de 20 a 25% de intenção de votos. Assim como Humberto, apresentou declínio no último levantamento, mas que deve ser tomado, neste momento, como um resultado meramente pontual. Um novo levantamento pode mostrar se essa caída é real ou foi resultante de oscilação na margem de erro.

Geraldo Julio, por seu turno, apresenta um contexto tendencial mais definido, com mudanças de patamar, para cima. Iniciando no patamar de 0 a 5% das manifestações de voto, evoluiu sucessivamente para os patamares seguintes de 5 a 10% e de 10 a 15%. A trajetória do candidato pessebista sinaliza para uma próxima inserção no patamar subsequente, de 15 a 20% das intenções de voto, fenômeno que precisa ser referendado mais adiante, em outros levantamentos.

Já Daniel Coelho, que depois da ascensão de Geraldo Julio tem ocupado a quarta posição entre os principais candidatos, oscilou sempre dentro da faixa de 5 a 10% das intenções de voto, com os dois últimos levantamentos mostrando números mais próximos do limite inferior.

A Tabela seguinte resume os resultados dos vários institutos, apresentando, para cada candidato, as médias de intenção de voto relativas aos levantamentos de julho e agosto (as pesquisas dos institutos Opinião e Ibope realizadas no fim de julho e início de agosto foram enquadradas no mês de agosto).

A média, como medida de tendência central, tem a vantagem de amortizar a influência dos valores individuais da série, no caso, os percentuais de intenção de votos dos institutos isoladamente. É sempre conveniente utilizá-la quando se tem várias pesquisas contemporâneas oriundas de diferentes institutos.

Assim, nessas duas primeiras rodadas de pesquisas, apenas Geraldo Júlio aumentou sua média de intenção de votos, e o fez fora da margem média de erro de três pontos de percentagem, para mais ou para menos. Os demais candidatos oscilaram para baixo, porém no intervalo de erro amostral.

Aguardam-se para o fim de agosto novos inquéritos eleitorais, os quais já captarão a influência exercida pelo horário de rádio e TV, que se iniciará no dia 21 do corrente. Novos elementos, portanto, comporão o quadro de análise da atual disputa pela prefeitura da cidade do Recife. 

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