PRB e PMDB indicam apoiar Haddad; PPS e PDT, Serra
No segundo turno da eleição pela Prefeitura de São Paulo, integrantes das cúpulas do PRB, de Celso Russomanno, e do PMDB, de Gabriel Chalita, deram sinais de que podem apoiar o candidato do PT, Fernando Haddad. O PPS, de Soninha Francine, e o PDT, de Paulinho da Força, devem se aliar ao tucano José Serra.
O vice-presidente, Michel Temer, terá uma conversa nesta segunda-feira com a presidente Dilma Rousseff (PT) para definir o apoio a Haddad. A cúpula do PMDB aprova a aliança com o petista. Mas, segundo Temer, "ainda é preciso fazer conversações". Principal entusiasta da candidatura Chalita, Temer reuniu-se neste domingo (7) com o candidato e conselheiros da campanha para falar do apoio e agradecer. Chalita é cotado para assumir um ministério. Ele quer assumir um cargo no Executivo.
"Nenhum apoio é natural", disse Chalita. "Ganhar e perder é relativo. A gente perde quando perde a moral e os valores. E a gente ganha todas as vezes que sai maior de um processo do que quando entrou", disse.
Chalita indicou ser difícil, mas não descartou a possibilidade de o PMDB apoiar José Serra, com quem rompeu politicamente: "Vamos ouvir o partido. Não sou candidato solo".
O PRB de Russomanno deve decidir entre esta segunda-feira e terça-feira (9) quem apoiar. "Ainda não tem nada certo, vamos conversar muito", disse o presidente nacional, Marcos Pereira. "Falei com o senador Marcelo Crivella (bispo da Universal e ministro do governo Dilma) e disse a ele que vamos decidir aqui, internamente, quem apoiar. Ele nem quer se envolver."
Pereira disse que o apoio será discutido com Russomanno e todos os cinco partidos da coligação: PTB, PHS, PTN, PT do B e PRP.
Ele disse que em contrapartida o PRB vai pedir apoio em cidades onde a sigla também foi para o segundo turno - o PRB elegeu 76 prefeitos em primeiro turno. "Vamos querer o apoio onde o PRB tem candidato a prefeito no segundo turno."
O presidente do PRB paulistano, Aildo Rodrigues, afirmou que a "tendência natural" é compor com o PT, porque a sigla é da base de Dilma. Ele disse que a decisão deve sair entre amanhã e quarta-feira, quando "todos estiverem com a cabeça mais fria".
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) entrou em campo para trazer o PTB, que estava com Russomanno, para Serra. O PSDB também aposta na aliança com o PDT, de Paulinho da Força. O PPS deve fechar com os tucanos. A candidata do partido, Soninha, afirmou que deve anunciar hoje o apoio a Serra. "Não quero que o PT vença", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo