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  Nos últimos dias, Marília recebeu o apoio de 50 parlamentares entre vereadores do Recife, deputados estaduais e deputados federais. Segundo a assessoria, ao todo, centenas de lideranças já anunciaram a chegada ao palanque de Marília Arraes.

O palanque da Democracia em Pernambuco, liderado por Marília Arraes e pelo presidente Lula, continua recebendo dezenas de apoios políticos todos os dias. A coragem das forças progressistas em se posicionar demonstra que o caminho construído por Marília é o melhor para Pernambuco. Ao longo dos últimos dias, 50 parlamentares entre vereadores do Recife (22), deputados estaduais (20) e deputados federais (8) declararam voto na neta de Miguel Arraes. 

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 O presidente e o vice da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Eriberto Medeiros (PSB) e Aglailson Victor (PSB), respectivamente, são dois dos 20 deputados estaduais que estão com Marília. Também declararam apoio Clodoaldo Magalhães (PV) - eleito deputado federal; Delegada Gleide  ngelo (PSB); Diogo Moraes (PSB); Doriel Barros (PT); Fabíola Cabral (SD); Fabrízio Ferraz (SD); Francismar Pontes (PSB); Gustavo Gouveia (SD); Isaltino Nascimento (PSB); João Paulo (PT); João Paulo Costa (PCdoB); José Queiroz (PDT); Juntas (PSOL); Rogério Leão (PSB); Romero Albuquerque (União Brasil); Simone Santana (PSB); Teresa Leitão (PT), eleita a primeira mulher senadora do Estado e Wanderson Florêncio (SD). 

 Grande parte dos vereadores do Recife também estão alinhados com Marília Arraes, à exemplo do presidente da Câmara Municipal, Romerinho Jatobá (PSB). Também declararam apoio para a coligação PERNAMBUCO NA VEIA neste segundo turno: Alcides Teixeira Neto (PSB); Andreza Romero (União Brasil); Chico Kiko (PP); Cida Pedrosa (PCdoB); Dani Portela (PSOL), eleita deputada estadual; Dilson Batista (Avante); Eriberto Rafael (PP); Fabiano Ferraz (Avante); Felipe Francismar (PSB); Ivan Moraes (PSOL); Jairo Britto (PT); Joselito Ferreira (PSB); Liana Cirne (PT); Marco Aurélio Filho (PRTB); Marcos di Bria Júnior (PSB); Natália de Menudo (PSB); Osmar Ricardo (PT); Professor Mirinho (SD); Romerinho Jatobá (PSB); Samuel Salazar (PSB); Aline Mariano (PP) e Zé Neto (PROS). 

A movimentação de apoio a Marília Arraes também é intensa na Câmara dos Deputados. Além dos deputados federais, Sebastião Oliveira (Avante), vice de Marília, e André de Paula (PSD), que foi candidato ao Senado, também declararam apoio Felipe Carreras (PSB); Silvio Costa Filho (Republicanos); Wolney Queiroz (PDT); Augusto Coutinho (Republicanos); Carlos Veras (PT) e Renildo Calheiros (PCdoB).  Somando prefeitos, vice-prefeitos, vereadores de outras cidades de Pernambuco e lideranças políticas, são mais de 350 nomes apoiando Marília, que conta também com a força de partidos como o PT, PSOL, PDT, PV, PCdoB, Republicanos, PMB e entidades e movimentos como Fetape, Fetaepe e MST.*

*Da assessoria

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), declarou apoio à campanha do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), neste segundo turno, e disse esperar que a cidade dê uma votação expressiva para ele nesta etapa decisiva da corrida presidencial. "Presidente Lula, tenho muita confiança que o povo de Belo Horizonte, que quer uma cidade mais feliz e que precisa de serviços públicos de qualidade conta que o senhor será esse presidente que fará esse trabalho com recursos para que possamos construir. Contamos com o senhor e conte com Belo Horizonte, conte com o prefeito de Belo Horizonte, conte com nossa solidariedade e apoio. O senhor será sempre bem-vindo. Belo Horizonte precisa de Lula presidente", disse Noman.

A declaração de Noman foi feita ao lado de Lula, pouco antes de coletiva de imprensa concedida pelo ex-presidente em Belo Horizonte. Também acompanharam o discurso o ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-candidato ao governo do Estado, Alexandre Kalil (PSD), o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) e o deputado federal André Janones (Avante-MG).

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Lula disse que é uma alegria voltar a BH e relembrou vários projetos, obras e repasses feitos pela gestão petista à capital mineira.

Pela primeira vez o prefeito da capital mineira esteve em um ato com o petista e disse honrado e orgulhoso de estar ao lado do ex-presidente. "Escolhi estar aqui porque Belo Horizonte precisa voltar a ser parte do Brasil. Belo Horizonte precisa estar junto com candidato Lula porque ele, com certeza, fará com que Belo Horizonte volte a receber parcelas de recursos para construir casa popular, para combater enchentes e para resolver uma série de problemas, que temos hoje e não temos verba federal", disse Noman.

Sem citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro (PL), Noman criticou o abandono de políticas à capital mineira em tom de desabafo.

"Belo Horizonte tem sido abandonada nos últimos anos. Não tem recebido nada. Estamos sofrendo de uma carência de ações de Estado. No Brasil, nenhum município sobrevive sem apoio do governo federal e sem apoio do governo estadual. Precisamos de investimento, recursos e apoio. Não temos isso hoje", criticou o prefeito de Belo Horizonte. "Por este motivo que estive hoje com Lula. O presidente foi muito solícito às nossas reivindicações, mostrou sensibilidade política, carinho e apreço", afirmou Noman, relatando encontro reservado com Lula antes da coletiva.

Entre a última sexta-feira (7) e este sábado (8), políticos de diferentes partidos declararam apoio à candidatura de Marília Arraes (SD) ao Governo de Pernambuco. As adesões incluem siglas como PT, PRTB, PV, PSB e PP.

Reeleito deputado estadual com mais de 65 mil votos, Francismar Pontes (PSB), é atua na política local há mais de 30 anos e decidiu apoiar o projeto de Marília para o Governo do Estado. "Por entendermos que este é o momento de fazer a melhor escolha por Pernambuco, estamos juntos com Marília Arraes neste segundo turno", declarou.

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Filho do deputado, o vereador do Recife Felipe Francismar (PSB) também aderiu à candidatura do Solidariedade, que, segundo ele, se apresenta como melhor opção na defesa da democracia. "Vamos de 77 neste segundo turno", afirmou.

Os vereadores do Recife Chico Kiko (PP) e Marco Aurélio Filho (PRTB) também declararam adesão à campanha da candidata. "Eu conheço Marília há muito tempo e sei de sua capacidade de aglutinar forças para trabalhar. Eu tenho certeza que ela será uma grande governadora para o nosso estado", declarou Chico Kiko.

O deputado federal eleito Clodoaldo Magalhães (PV) contou que teve seu apoio à Marília articulado pela vereadora do Recife Aline Mariano (PT). "Vivemos um período muito difícil no nosso país e em Pernambuco. Eu tenho certeza que Marília terá o compromisso com os pernambucanos, por isso declaro meu apoio para ela", disse.

Já o prefeito de Tacaimbó, Álvaro Marques (PT), ressaltou o alinhamento entre Marília e Lula como determinante para sua adesão à candidatura. "Marília fará um governo voltado para os que mais precisam. Tenho certeza que Pernambuco vai eleger Marília Arraes como a nossa governadora", completou.

A candidata ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes, iniciou o segundo turno recebendo apoios de várias lideranças pernambucanas, de todas as regiões do Estado. Já nesta terça-feira (4) anunciaram a chegada ao palanque comandado por Marília seis prefeitos e um vice-prefeito. 

Novos apoios 

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Douglas Duarte (PSD), de Angelim; Gilson Bento, de Brejinho (Republicanos); Patrick Moraes, de Itaquitinga; Gustavo Caribé (MDB), de Belém de São Francisco; Matheus Martins (PSD), de Terezinha e Zé Martins (PSB), de João Alfredo – este último acompanhado por seu vice, Adeildo Batista, conhecido como Cabôco de Véi de Dada (Avante).   Também de João Alfredo se somam à Coligação PERNAMBUCO NA VEIA, o presidente da Câmara Municipal, Walque Dutra e mais oito vereadores: Davi Santos, Keinho, Raimunda Enfermeira, Joana do Sindicato, Jozivan Guedes, Jairo de Socorro, Joanna Amélia e Júnior de Dezim. O vereador de Capoeiras, Edson Carneiro (PSB) e a direção do Partido da Mulher Brasileira (PMB), também declararam a adesão ao projeto encabeçado por Marília.   

Candidata mais votada no primeiro turno das eleições em Pernambuco, desde o início da semana, Marília vem realizando uma intensa agenda de reuniões políticas junto a aliados. "Começamos o segundo turno com todo gás e muita disposição para mudar Pernambuco. Os apoios que estamos recebendo refletem a confiança no nosso projeto para mudar o Estado e vem muito mais por aí. Tenho certeza de que alinhada com o presidente Lula, vamos mudar a história do nosso povo", afirmou Marília.   

PT - Ainda nesta terça-feira várias tendências internas e coletivos do PT iniciaram uma mobilização junto as suas bases em defesa do apoio à candidatura de Marília. A Articulação de Esquerda (AE) foi a primeira a divulgar uma resolução aprovada por seus membros anunciando o apoio a candidatura de Marília, destacando a ligação e o compromisso de Marília com os princípios e a campanha de Lula. 

*Da assessoria

Reconhecido até pelos adversários como um hábil articulador dos bastidores da política, o ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, de 62 anos, assumiu um papel central nos bastidores da campanha do candidato bolsonarista ao governo paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e foi o responsável por organizar politicamente um palanque que tinha a retaguarda de Jair Bolsonaro (PL), mas nenhuma estrutura política no Estado.

Após o desempenho surpreendente do ex-ministro da Infraestrutura no 1° turno, que ficou em primeiro lugar com 42,3%, ante 35,7% de Fernando Haddad (PT) - contrariando as pesquisas de intenção de votos que davam o petista na liderança -, Kassab vai intensificar ainda mais sua atuação na campanha nas próximas semanas e será, segundo aliados de Tarcísio, um personagem influente no governo em caso de vitória.

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Apesar de ser filiado ao Republicanos e ser apoiado pelo PL, Tarcísio, que é carioca e morava em Brasília, não tinha conexão com prefeitos e lideranças políticas da sociedade civil de São Paulo.

Além de promover mais tempo no horário eleitoral da TV e rádio no 1° turno, a aliança com o PSD abriu portas com os sindicalistas da União Geral dos Trabalhadores (UGT), associações comerciais e lideranças evangélicas. "Por mais que o cenário em São Paulo tenha reproduzido a polarização nacional, sem Kassab o Tarcísio não chegaria ao 2° turno", disse o presidente da UGT, Ricardo Patah, integrante da executiva do PSD.

Filiado ao partido, o ex-ministro Guilherme Afif Domingos assumiu o programa de governo de Tarcísio e tornou-se o principal formulador econômico da campanha.

Aliado no passado do governador Rodrigo Garcia, que não conseguiu votos suficientes para seguir para o segundo turno, e de seu antecessor, João Doria, ambos do PSDB, Kassab percorreu o Estado para fortalecer a rede de apoio ao candidato bolsonarista, mas sempre tomando cuidado de manter uma distância regulamentar da disputa presidencial.

SEGUNDO TURNO

O ex-prefeito manteve pontes com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Bolsonaro no 1° turno e deve seguir a mesma linha na segunda etapa. O PSD vai dialogar com quem vencer a disputa e deve ajudar na governabilidade do próximo presidente, seja ele qual for.

Ao Estadão, Kassab deu uma longa e inconclusiva resposta quando foi questionado sobre quem vai apoiar na disputa presidencial. Lembrou que o PSD se esforçou para ter um candidato próprio viável à Presidência para fugir da polarização, mas o senador Rodrigo Pacheco (MG), presidente do Senado, preferiu se concentrar em outra missão. Sem um nome na arena, o partido, que se classifica "de centro", se dividiu regionalmente entre preferências mais à esquerda ou à direita.

"Qualquer decisão no 1° turno poderia gerar uma divisão. No 2° turno vamos ter uma deliberação. Qualquer manifestação minha neste momento iria provocar tensão no PSD. Eu, como presidente do partido, vou dar liberdade (nos Estados), Mais para frente vou anunciar minha decisão pessoal, que será desvinculada do partido", concluiu Kassab.

CENÁRIO

Ao fazer uma avaliação sobre a estratégia adotada por Tarcísio na campanha, Kassab disse que o ex-ministro acertou ao deixar claro a lealdade e o reconhecimento dele ao presidente da República. "Tarcísio manteve a lealdade com um estilo moderado que agrada São Paulo. Essa lealdade causa boa impressão porque existem muitas traições e deslealdades na política. Ele deixou isso claro, mas tem a sua identidade e uma maneira muito conciliadora e moderada de agir. Isso o ajudou a avançar no centro", disse Kassab.

Outros aliados do ex-ministro da Infraestrutura concordam com essa análise do presidente do PSD e acreditam que Bolsonaro escolheu Tarcísio justamente por ter esse perfil em um Estado refratário ao discurso mais radicalizado.

O governador Rodrigo Garcia, que tentava a reeleição, também adotou um discurso moderado em busca do eleitor conservador e pragmático que, durante 28 anos, deu a vitória ao PSDB em São Paulo. Garcia, no entanto, acabou sendo emparedado pela polarização entre os candidatos de Lula e Bolsonaro.

DIREITA

"A polarização diminuiu o espaço do Rodrigo. Ele teve dificuldade em entrar no voto do Haddad e do Tarcísio. Quando ele acordou, o Tarcísio e o Bolsonaro tinham mais de 30%. E faltou um projeto nacional em uma eleição onde se discutiu a disputa presidencial", disse.

Sobre o resultado geral das eleições no 1° turno para a Câmara, Senado, governos estaduais e assembleias legislativas, o presidente nacional do PSD disse acreditar que, independente do resultado final, um legado já foi estabelecido no Brasil: a direita, cujo eixo de sustentação atual é o PL, está mais organizada e vai permanecer forte por um tempo razoável.

"Essa direita tem 200 deputados, somando PL, PP, Republicanos e outros partidos", contabilizou o ex-ministro.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PSDB, que governou o Brasil duas vezes com Fernando Henrique Cardoso, e polarizou a disputa nacional com o PT por 20 anos, saiu do primeiro turno eleição de 2022 com um tamanho menor do que aquele já tinha e perdeu pela primeira vez em 28 anos o governo de São Paulo. Rodrigo Garcia, que fez carreira no DEM (hoje União Brasil) e entrou nas fileiras tucanas apenas no ano passado, ficou em terceiro lugar da disputa e não vai ao segundo turno, que terá Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT).

Nenhum tucano foi eleito senador neste ano e nenhum governador foi eleito no primeiro turno. O PSDB ainda vai disputar o segundo turno para o governo do Rio Grande do Sul, onde Eduardo Leite (PSDB) vai concorrer com Onyx Lorenzoni (PL), o de Pernambuco, onde Raquel Lyra (PSDB) disputa contra Marília Arraes (Solidariedade), e na Paraíba, onde Pedro Cunha Lima (PSDB) vai enfrentar João Azevedo (PSB). Em todos os três Estados os tucanos chegaram ao segundo turno em desvantagem e ficaram em segundo lugar. Em Mato Grosso do Sul, o tucano Eduardo Riedel disputará o segundo turno com o candidato Capitão Contar (PRRB).

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No cenário nacional, o partido decidiu pela primeira vez desde a sua fundação não ter candidato a presidente. A legenda estava na coligação de Simone Tebet (MDB) e tinha Mara Gabrilli (PSDB) como candidata a vice. O partido convocou uma reunião para a próxima terça-feira (4), e deve liberar os filiados para apoiarem quem quiser no segundo turno - Jair Bolsonaro (PL) ou Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na prática, poucos tucanos se engajaram na campanha de Simone. A velha guarda se moveu na direção de Lula e os parlamentares colaram em Bolsonaro.

A bancada na Câmara, que já havia diminuído em 2018, agora vai ser de 18 deputados a partir de 2023, contando com os eleitos pelo Cidadania, que fazem parte de uma federação com os tucanos. O instrumento obriga as siglas a terem a mesma posição nas eleições municipais, estaduais e nacionais por no mínimo quatro anos, além de agirem como um partido só no Congresso. Há quatro anos, o PSDB sozinho elegeu 29 deputados. Antes, o partido tradicionalmente ficava com mais 50 e estava em as três maiores bancadas, disputando protagonismo com PT e MDB.

Parte do entorno do PSDB está insatisfeito com a condução do presidente do partido, Bruno Araújo, e diz que ele decidiu se omitir diante de uma bolsonarização do País.

Garcia era a última esperança de o PSDB manter uma relativa relevância nacional. Ele foi eleito vice-governador de João Doria (PSDB) em 2018 e assumiu o Palácio dos Bandeirantes em meio a um processo de guerra interna no partido. Doria renunciou ao cargo em abril para tentar concorrer a presidente, mas quase desistiu de fazer isso e ameaçou ficar no cargo de governador diante da possibilidade de não ter o apoio da legenda para disputar a Presidência. Depois da ameaça, a cúpula nacional tucana convenceu Doria a sair do cargo para que Garcia assumisse o governo. Mesmo com a máquina paulista na mão, Garcia ficou em terceiro lugar e pela primeira desde 1994 um tucano não comandará o maior Estado do País.

"Quero agradecer o carinho com que fui recebido durante nossa campanha e os votos recebidos neste domingo. Vou continuar trabalhando para o Estado que tanto amo. São Paulo, conte sempre comigo", disse o governador de São Paulo no Twitter após a derrota.

Além disso, nomes históricos da legenda tiveram votações pífias. O senador José Serra, que foi governador, prefeito e duas vezes candidato a presidente, não conseguiu se eleger para deputado federal em São Paulo. O ex-governador do Paraná e ex-prefeito de Curitiba Beto Richa também não se elegeu deputado federal. Já o senador Tasso Jereissati (CE) nem concorreu nessa eleição e vai se aposentar da política.

O ex-governador de Minas Gerais e candidato a presidente em 2014, Aécio Neves conseguiu se reeleger deputado federal, mas ficou no limite. O PSDB de Minas conseguiu duas vagas para a Câmara e Aécio ficou em segundo pelo partido.

O mineiro foi o principal tucano a se articular para que Doria não fosse candidato a presidente. O ex-governador paulista havia comprado uma briga com o mineiro e tentou promover sua expulsão do partido em 2019. Aécio passou de principal nome da oposição ao PT após uma disputa acirrada com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2018, para um político rejeitado em 2017, após ser envolvido no caso JBS. Neste ano, a Justiça absolveu o mineiro dos processos.

Dos três tucanos que tentaram repetir Fernando Henrique Cardoso e concorreram a presidente do Brasil, um, José Serra, não foi eleito nem deputado, outro Aécio, quase não foi eleito neste ano, e outro, Geraldo Alckmin saiu do partido e se filiou ao PSB para ser candidato a vice de Lula.

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, agradeceu, na noite deste domingo (2), os votos recebidos, mas se disse "profundamente preocupado" em relação ao que está vendo acontecer no Brasil. "Nunca vi situação tão complexa e desafiadora e ameaçadora sobre nós como nação", continuou.

Com 96,56% das urnas apuradas, Ciro tem apenas 3,06%, com 3,49 milhões de votos e terminará a sua quarta tentativa de chegar ao Planalto em quarto lugar, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL) e Simone Tebet (MDB).

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Em relação a possíveis apoios no segundo turno, Ciro adiantou, em breve pronunciamento, que precisará "de mais algumas horas" para conversar com seus amigos e partido "para achar o melhor caminho e equilíbrio".

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira ser "difícil" escolher em qual palanque subir no Rio Grande do Sul, onde o campo bolsonarista tem dois candidatos a governador, o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL), seu correligionário, e o senador Luis Carlos Heinze (PP).

"Eu não posso perder de um lado e ganhar de outro. Eleição para presidente é uma coisa, para governador é outra", afirmou Bolsonaro em entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre. Ele disse ser "muito amigo" de Lorenzoni e de Heinze. "São nomes bastante simpáticos, fica difícil".

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Um dos mais antigos aliados de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni chefiou no atual governo as pastas da Casa Civil, Cidadania, Secretaria-Geral e Trabalho e Previdência. Já Heinze foi um ativo defensor do presidente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, ao endossar o discurso a favor de medicamentos com ineficácia comprovada contra o novo coronavírus.

De acordo com Bolsonaro, o mesmo impasse visto na disputa pelo governo gaúcho é verificado na corrida ao Senado. "Estamos tentando ver a melhor maneira de conduzir as eleições no Rio Grande do Sul. No Senado, é a mesma coisa, vários candidatos nos apoiam e tenho uma afinidade muito grande com Mourão", declarou o chefe do Executivo sobre o vice-presidente, candidato a senador no Estado, com quem coleciona tensões.

Além de Mourão, são candidatos ao Senado na vaga gaúcha o senador Lasier Martins (Podemos), que tenta um novo mandato; a ex-senadora Ana Amélia (PSD); e a Comandante Nádia (PP). "Eu tenho conversado que eu não posso ir ao Rio Grande do Sul e apoiar um candidato", disse o chefe do Executivo na entrevista.

Parte dos apoiadores do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) que mudou seu voto e passou a apoiar o candidato do governo Bolsonaro na disputa, o deputado Arthur Lira (PP-AL), foi contemplada com recursos extras do Ministério do Desenvolvimento Regional, segundo uma planilha informal de distribuição de recursos ao qual o Estadão teve acesso. No total, 285 parlamentares puderam indicar o destino de R$ 3 bilhões para seus redutos eleitorais. Todas as autorizações e repasses da planilha foram feitas em dezembro, mês em que o governo intensificou as articulações para eleger seus candidatos.

O candidato do MDB tem dado declarações públicas acusando o governo de cooptar seus eleitores com a distribuição de verbas e cargos, além de demitir apadrinhados dos seus apoiadores acomodados na administração federal. Dos 235 deputados que dizem votar em Lira, conforme dados desse domingo (31), do placar Estadão, 140 aparecem na planilha do governo indicando recursos extras para obras em seus Estados.

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No caso dos senadores, dos 41 que declaram votar em Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que tem o apoio do Planalto, 24 foram beneficiados.

Os parlamentares dizem que a liberação de recursos extras neste momento de campanha não está relacionada ao voto no Congresso, mas a acordos anteriores que visam atender necessidades legítimas de seus Estados.

Conforme revelou o Estadão, o governo despejou verbas não rastreáveis por mecanismos de transparência. Nesse modelo, não é possível identificar quem indicou o montante caso haja algum esquema de corrupção envolvendo determinada obra. Os ministérios fazem planilhas informais, que não são acessíveis às autoridades e à sociedade. É o contrário do que ocorre com as emendas parlamentares, onde é possível acompanhar desde a indicação do recurso até a execução da obra.

O líder do governo no Senado, Eduardo Gomes (MDB-TO), contemplado com R$ 85 milhões de verba extra do Ministério do Desenvolvimento Regional, admitiu ao Estadão que os recursos ajudam a "sensibilizar" os parlamentares a votarem de acordo com o governo. "É evidente que, quando o governo tem essa sintonia e trabalha com municípios e Estados, tem uma tendência de que fique com o governo", afirmou. O senador reconhece a falta de transparência nessa modalidade de repasse, mas recomenda que as pessoas acompanhem as redes sociais dos 513 deputados e 81 senadores, além dos sites das prefeituras (o País tem 5.570 municípios) e dos Estados (são 26 mais o DF) para tentar rastrear quem indicou a verba.

Candidato do governo na Câmara, Arthur Lira tem operado diretamente nas negociações de repasse das verbas. A ofensiva inclui ainda o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o titular do Ministério do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, pasta que concentra os projetos que vão receber os recursos.

Responsável pela articulação política, o general Ramos disse ao Estadão que as planilhas não são da Secretaria de Governo.

O presidente Jair Bolsonaro, que tem recebido pessoalmente parlamentares, já disse que "se Deus quiser vai influir na presidência da Câmara". O presidente não comentou sobre as acusações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e de Baleia Rossi de que seu governo está trocando verbas por votos.

Na campanha eleitoral, Bolsonaro prometeu acabar com o chamado toma lá dá cá e a montar um ministério sem indicações partidárias, acabando com uma prática comum entre seus antecessores.

Dissidentes

Na medida em que as conversas com Ramos prosseguiam, parlamentares deixaram de lado a orientação de suas bancadas de votar no deputado Baleia Rossi e declararam voto em Lira. É o caso de oito deputados do DEM, partido do presidente atual da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), fiador da candidatura de Baleia. Entre os dissidentes do DEM pró-Lira listados na planilha do governo estão Elmar Nascimento, Arthur Maia e Leur Lomanto Júnior, todos da Bahia. Além deles, Carlos Henrique Gaguim (TO), Pedro Lupion (PR) e David Soares (DEM-SP) e Alan Rick (DEM-AC) também estão com Lira. A liderança do DEM foi procurada, mas não se manifestou.

A maior dissidência registrada, no entanto, foi a do PSL, partido que elegeu o presidente Jair Bolsonaro. A sigla anunciou no dia 21 de janeiro apoio à candidatura de Arthur Lira. Isso ocorreu duas semanas após a liderança do partido ter participado do lançamento da campanha de Baleia Rossi. Segunda maior bancada da Câmara, o PSL tem 52 deputados. Desses, 16 que estão na planilha do governo declararam voto a Lira, de acordo com o placar do Estadão.

O PSDB, que declarou e ainda mantém apoio a Baleia, tem ao menos seis deputados que estão na planilha do governo que, contrariando orientação partidária, declararam voto em Arthur Lira. São eles: Mara Rocha (AC), Adolfo Viana (BA), Luiz Carlos (AP), Edna Henrique (PB), Celso Sabino (AP) e Rose Modesto (MS).

No campo da esquerda, as legendas manifestaram apoio a Baleia Rossi, mas não impediram as dissidências. Gil Cutrim (PDT-BA) revelou voto em Lira. Ele poderá indicar R$ 2 milhões de verbas extras para obras, conforme a planilha. No PSB, os dissidentes são Liziane Bayer (RS), contemplada com R$ 2,6 milhões, e Felipe Carreras (PE), R$ 2 milhões. Em dezembro, uma indicação feita pelo parlamentar de ações da Codevasf, teve sinal verde do Ministério do Desenvolvimento Regional.

"Não tenho conhecimento do assunto e de nenhuma lista. Se não for algo forjado, como uma lista folclórica que estava circulando, e esse recurso existir e for liberado para o governo de Pernambuco, você (repórter) está dando uma grande notícia", disse Carreras ao Estadão. "Meu apoio a Arthur nunca esteve condicionado à liberação de emendas", garantiu. 

Lideranças não comentam

O Estadão procurou as lideranças na Câmara do Avante, DEM, PP, Pros, PRB, PSDB, Podemos e PSL, mas elas não quiseram comentar os repasses a deputados das siglas. No Senado, a reportagem procurou as lideranças do DEM, Podemos, PP, PT, Republicanos, Pros e PSD, que também não se pronunciaram.

Os pagamentos são feitos pelos chamados "recursos extra orçamentários", sempre com o aval do ministro Luiz Eduardo Ramos. Há casos em que os valores liberados correspondem a acordos anteriores ao período eleitoral, mas que só agora foram honrados, em meio às articulações para a eleição no Congresso.

O deputado Alan Rick (DEM-AC) diz que os recursos haviam sido negociados há tempo, sem qualquer relação com a disputa interna da Câmara. De acordo com ele, sua opção contra Baleia explica-se pelo incômodo com a adesão dos partidos de esquerda ao candidato. "É recurso do ano passado e não tem nada a ver com a votação. Não negociei votação", afirma.

O deputado Pedro Lupion (DEM-PR) também rechaça a relação entra o apoio ao candidato do governo e a liberação de verbas. Segundo ele, o voto pró-Lira é coerente com a postura que adota no Parlamento. "Sou vice líder do governo no Congresso. Apoiei Bolsonaro na eleição e continuo apoiando. Sigo com Arthur Lira desde o lançamento de sua candidatura", declarou. Procurados, Elmar Nascimento (DEM-BA) e David Soares (DEM-SP) não quiseram comentar.

O deputado Adolfo Viana (PSDB-BA) diz que é importante ter o apoio do governo para levar recursos às regiões carentes da Bahia. No entanto, ele diz que os recursos extras aos quais teve acesso não prejudicam sua independência para escolher em quem votar. "Não teve nada condicionado. Não vejo problema em estarmos buscando recursos para as cidades que representamos. A gente busca o apoio do governo federal, mas não existe o 'toma lá, dá cá'. Precisamos de apoio do governo, o Estado é carente. Mas nem por isso somos controlados", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A apresentadora Fátima Bernardes usou o Instagram, na noite da última quarta-feira (2), para anunciar que está com um câncer de útero em estágio inicial. A jornalista, que comanda o programa global 'Encontro com Fátima Bernardes', afirmou que a descoberta aconteceu após realizar exames de rotina. Ela passará por uma cirurgia e ficará afastada da telinha por alguns dias. 

"Estou bem. Depois de uma série de exames de rotina, hoje recebi o diagnóstico de um câncer de útero em estágio inicial", iniciou a apresentadora. "Vou me afastar por uns dias do trabalho pra fazer a cirurgia. Como sempre usei minhas redes com total franqueza e verdade, preferi eu mesma passar essa informação para todos que me acompanham. Enquanto isso, aproveito o aconchego dos meus pais, filhos, do meu amor e dos amigos próximos. E já agradeço pelo carinho, pelas boas energias de todos aqui. Logo, logo estarei de volta para nossos encontros", emendou ela.

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A reação e a rede de apoios que se formou ao redor dela foi imediato. Na mesma rede social, o namorado dela e deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) escreveu: "Você é mais forte do que pensa. Tudo será mais fácil do que imagina. Estamos juntos nessa, meu amor".

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Nos comentários da publicação de Fátima, artistas e fãs também desejaram a cura da doença. "Querida amiga, toda saúde que houver no mundo pra você ! Te adoro ! E meus pensamentos estão com você!", disse Sandra Annenberg. Já o parceiro de apresentação dela, Lair Rennó, escreveu: "Tenho certeza de que tudo dará certo. Conte sempre com o meu apoio, minha amizade e as orações de sempre. Bjs em toda a família."

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL), sétima colocada na disputa eleitoral em São Paulo, com pouco mais de 98 mil votos, anunciou nesta quinta-feira, 19, que ela e seu partido vão apoiar a candidatura do prefeito Bruno Covas (PSDB) no segundo turno. "O atual prefeito se comprometeu a incorporar a seu plano de governo diversas propostas do meu plano, entre elas a Lava Jato paulistana", diz Joice, em nota assinada em nome do diretório municipal da sigla.

Mais cedo, Covas havia recebido também o apoio do PSD, partido que lançou, no primeiro turno, a candidatura de Andrea Matarazzo, que terminou em oitavo, com pouco mais de 82 mil votos. Covas já tinha a maior aliança de partidos no primeiro turno, da qual fazem parte MDB e DEM, PP, PL, PSC e Pros. Na terça-feira, 17, o Republicanos, de Celso Russomanno, quarto colocado na eleição, com pouco mais de 560 mil votos, aderiu à campanha. Na quarta-feira, 18. foi a vez do Solidariedade.

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Seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL), recebeu na quarta-feira os apoios de PDT, que fazia parte da coligação de Márcio França (PSB), terceiro colocado, com pouco mais de 728 mil votos, e da Rede Sustentabilidade, que lançou Marina Helou, nona maior votação, com cerca de 22 mil votos. França e o PSB ainda não anunciaram qual será sua posição no segundo turno.

O candidato do PSOL já havia recebido endosso do PT e de lideranças do PCdoB, como o candidato Orlando Silva, que recebeu 12 mil votos. O partido espera montar uma frente que tenha o apoio de nomes conhecidos do eleitorado, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede).

O PT oficializou o apoio ao candidato do PSOL, Guilherme Boulos, nas eleições municipais em São Paulo. Em nota divulgada na noite desta segunda-feira (16), o presidente do diretório do partido na capital, Laércio Ribeiro, afirmou ser necessário derrotar o "projeto neoliberal" representado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), pelo governador João Doria (PSDB) e pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O apoio da sigla do candidato derrotado Jilmar Tatto já era esperado. No domingo (15), o ex-secretário municipal de Transportes parabenizou o candidato do PSOL pelo Twitter e falou em "somar" forças no segundo turno. "Acabei de ligar para Guilherme Boulos, a quem tenho como um irmão mais novo. Desejei sorte e disse que ele pode contar comigo e com a nossa valente militância para virar o jogo em São Paulo."

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Durante toda a campanha, Tatto evitou atacar o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que também recebeu apoio do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) após o anúncio do resultado das eleições. "Progressistas, ninguém arreda o pé de São Paulo até a vitória de Guilherme Boulos e a derrota dos tucanos. Vamos à luta", disse Haddad.

Apesar do apoio oficial do PT à candidatura de Boulos, é esperado que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha um papel coadjuvante na campanha do PSOL. A estratégia busca evitar que Covas use o discurso do antipetismo contra Boulos.

Mal havia acabado a apuração dos votos do primeiro turno em São Paulo, apontando Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) como os candidatos mais votados na capital paulista, quando as primeiras declarações de apoio aos postulantes para o segundo turno foram confirmadas.

Até a manhã desta segunda-feira (16), pelo menos três das principais lideranças do PT na capital paulista já haviam declarado apoio a Boulos, a começar pelo candidato do partido no primeiro turno, Jilmar Tatto. "Acabei de ligar para Guilherme Boulos, a quem tenho como um irmão mais novo. Desejei sorte e disse que ele pode contar comigo e com a nossa valente militância para virar o jogo em São Paulo", escreveu Tatto no fim da noite do domingo.

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O comentário do petista nas redes sociais foi respondido e endossado pelo ex-prefeito da capital Fernando Haddad, que também convocou os eleitores petistas a votarem no candidato do PSOL. "Progressistas, ninguém arreda o pé de São Paulo até a vitória de Guilherme Boulos e a derrota dos tucanos. Vamos à luta", disse.

O apoio petista a Boulos ainda foi reforçado por Eduardo Suplicy, vereador mais votado em São Paulo nesta eleição, com mais de 167 mil votos. "Expresso meu integral apoio ao Guilherme Boulos 50 e a Luiza Erundina neste segundo turno para a Prefeitura de São Paulo. Disponho-me a colaborar com toda minha energia para que venham a construir uma São Paulo fraterna, justa e solidária."

Pelo lado de Covas, nenhum apoio expresso foi confirmado até as primeiras horas desta segunda. Candidato na maior coligação da capital paulista, o prefeito de São Paulo já entrou na disputa com o suporte da bancada de diversos partidos, como MDB e DEM.

Apesar disso, como a maior parte dos candidatos ainda não declarou apoio - e nem inviabilizou esta possibilidade - a nenhum dos dois candidatos, algumas coalizões podem ser montadas nos próximos dias - o 2º turno será no dia 29.

É o caso do apoio de Celso Russomanno, quarto candidato mais votado a prefeito de São Paulo com 10,5% dos votos. De acordo com apuração da Coluna do Estadão nesse domingo, 15, o Republicanos, partido do candidato, acenou com a possibilidade de apoio a Covas no segundo turno. No entanto, o fator Jair Bolsonaro pode ser um entrave ao acordo.

No pronunciamento onde assumiu a derrota, Russomanno afirmou que iria conversar com o partido sobre o eventual apoio a Covas ou Boulos - aos quais parabenizou pela vitória. Russomanno, porém, disse que "seria leal ao presidente" ao pensar na possibilidade. Bolsonaro é desafeto de Boulos e de Doria, o que, a princípio, impossibilita o apoio explícito a uma das candidaturas, se depender do presidente.

Possibilidades

Se Tatto já encaminhou seu apoio e Russomanno tem um viés em definição, boa parte dos candidatos no primeiro turno ainda segue como "apoios em potencial". Márcio França (PSB), terceiro colocado na disputa com 13,64%, pode ter um peso decisivo no segundo turno se conseguir transferir seus votos para um dos candidatos.

Outros candidatos menos votados, como Andrea Matarazzo (PSD), Orlando Silva (PCdoB) e Marina Helou (Rede) também podem anunciar suas preferências, mas o porcentual somado não é tão relevante no agregado geral. Joice Hasselmann (PSL), que conquistou menos de 2% dos votos, parabenizou os dois candidatos e afirmou que não considera nenhum deles como o melhor para São Paulo.

O deputado Arthur do Val (Patriota), o 'Mamãe Falei', conquistou a 5ª colocação no pleito, com 9,78% dos votos válidos. Em entrevista à Rádio Eldorado ontem, do Val declarou "repúdio" aos candidatos que vão disputar o segundo turno e disse que não vai declarar apoio "de jeito nenhum".

"Eu não acho que nenhum dos dois seja merecedor de sequer um aceno da minha parte ou de qualquer pessoa que me siga", disse. Ele classificou Covas como "o pior prefeito da história de São Paulo" e falou que Boulos é um "invasor de propriedade". "Não acredito que esses dois candidatos sejam legítimos de qualquer liderança", falou à rádio.

As eleições para conselheiros tutelares acontecem em todo o país neste domingo (6). Todos os cidadãos com títulos eleitorais válidos podem ir às urnas escolher os representantes da cidade que vão integrar a instituição voltada para a efetiva execução do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Apesar de não ter, entre os eleitores, o mesmo apelo das eleições oficiais que acontecem a cada dois anos, o pleito tem se tornado cada vez mais politizado. 

No Recife, por exemplo, são 94 candidatos para 40 vagas e é possível ver nas campanhas a ligação dos postulantes com vereadores, outras lideranças políticas e até mesmo partidos. Os santinhos do candidato Wilson Júnior, por exemplo, que circulam nas redes sociais vem acompanhado da foto do vereador Davi Muniz. 

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Também candidato a conselheiro Tutelar, Juvamar Lima Correia, tem na sua campanha o vereador Romerinho Jatobá (Pros) que, inclusive, nas suas redes sociais apresenta Mazinho, como é conhecido, por “seu candidato” ao Conselho no Recife. Outro postulante a uma das 40 vagas, Thiago Carvalho também teve a ajuda de políticos na sua campanha; o vereador Ivan Moraes (PSOL) e a ex-candidata a governadora de Pernambuco, Dani Portela (PSOL), gravaram vídeos pedindo votos para ele. 

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Segundo a presidente do Conselho Municipal da Defesa e Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente do Recife (Comdica), Ana Farias, a contaminação política no processo de escolha dos conselheiros não é irregular, mas inconveniente. 

“Não existe irregularidade, existe a inconveniência. Porque quando o Conselho Tutelar foi criado, a ideia era que as pessoas pudessem escolher seus representantes sem a influencia dessas lideranças [os vereadores]. Seria a escolha da comunidade. Não é irregular, mas inconveniente. A eleição para conselheiro tutelar terminou se partidarizando, que não é o caso porque o nosso partido é  da defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. Apenas esse deve ser nosso norte”, salientou Ana Farias. 

O quadro com exemplos da participação ativa de vereadores nas campanhas de conselheiros não é restrito ao Recife, outras cidades da Região Metropolitana, como Olinda, São Lourenço da Mata e Jaboatão dos Guararapes têm registros explícitos disso. Os apoios, como já dito, não configuram qualquer irregularidade e muitos parlamentares aproveitam a disputa para também tentar aferir suas bases, uma vez que a eleição para conselheiro acontece um ano antes do pleito de 2020, quando serão eleitos vereadores, prefeitos e vice-prefeitos. 

O candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PSDB, João Doria, minimizou o apoio declarado por uma corrente do PSDB a Fernando Haddad (PT) na disputa presidencial. Doria disse que era melhor que esse grupo deixasse o partido e fosse para o PT.

"E o grupo não coaduna nem um pouco com os princípios que estamos adotando, seja do ponto de visto programático, seja do ponto de vista econômico", criticou o tucano. "Melhor até que ele se desligasse do PSDB e fosse para o PT, porque Esquerda Para Valer é com o PT", emendou, em referência ao nome da corrente tucana.

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Doria relativizou ainda a importância do grupo, dizendo que havia menos pessoas nele do que os presentes na coletiva de imprensa desta quinta-feira, 11.

Ontem, integrantes do EPV, grupo que reúne cerca de 5 mil militantes nas redes sociais e é uma das mais antigas da sigla, anunciou apoio a Haddad após se reunirem com ele e entregarem uma carta de intenções. "A candidatura do Haddad está no campo democrático, PT e PSDB estiveram juntos em vários momentos", disse o sociólogo Fernando Guimarães, coordenador da corrente.

Bolsonaro

Doria disse ter telefonado ao candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro, e que os dois tiveram uma conversa "boa e produtiva" na segunda-feira, fazendo um "alinhamento de governabilidade."

Questionado se existe alguma visita agendada, o tucano, que declarou apoio ao deputado no domingo, disse que ainda não. "Vamos ver", desconversou.

Os comentários foram feitos após o anúncio de adesão, à chapa de Doria, do PRTB, partido do vice na chapa de Bolsonaro, general Hamilton Mourão. Apesar do gesto, o ex-prefeito não recebeu de volta apoio do presidenciável.

"Recomendei, não sou capitão nessa hora, neutralidade. Não vou meter minha colher em problemas partidários", disse Bolsonaro, que realizou também nesta tarde um evento com aliados no Rio. O candidato confirmou o telefonema de Doria, mas disse que ele ocorreu ontem.

O principal entrave ao apoio do PSL ao tucano seria o deputado Major Olímpio, principal liderança do partido no Estado, que é crítico ao PSDB. Sobre ele, Doria disse "não ter magoas" e que entende sua "posição de antagonismo com o PSDB e com (o ex-governador Geraldo) Alckmin". Um eventual entendimento com o PSL, se ocorrer, acrescentou, será comunicado pela sua direção nacional.

Além do PRTB, declarou seu apoio ao candidato o prefeito de São Jose do Rio Preto, Edinho Araujo (MDB).

Questionado sobre a posição oficial do MDB, cujo candidato ao governo, Paulo Skaf, declarou ontem apoio a Márcio França (PSB), Edinho disse que, em sua avaliação, os integrantes do partido estão liberados no Estado.

"Falei com meu entorno e decidi que Doria representa esse movimento de fortalecimento dos municípios", disse Edinho, que é amigo do presidente Michel Temer e foi ministro-chefe da Secretaria Nacional de Portos no governo Dilma Rousseff em 2015.

O Partido Social Cristão (PSC), ligado à Assembleia de Deus, maior igreja evangélica do País, declarou oficialmente nesta quinta-feira, 11, apoio a Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência da República, no segundo turno da eleição contra Fernando Haddad (PT).

"O PSC, um partido que defende bandeiras liberais na economia e conservadoras nos costumes, tem certeza de que as propostas do candidato do PSL são as melhores para o Brasil", disse a direção do partido, em comunicado oficial.

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A decisão do PSC se deu por unanimidade, segundo nota divulgada pelo partido.

Ao jornal O Estado de S. Paulo e ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o presidente nacional do PSC, pastor Everaldo Pereira, havia antecipado que o partido jamais apoiaria Haddad e faria campanha por Bolsonaro, caso o segundo turno fosse disputado entre os dois.

Everaldo batizou Bolsonaro nas águas do Rio Jordão, em Israel, em 2016. O candidato do PSL foi filiado ao PSC e, apesar de ser católico, tem seu melhor desempenho entre os eleitores que se declaram evangélicos, segundo diferentes pesquisas de intenção de voto.

O PSC disputa duas eleições de governo estadual no segundo turno. No Rio, o ex-juiz Wilson Witzel, que explora a popularidade de Bolsonaro na campanha, enfrenta o ex-prefeito da capital Eduardo Paes (DEM), cujo partido é majoritariamente pró-Bolsonaro, embora tenha liberado seus filiados.

No Amazonas, Wilson Lima concorre contra o atual governador, Amazonino Mendes (PDT). O PDT aderiu criticamente a Haddad, após a derrota do ex-ministro Ciro Gomes, terceiro colocado na eleição para presidente.

No primeiro turno, o PSC esteve coligado ao Podemos, indicando o economista Paulo Rabello de Castro como candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo senador Alvaro Dias (PR).

O Podemos liberou seus filiados para apoiar Bolsonaro ou Haddad, mas Alvaro Dias, nono colocado na eleição presidencial, não declarou voto. Ele rejeita fazer campanha pelo petista.

O Partido Social Democrático (PSD), do ministro de Ciência e Tecnologia Gilberto Kassab, optou pela neutralidade no segundo turno das eleições presidenciais. Após consultas internas, a legenda, considerando os diferentes cenários locais, optou por liberar seus filiados para declarar apoio individualmente. No primeiro turno, o partido apoiou o tucano Geraldo Alckmin.

"O PSD reafirma ainda seu compromisso, como um partido de centro, de continuar defendendo os interesses do País e da democracia, bem como de seus Princípios e Valores, seja no Poder Executivo, nos Estados ou nos municípios em que atua, seja nos diversos níveis do Poder Legislativo nos quais tem representantes eleitos", diz em nota o presidente do partido, Alfredo Cotait Neto.

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O PSD elegeu 34 deputados federais, quatro senadores, 58 deputados estaduais, o governador do Paraná, Ratinho Junior, vitorioso no primeiro turno no domingo, 7. Dois governadores disputam o segundo turno: Gelson Merisio, em Santa Catarina, e Belivaldo Chagas, em Sergipe.

Assim como PSD, a maioria dos partidos de centro optou pela neutralidade no segundo turno. É o caso de DEM, PPS, Novo, PSDB, Solidariedade, PR e Podemos. O PTB apoiará Jair Bolsonaro, do PSL. O PSB, o PDT e o PSOL fecharam com Fernando Haddad, do PT.

O presidente nacional do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, afirmou nesta quarta-feira, 10, que apoiará e votará no candidato do PSL à Presidência da República nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, no segundo turno. Pela manhã, o Democratas divulgou carta na qual libera os diretórios, líderes e militantes para "apresentarem sua manifestação de voto neste segundo turno seguindo suas convicções."

O texto institucional assinado pelo líder do DEM e coordenador da campanha do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin já indicava, pelo tom duro das críticas contra o PT, que ele apoiaria o capitão da reserva. A confirmação da sua posição individual foi anunciada na tarde desta quarta-feira, 10, em coletiva de imprensa na capital baiana, e já havia sido antecipada nos bastidores por assessores próximos.

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O anúncio de apoio também foi a primeira aparição pública de Neto ao lado do candidato do DEM ao governo da Bahia, José Ronaldo, após os dois brigarem. Ainda no primeiro turno, à revelia de Neto, Ronaldo declarou voto em Jair Bolsonaro, mesmo tendo compromisso de fazer campanha para Alckmin no Estado.

"Dadas as circunstância desse segundo turno, eu irei votar em Jair Bolsonaro", afirmou ACM Neto, após um longo prólogo de justificativas, críticas ao PT e diferenciações entre ele e o capitão da reserva. Entre elas, fez questão de defender a legitimidade das urnas e afirmou que tanto Bolsonaro quanto Fernando Haddad "foram levados ao segundo turno pelo voto soberano, democrático e livre da população". Disse ainda que "aqueles que foram vencidos devem reconhecer que foram vencidos."

Crítico a algumas posições de Bolsonaro, como no debate sobre a população LGBTQI, de qual é próximo, ele aproveitou a ocasião para se diferenciar do radicalismo do candidato do PSL, deixando claro que sua posição será uma espécie de "apoio crítico". Não deixou, contudo, de reafirmar declarações antipetistas que já havia dado ao longo da campanha, ao dizer que discorda "100% do retorno do PT ao governo do Brasil."

"Eu não concordo 100% com os pensamentos, com as bandeiras e com as pregações de Bolsonaro. Eu não preciso concordar 100% com alguém para achar que essa pessoa merece meu voto no segundo turno, quando temos apenas duas alternativas", justificou, dizendo que o momento atual é "o mais importante desde a redemocratização."

"Se nós estamos há quatro anos vivendo uma gravíssima crise econômica, social, moral e política, é graças ao PT, é graças ao que Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores fizeram no nosso País, sobretudo ao estelionato eleitoral cometido em 2014. Hoje nós temos 13 milhões de desempregados no Brasil. Hoje nós temos as pessoas mais próximas como vítimas dessa crise", disse o prefeito de Salvador.

Na carta que assinou enquanto presidente do DEM para liberar os diretórios, ACM Neto afirma que seguirá "conectado com a vontade de mudança do povo brasileiro" e diz, sinalizando para a onda antipetista que tomou conta do País, que o DEM "assume o compromisso de contribuir com a construção de um novo Brasil, um País completamente diferente daquele que nos foi legado pelo PT nos últimos anos."

União

Ele defende "uma nação pacificada" e apela aos eleitores para que "os valores nacionais prevaleçam sobre interesses não republicanos que conduziram o Brasil à pior crise econômica, política, social e moral de sua história."

"Neste novo tempo que se anuncia, não cabem invasão e destruição de propriedades, e muito menos mensalão e petrolão", afirma ACM Neto no texto, pregando o fim do "toma lá, dá cá" fruto da velha política e um governo com mais responsabilidade fiscal. "É hora de enfrentar, com determinação e coragem, o desafio de soerguer o Brasil."

O apelo de unificação nacional também foi feito pelo prefeito na entrevista coletiva que concedeu. "Espero que ele possa, uma vez eleito presidente da República, trabalhar para unificar o País, trabalhar para superar esse quadro que se instalou de polarização de extremos e de posturas radicais", defendeu o presidente do DEM.

"Espero que ele tenha esse compromisso, essa responsabilidade, essa visão, para, depois de eleito, deixar para trás tudo isso. Independentemente do partido A, B ou C, que ele tenha compromisso de construir uma nova agenda política para o Brasil."

Ele ainda minimizou declarações do capitão da reserva, que afirmou que não aceitaria uma eventual derrota. "Para mim, a coisa mais importante são os fundamentos com o compromisso democrático. As palavras do candidato Jair Bolsonaro foram claras nesse sentido, do respeito à constituição federal, do respeito à democracia. Apesar de tudo que o Brasil viveu nos últimos anos, mostramos que as instituições brasileiras são firmes."

Ele insistiu em deixar claro, várias vezes durante a coletiva, que "existem divergências ideológicas e de pensamento" entre ele e Bolsonaro. O prefeito soteropolitano garantiu que não houve negociações com a candidatura do PSL sobre o apoio anunciado por ele.

O desempenho do Democratas nas eleições 2018 também foi comemorado, apesar da derrota sofrida pelo seu presidenciável, Geraldo Alckmin, nem ter chegado a disputar uma vaga no segundo turno. Na carta e na coletiva, ACM Neto limitou-se a listar que a legenda elegeu 29 deputados federais, quatro senadores e dois governadores no primeiro turno do pleito.

Segundo ele, a sigla "alcançou um expressivo crescimento, consequência de uma história de coerência e compromisso com nossos princípios e ideais", fruto que ele considera "significativos". Nas palavras do próprio ACM Neto, tais frutos surgem do "esforço que vem sendo feito desde a última convenção de refundação do partido."

Em 2014, o DEM teve o pior desempenho da sua história, não elegendo nenhum governador sequer, mas, após articulações lideradas por Neto e pelo presidente da Câmara Rodrigo Maia, conseguiram reorganizar o partido internamente. Na época, chegou-se a especular a mudança do nome para Centro Democrático, o que acabou sendo descartado.

"Nós poderíamos ter procurado a sombra do poder, mas mantivemos a coerência", afirmou ACM Neto. Ele ainda justificou o porquê de não ter se pronunciado ainda no domingo, após a confirmação da derrota do seu candidato ao governo da Bahia e de Geraldo Alckmin. Disse que queria falar já com o posicionamento sobre o segundo turno presidencial tomado.

O prefeito afirmou que respeita o resultado das urnas e parabenizou "os vencedores", sem citar o nome do governador Rui Costa (PT), reeleito, do ex-ministro Jaques Wagner (PT) e do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia Ângelo Coronel (PSD), ambos senadores eleitos nas eleições 2018. "Foi o desejo do povo baiano."

Centrais sindicais, entre elas algumas que apoiaram Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL) no primeiro turno da eleição presidencial, declararam apoio ao candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, para o segundo turno da disputa. Nos discursos dos sindicalistas, houve alertas para que a campanha do petista mude sua estratégia e comece a "encantar" o povo.

Ao lado de Haddad, anunciaram o apoio Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e Intersindical.

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Nos discursos, os líderes das centrais reforçaram que o apoio a Haddad tem como objetivo impedir que Jair Bolsonaro (PSL) seja eleito, o que seria um "retrocesso" para a democracia no País, na opinião desses sindicalistas. No manifesto lançado pelas entidades, há um apelo para voto em Haddad afirmando que há uma massa de desempregados e desalentados "iludida pelo canto da sereia" e desorientada pela profusão de notícias falsas e disseminação do ódio, em referência ao candidato do PSL.

Sindicalistas chamaram atenção, contudo, para mudanças que a campanha precisaria ter se quiser vencer as eleições no segundo turno. "Nas redes sociais, estamos falando muito do outro e pouco da gente", disse o presidente da CTB, Adilson Araújo. "A criminalização da política é para tirar a gente do jogo, se continuar assim nós vamos perder", afirmou, reforçando que era preciso "começar a encantar o povo."

A equipe de campanha do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) espera receber a visita do governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), na casa do candidato, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, na tarde desta quarta-feira, 10. Um dos interlocutores da campanha disse que o objetivo do encontro é "manifestar o apoio incondicional dele (Caiado) ao Jair Bolsonaro".

Em entrevista na casa do empresário Paulo Marinho, na terça-feira, 9, onde gravou programas eleitorais, Bolsonaro disse que o DEM teria manifestado vontade de apoiá-lo, mas que nada havia sido oficializado até então.

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Nesta quarta pela manhã, no entanto, o presidente nacional do Democratas, ACM Neto, divulgou nota oficial em que o partido libera seus filiados para apoiar no segundo turno das eleições presidenciais o candidato do PSL ou o do PT, Fernando Haddad.

Apesar disso, é majoritária entre os líderes do DEM, adversário histórico do PT, a intenção de votar e fazer campanha por Bolsonaro.

"Ficam, assim, os nossos líderes e militantes de todo Brasil liberados para, seguindo as suas convicções, apresentarem a sua manifestação de voto neste segundo turno", diz a nota assinada por Neto, prefeito de Salvador (BA).

A decisão anunciada por ACM Neto, na prática, desobriga os líderes do DEM desconfortáveis com Bolsonaro de fazerem campanha abertamente pelo deputado e ex-capitão do Exército.

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