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Com a chegada do período festivo, também retornam à ativa as ações solidárias anuais que buscam acolher e democratizar o acesso da população às celebrações de fim de ano. O Natal, que acontece em menos de um mês, já tem campanhas de arrecadação aquecidas e aceitando contribuições dos mais diversos tipos. A tradicional campanha das cartinhas, realizada pelos Correios, com o objetivo de realizar os desejos de crianças do Brasil inteiro, está em vigor desde o último dia 14. Além dela, outras ações de instituições locais iniciaram suas mobilizações. Saiba como colaborar.

Todo Mundo Pode Ser Noel

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A campanha Papai Noel dos Correios, que este ano tem o lema "Todo Mundo Pode Ser Noel", já está aberta. Realizada há mais de 30 anos, a ação tem o objetivo de estimular a escrita e envio de cartas entre as novas gerações, e, ao mesmo tempo, tirar do papel os sonhos idealizados por elas. Para ajudar, pessoas de todo o país podem se tornar madrinhas e padrinhos destas crianças. O passo a passo está disponível no Blog do Noel, tanto para quem quer cadastrar sua cartinha e pedir um presente ao Papai Noel anônimo, como para quem deseja saber como adotar uma carta e onde entregar os presentes.

Pessoas físicas e jurídicas podem participar. É possível, ainda, ser um super padrinho e adotar 50 cartas ou mais de uma vez só. A adoção das cartas pode ser feita remotamente, pelo site, ou em uma agência física dos Correios. Para saber a agência mais próxima de você, basta visitar o blog e conferir as opções disponíveis para cada estado e município.

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Campanha do Shopping Guararapes

O Shopping Guararapes, localizado no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, é autor de uma campanha de apadrinhamento de crianças para o Natal, que beneficia as crianças atendidas pelo Instituto Shopping Guararapes, instituição mantida pelos empreendedores do centro comercial. A ação está em vigor desde de 24 de novembro. Com o objetivo de apoiar quase 150 crianças carentes, um painel no corredor do cinema apresenta as suas fotos e sugestões de presentes. 

Os clientes que quiserem participar podem se dirigir ao painel e escolher uma criança para presentear, informando aos promotores, que são ex-alunos da Instituição. Cada criança que receber um padrinho ou madrinha terá uma estrela sobre a sua foto, demonstrando a generosidade de quem já contribuiu. O presente deve ser entregue aos promotores pessoalmente até o dia 12 de dezembro.

Painel da campanha de Natal do Shopping Guararapes. Foto: Divulgação

Natal solidário da Ferreira Costa

Todos os anos, o Home Center Ferreira Costa realiza a ação de arrecadação de brinquedos para crianças carentes. Para participar, basta escolher uma das cartinhas da árvore de Natal da instituição, comprar o brinquedo que a criança escolheu e entregar na loja até o dia 17 de dezembro, em todas as filiais do estado de Pernambuco.   

Em Recife, a ação que acontece na loja da Tamarineira, irá receber doações para a ONG Lar Maná, localizada no bairro de Tabajara, em Paulista, e beneficiará 27 crianças de dois a 11 anos. Já a loja localizada da Imbiribeira beneficiará 99 crianças entre um e seis anos da Casa da Comunidade do CCB SOCIAL Berardo. A Ferreira Costa se encarregará de entregar todas as contribuições na instituição. A ação também está disponível nas lojas de Caruaru, no Agreste, e Garanhuns (Sede).

Árvore da campanha de Natal da Ferreira Costa. Foto: Divulgação

Mesmo sem dinheiro de empresas privadas, as eleições de 2022 devem igualar ou até ultrapassar o gasto de 2014, a disputa mais cara da história do País. Naquele ano, a maior parte das campanhas foi bancada por construtoras investigadas pela Operação Lava Jato. Agora, só haverá recursos públicos e de pessoas físicas. Mas as campanhas voltaram a ter arrecadações milionárias com o embate acirrado de grupos alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Até outubro, os candidatos terão aproximadamente R$ 6 bilhões em recursos públicos para gastar nas campanhas, somando os fundos eleitoral e partidário. O dinheiro foi distribuído pelos partidos entre seus candidatos de acordo com critérios dos próprios dirigentes das siglas. A esse montante somam-se doações de pessoas físicas que, na estimativa de especialistas em campanhas, devem chegar a um valor recorde neste ano.

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Para se ter uma ideia, nos primeiros dez dias de campanha entraram R$ 165 milhões em doações dessa forma. Somente o empresário José Salim Mattar repassou R$ 2,8 milhões - é o maior doador até agora. As campanhas podem receber também recursos de financiamentos coletivos, as chamadas "vaquinhas".

Assim, o custo da eleição deste ano poderá atingir o de 2014, que chegou a R$ 5 bilhões - com a atualização monetária, o valor movimentado na disputa que elegeu Dilma Rousseff presidente foi de R$ 8 bilhões.

Há outra diferença entre as disputas do período da Lava Jato e de agora que preocupam especialistas. Na eleição de 2014, foram 90 dias para os candidatos pedirem voto. Neste ano, a campanha oficial vai durar apenas 45. Ou seja, os candidatos terão menos tempo para gastar bilhões de reais despejados nas campanhas.

"A demanda real por gastos diminuiu, mas o dinheiro aumentou. O risco de corrupção se elevou demais", afirmou o consultor sênior da Transparência Internacional no Brasil, Michael Mohallem.

Para o consultor, a intenção das últimas mudanças na legislação eleitoral - como a que proibiu o financiamento por empresas - foi diminuir o custo das campanhas, o que deve ser revertido nesta eleição em que os dois protagonistas são, pela primeira vez, o presidente e um ex-presidente.

Inelegíveis

Uma parte do dinheiro público e das doações de pessoas físicas está sendo gasto em campanhas de candidatos que estão na mira da Justiça Eleitoral. Na próxima terça-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decide se o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) poderá manter sua candidatura ao Palácio do Planalto. Para evitar desperdício de dinheiro público, o ministro Carlos Horbach, que indicou a inelegibilidade de Jefferson, se adiantou e suspendeu repasses de fundos eleitorais para a campanha.

Outro que corre risco de perder direito de se candidatar é o deputado Neri Geller (Progressistas-MT), que disputa vaga ao Senado. Condenado por abuso do poder econômico na campanha em 2018, o parlamentar teve o mandato na Câmara e a atual candidatura a senador cassados pelo TSE na semana passada, mas uma decisão da juíza Clara da Mota Santos, do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, restituiu seus direitos. O caso deve voltar ao TSE. Enquanto isso, Geller já recebeu R$ 2,7 milhões do fundo eleitoral e aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal.

Cassado em 2016, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PTB) começou sua campanha na TV para uma vaga de deputado federal por São Paulo. Na quinta-feira passada, o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo, derrubou a liminar que o mantinha na disputa. A campanha continua, enquanto ele aguarda o julgamento no TSE. Cunha já recebeu R$ 1 milhão do "fundão" para financiar sua campanha.

História

O aumento do financiamento público foi articulado por partidos políticos, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. A estratégia foi permitir que as campanhas tivessem uma estrutura parecida com eleições anteriores, mesmo sem depender do financiamento de grandes empresas. O valor do fundo eleitoral entrou no Orçamento da União e é bancado com impostos federais e multas pagas à Justiça Eleitoral.

Além de um "fundão" à disposição dos candidatos, as eleições deste ano têm regras diferentes. É a primeira disputa nacional sem coligações proporcionais, grupos que partidos formavam para eleger deputados. Agora, cada legenda terá que ter sozinha o número de votos necessários para eleger um candidato - que varia de acordo com o Estado e o número de vagas disponíveis. Na prática, o político precisará de mais votos - e, consequentemente, mais dinheiro - para obter uma cadeira na Câmara.

O cargo de deputado passou a ser ainda mais cobiçado com o aumento do poder do Congresso e o acesso ao orçamento secreto. Conforme o Estadão publicou, a disputa tem um número recorde de candidatos à reeleição na Câmara.

"O fundo eleitoral ficou maior sem aumentar a transparência e a fiscalização, que claramente não estão na mesma proporção", disse o diretor da Transparência Brasil, Manoel Galdino. A margem para candidaturas "laranjas", gastos fictícios e enriquecimento ilícito aumentou, de acordo com ele. "É mais do que desperdício, é crime mesmo", alertou.

Teto

O gasto também deve aumentar nas campanhas presidenciais. Em 2018, o presidente Jair Bolsonaro declarou ter gasto R$ 2,5 milhões. O PT informou um total de R$ 37,5 milhões para a campanha de Fernando Haddad. Agora, o limite para a campanha de Bolsonaro e de Lula será de R$ 88,9 milhões. Em um eventual segundo turno, haverá um acréscimo de R$ 44,5 milhões. As campanhas dizem que devem chegar perto do teto, mas o valor final só é conhecido depois da disputa.

Até este domingo, os partidos distribuíram R$ 2,3 bilhões dos dois fundos para 6.044 candidatos. A metade do valor, R$ 1,1 bilhão, entrou na conta de apenas 6% dos candidatos. Quem mais recebeu verba pública foi Lula, R$ 66,7 milhões. Dados do TSE mostram que os candidatos já receberam R$ 2,4 bilhões, somando fundos eleitoral e partidário, doações de pessoas físicas e "vaquinhas". Até agora, eles declararam ter contratado R$ 224,1 milhões em despesas, das quais R$ 93 milhões já foram pagas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, voltou a criticar a troca de ataques de teor religioso entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha eleitoral.

O pedetista chamou de "forma muito grave de corrupção" o que classificou de invasão da "religiosidade do povo". "Aonde se misturou política corrupta com religião deu em genocídio. Se proteja, meu irmão. Você tem o direito de adorar a Deus da forma como você deseja adorar, e o papel presidente da República é respeitar todas as formas de adorar a Deus e até proteger aqueles que não tem condições de ter fé", afirmou Ciro em entrevista ao SBT Brasil na noite desta quarta-feira (17).

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Mais cedo, o candidato usou as redes sociais para dizer que os adversários estão "se tornando iguais" por usarem o nome de Deus "em vão".

O primeiro dia oficial de campanha nesta terça-feira (16) foi marcado pela disputa entre Bolsonaro e Lula em torno de temas religiosos. Em Juiz de Fora (MG), o candidato à reeleição voltou a chamar a corrida presidencial de "luta do bem contra o mal" e também criticou o que chamou de "fechamento de igrejas" na pandemia de covid-19, reforçando a pauta religiosa da sua campanha.

Já Lula, fez o primeiro ato de campanha em São Bernardo do Campo (SP), seu berço político, onde acusou Bolsonaro de tentar manipular a boa-fé de evangélicos e afirmou que o presidente é "possuído pelo demônio". Hoje, a presidente nacional do PT voltou a colocar a religião em pauta na campanha. Em uma publicação nas redes sociais, a petista afirmou que "Bolsonaro usa Deus, Deus usa Lula!".

Diante da vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de intenção de voto no Nordeste, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, escondem o presidente Jair Bolsonaro das campanhas dos seus principais aliados locais. No Piauí, o diretório estadual do Progressistas, controlado por Nogueira, acionou o Tribunal Regional Eleitoral para tentar proibir a circulação de imagens de seus candidatos ao lado do presidente.

Na ação, o partido do ministro justifica que Bolsonaro "possui altíssimo índice de rejeição em pesquisas mais recentes" e diz que o material que circula no WhatsApp dos seus candidatos ao lado do presidente é fake news. O Progressistas afirmou ao TRE que, diante da impopularidade do presidente, eles serão prejudicados se aparecerem ao seu lado. A Justiça negou o pedido. "Está claramente nos limites da liberdade de expressão e comunicação", diz sentença de junho.

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Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostra que Lula aparece 35 pontos à frente de Bolsonaro nas intenções de voto para o primeiro turno no Nordeste. O que dá ao petista 59% da preferência ante 24% do presidente. Em maio, o instituto mostrou que Bolsonaro é rejeitado por 65% dos eleitores da região, que não votam nele "de jeito nenhum". Lula é rejeitado por 22% dos nordestinos.

CANDIDATOS

Senador licenciado, Ciro Nogueira tem mandato até fevereiro de 2027. Na disputa deste ano, tenta eleger aliados em diferentes palanques. Entre eles, o responsável pela ação para proibir santinhos vinculando Bolsonaro aos candidatos da sigla, o presidente do PP no Piauí, Júlio Arcoverde, que busca um mandato de deputado federal. Ciro o escolheu para comandar o partido no Estado e empregou o filho do correligionário no seu gabinete no Senado.

Assim como o ministro da Casa Civil, Arthur Lira também esconde o presidente na sua propaganda em Alagoas. Suas publicações o apresentam como "Arthur Lira é foda" e não trazem menção a Bolsonaro. Com R$ 16,5 bilhões de orçamento secreto para distribuir entre seus aliados no Congresso, os marqueteiros de Lira apostam na imagem de um tocador de obras independente e padrinho direto dos recursos para o Estado.

Candidato à reeleição, Lira apoia um antibolsonarista ao governo de Alagoas, o senador licenciado Rodrigo Cunha (União Brasil). Em 1999, o então deputado Jair Bolsonaro votou contra a cassação de um colega que mandou matar a mãe de Cunha e saiu em defesa do mandante do crime político. Na terra de Lira, sobrou para Bolsonaro o palanque de Fernando Collor (PTB-AL).

Enquanto isso, a quilômetros de Alagoas, no Rio de Janeiro, Lira compareceu à convenção do PL vestido com uma camiseta com a inscrição "Bolsonaro 2022". O presidente retribuiu: "Lira tem colaborado muito com o nosso governo. Graças ao Lira conseguimos aprovar leis que baixaram os combustíveis".

É quase um jogo duplo. Ao mesmo tempo que comandam a articulação política do governo e a distribuição das verbas do orçamento secreto, os dois aliados mais influentes de Bolsonaro, evitam parecer adversários de Lula nas campanhas estaduais, enquanto em Brasília fazem oposição ao petista ecoando o discurso do presidente.

PRINCÍPIOS

No Piauí, Ciro Nogueira também não dará palanque a Bolsonaro. Seu candidato ao governo, Silvio Mendes (União Brasil), já disse em entrevista que não apoia o presidente. "Vou não. Eu não faço qualquer coisa. Eu tenho muitos princípios. Não vou me afastar dos meus princípios, das minhas crenças", afirmou. A chapa tem a ex-mulher do ministro Iracema Portella (Progressistas-PI) como vice.

"É preciso acabar com essa frescura de dizer que não é Bolsonaro", tem afirmado o prefeito de Parnaíba, Mão Santa (União Brasil). Numa disputa polarizada entre Silvio Mendes e o petista Rafael Fonteles, Bolsonaro terá o apoio de Coronel Diego, candidato pelo PL.

O cientista político e professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI) Vitor Sandes explica que o custo político de se investir na "bolsonarização" num Estado como o Piauí "é bastante elevado". Na avaliação dele, o ministro Ciro Nogueira sabe separar as coisas. "Ele faz vídeos falando do Bolsonaro, das obras e tal, mas não vincula isso à candidatura do Silvio Mendes."

A cientista política e pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Carolina de Paula complementa ao afirmar que os políticos do Centrão "estão aguardando o que vai acontecer, pensando também na sua própria eleição, no seu próprio Estado". Segundo ela, as prioridades têm uma escala. "Primeiro, eles precisam se eleger. Depois, eleger os aliados. Em terceiro lugar, talvez, esteja o Bolsonaro", diz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) terá poder de decisão no rateio de verbas para todas as campanhas eleitorais do PL, em especial a do próprio presidente Jair Bolsonaro. Segundo membros da bancada do partido na Câmara dos Deputados, as quantias reservadas a cada um dos parlamentares dependerão totalmente de deliberação conjunta do filho "zero um" e do presidente e de Valdemar Costa Neto, que preside o PL.

As parcelas reservadas a cada candidato são motivo de forte preocupação interna entre os mandatários da sigla. É que os recursos deverão prioritariamente ser destinados à campanha à reeleição de Jair Bolsonaro. "Isso será decidido pelo Valdemar e pelo Flávio. Para o político, o dinheiro de campanha sempre vai ser pouco. Temos que fazer com o que tem", afirmou Wellington Roberto (PB), ex-líder da bancada na Câmara.

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Entre os deputados, há dúvidas sobre a estrutura financeira que será dada para os atuais parlamentares arcarem com os custos eleitorais, especialmente os de Estados com mais votantes e os que não conseguem alcançar milhões de eleitores pelas redes sociais.

Com a filiação de Jair Bolsonaro, a bancada cresceu de 33 para 78 deputados. Eles sabem que a prioridade será a reeleição do presidente e têm dito que as liberações aos parlamentares dependem da estratégia eleitoral que será montada por Flávio Bolsonaro, filho que mais se dedica à burocracia eleitoral do pai.

Repartição

Para 2022, o PL terá cerca de R$ 280 milhões do chamado fundão eleitoral. O cálculo que se faz na bancada é negativo especialmente para os deputados federais e estaduais. Membros do PL estimam que, no mínimo, R$ 30 milhões do fundão serão direcionados à campanha de Bolsonaro, R$ 50 milhões para a campanha de candidatos a governador e mais R$ 50 milhões a postulantes ao Senado.

Restariam R$ 150 milhões para a campanha de deputados. A quantia representaria menos de R$ 2 milhões para cada um dos atuais 78 integrantes da bancada, sem levar em conta os candidatos às Assembleias Legislativas.

Os deputados alimentam a esperança de que a cúpula do partido seja bem-sucedida em uma estratégia de arrecadação voluntária para a campanha de Bolsonaro para "sobrar" mais recursos do fundo eleitoral para os demais candidatos.

Como revelou o Estadão, um grupo de empresários próximos do bolsonarismo já procurou representantes do agronegócio pedindo doações para a campanha à reeleição. Eles usaram os nomes de Valdemar e de Flávio para buscar financiamento, e a abordagem gerou queixas entre ruralistas.

A reportagem também mostrou que o partido arrecada doações voluntárias de empresários, advogados e dos próprios parlamentares - entre eles, um investigado por suspeitas de desvios de emendas.

"A matemática não sou eu que faço, são eles lá em cima. O que cair para mim eu vou usar, e vamos ver o que vai dar. Não adianta contar com o dinheiro porque está difícil no PL", afirmou o deputado Coronel Tadeu (SP).

Antes mesmo do início formal da corrida presidencial, em meados de agosto, os partidos dos principais pré-candidatos registram despesas milionárias para promoção dos futuros concorrentes. Entre viagens, contratação de marqueteiros e impulsionamentos nas redes, as siglas estimam que terão de consumir, em média, mais de R$ 3 milhões cada uma para promover os presidenciáveis até o início efetivo da briga por votos.

O dinheiro utilizado nesta etapa é principalmente do Fundo Partidário, que, no ano passado, consumiu R$ 1 bilhão do dinheiro público. Contudo, os partidos dos dois principais concorrentes mantêm os números sob reserva. O PL do presidente Jair Bolsonaro e o PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não quiseram informar à reportagem quanto já gastaram ou pretendem gastar nesta fase da disputa.

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Nesta etapa anterior à campanha, a legislação autoriza que os partidos se promovam, façam eventos e explorem seus presidenciáveis como porta-vozes. A estratégia permite que os políticos se apresentem aos eleitores, participem de comemorações e discutam ideias e propostas.

Apesar de passar por uma crise interna, o PSDB já reservou R$ 2,8 milhões para a pré-campanha de João Doria. O MDB prevê R$ 3,5 milhões para Simone Tebet e o PDT fechou um contrato mensal no ano passado de R$ 250 mil com o marqueteiro João Santana - que atua na pré-campanha de Ciro Gomes. A pré-campanha de Felipe d'Avila (Novo) afirmou que já gastou R$ 500 mil, mas disse que não utilizou recursos do partido.

"Nada impede que se divulgue a liderança do partido. O que não pode ter é nenhum tipo de promoção pessoal com os recursos financeiros do partido. Normalmente, contratam agências para fazer pesquisas e monitoramentos de redes com vistas a uma candidatura, e não direcionada a um candidato", disse o presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB, Eduardo Damian.

Marqueteiro

No PT, a contratação do marqueteiro Augusto Fonseca ampliou um embate na pré-campanha de Lula. Como mostrou o Estadão, o primeiro orçamento apresentado pela agência de Fonseca foi de R$ 45 milhões.

A briga pelo controle dos recursos milionários se tornou o ponto central das divergências entre os grupos do ex-ministro Franklin Martins - próximo de Lula - e o do secretário de Comunicação do PT, Jilmar Tatto. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, disse que o partido continua a negociar valores com o marqueteiro.

As campanhas de vacinação em massa contra a Covid-19 alimentam um fluxo incessante de desinformação na Internet e nas redes sociais, boatos que exageram, ou inventam, efeitos colaterais dos imunizantes até transformarem o remédio em algo pior que a doença.

- Distorção dos dados sobre efeitos colaterais -

Desde o início das campanhas de vacinação, a farmacovigilância (ramo científico encarregado de detectar os efeitos colaterais dos medicamentos) tem servido de ferramenta para alarmar a opinião pública.

Na maioria dos países, quando uma pessoa ou profissionais de saúde detectam efeitos desconhecidos após uma vacinação, podem informá-los às autoridades, e estes registros costumam ser públicos.

Corresponde às autoridades sanitárias determinar se são efeitos colaterais.

Nestes registros, também são incluídos os óbitos. Uma pessoa vacinada ter morrido não significa, contudo, em absoluto, que tenha sido por causa do fármaco.

Os efeitos indesejáveis das vacinas anticovid-19, como miocardites, pericardites, ou tromboses, têm sido muito raros com base em bilhões de doses aplicadas no mundo todo.

E, apesar disso, as redes sociais têm divulgado uma grande quantidade de mensagens sobre os "milhares de mortos" supostamente causados pelas vacinas. Em geral, capturas de tela com dados destes registros públicos acompanham as mensagens, na tentativa de fazê-las parecer confiáveis.

Segue-se, com frequência, o mesmo método: falsificar os dados de farmacovigilância para assustar o leitor, como fez recentemente a deputada francesa Martine Wonner. Ela citou dados do sistema americano VAERS, que reflete indícios de efeitos suspeitos de estarem vinculados com as vacinas.

Estes dados não revelam, porém, qualquer vínculo de causa e efeito: podem "conter informações incompletas, inexatas, fortuitas, ou inverificáveis", adverte o próprio VAERS em sua página online.

No começo de novembro, em países como Taiwan e Austrália, foi detectado um grande fluxo de informação nas redes sobre mais falecimentos causados pelas vacinas do que pelo coronavírus.

- Especulações sem fundamento científico -

A teoria, segundo a qual as vacinas fragilizam ou mesmo destroem o sistema imunológico, é um clássico antivacina, reciclado agora com a pandemia.

No começo de janeiro, algumas publicações afirmaram, sem apresentar qualquer argumento científico como embasamento, que "pessoas totalmente vacinadas desenvolvem aids". Esta hipótese tem sido refutada à exaustão pela comunidade científica: as vacinas servem, ao contrário, para reforçar o sistema imunológico.

Outro rumor recorrente nas redes sociais é que a vacinação causa esterilidade. A AFP dedicou vários artigos de checagem a respeito deste tópico, desmentindo esta teoria.

Outro falso perigo: o fármaco causaria mal de Alzheimer. Esta também é outra especulação sem fundamento, escrita por um militante antivacinas.

Quando se começou a falar do método de RNA mensageiro, circulou a teoria de que este tipo de vacina modificaria o genoma humano. O fato: o RNA mensageiro da vacina não chega ao núcleo da célula, onde se encontra o nosso DNA, desmontando esta tese, também sem fundamento.

- Muitos vacinados entre os infectados? -

As estatísticas sobre vacinados, infectados e hospitalizados são distorcidas com frequência, ou retiradas de contexto, para afirmar que as vacinas são inúteis.

Muitas pessoas alegam, por exemplo, com base em números oficiais, que há, na França, mais infectados vacinados que não vacinados em números absolutos.

Isto não demonstra, contudo, que as vacinas são inúteis.

Independentemente das estatísticas, é necessário levar em consideração que, na França, mais de 75% da população está imunizada, um índice ainda maior entre certas faixas etárias.

Ao mesmo tempo, como se sabe desde o lançamento das vacinas, elas não previnem totalmente a infecção, nem a transmissão do vírus.

É, portanto, matematicamente inevitável que a proporção de vacinados seja muito elevada entre os infectados.

Em um exemplo teórico, se 100% de uma população está vacinada, 100% dos infectados, ou mesmo hospitalizados (ainda que sejam poucos), também estarão vacinados.

Isto não representa uma informação boa, ou ruim, sobre a vacina. Trata-se de um cálculo bem conhecido pelos estatísticos, conhecido como "paradoxo de Simpson". Desta maneira, é necessário raciocinar em termos de grupos populacionais iguais, e não em números absolutos.

Assim, observa-se que os casos positivos, as hospitalizações e as mortes são "claramente mais importantes para as pessoas não vacinadas do que para as vacinadas em uma população comparável", explica a unidade de estatística do Ministério francês da Saúde.

A chegada da variante ômicron, muito contagiosa, também alimentou as interpretações equivocadas das estatísticas.

O fato de que, entre as pessoas que testam positivo para Covid-19, as vacinadas são majoritariamente infectadas com a variante ômicron, levou alguns a concluírem que as vacinas aumentam o risco de contágio.

Na realidade, se a ômicron predomina entre os vacinados, é porque as vacinas são menos eficazes contra a ômicron do que contra a delta. Assim, quando uma pessoa vacinada é infectada neste momento, é principalmente pela ômicron.

Já os infectados não vacinados são apenas afetados não apenas pela ômicron, mas também – muito mais do que os vacinados – pela delta.

E os não vacinados não estão protegidos contra as formas graves da doença, se forem contaminados.

Um dos ex-assessores mais próximos ao ex-ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), foi encontrado morto nesta quarta-feira (6), em Aimorés, Minas Gerais. Haissander Souza de Paula tinha 33 anos e foi um dos envolvidos no escândalo das candidaturas laranjas que derrubou o ministro.

Marcelo deixou a pasta após ser indiciado pela Polícia Federal no esquema de candidaturas de fachada do PSL para desviar recursos públicos do fundo eleitoral. No esquema, após destinar o dinheiro às campanhas fantasmas, os candidatos tinham que devolver parte da verba para uma empresa ligada a outro assessor.

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Até o momento, o ex-ministro e atual deputado não se pronunciou sobre a morte do ex-assessor.

Mãe relata 'alucinações' de Haissander

A mãe relatou às autoridades que o filho "estava tendo alucinações, era hipertenso e ultimamente estava se automedicando com remédios para dormir".

Ela conta que Haissander passou mal na tarde da quarta (5), queixando-se de dores no braço e sofrendo novas alucinações. Ele foi encaminhado ao hospital e liberado à noite. Na manhã seguinte, seu corpo foi encontrado sem marcas de violência em um colchão.

Últimos atos

No sábado (1º), Haissander Souza de Paula foi detido por extorsão na BR-116, em Governador Valares. Ele teria furtado o celular de um homem que cochilava em um carro e marcado encontro para a devolução com a entrega condicionada à recompensa de R$ 600.

O ex-assessor chegou armado ao local marcado e disse que era delegado federal. A vítima estava acompanhada de um amigo, que desconfiou e chamou a Polícia Militar. O carro de Haissander foi abordado e foi verificado que a arma se tratava de um simulacro. 

Quatro anos depois de uma disputa em que o então candidato Jair Bolsonaro mostrou ser possível vencer a corrida ao Palácio do Planalto praticamente sem tempo de TV no horário gratuito, a importância das redes sociais subiu de patamar. A ideia de usá-las apenas para interagir friamente com eleitores restou ultrapassada. Agora, a construção da imagem de um candidato, segundo especialistas, depende de mobilização de eleitores voluntários na internet e também de um trabalho multidisciplinar no mundo offline para que as mensagens cheguem a públicos variados.

Neste universo, da cor da gravata ao timbre de voz, tudo é passível de ser trabalhado por equipes que abrangem de profissionais do teatro à saúde, para aumentar as intenções de voto. Na liderança das pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou uma gravata verde e amarela em recente encontro com o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, para imprimir imagem de estadista no início de seu périplo pelo exterior.

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O atual presidente, por sua vez, exigiu um ato modesto, sem festa, para se filiar ao PL. Bolsonaro quis passar uma mensagem oposta à do ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro, que se filiou antes ao Podemos. O partido de Moro organizou um megaevento, em auditório muito maior do que a oportunidade exigia. Nem todos os convidados compareceram.

Na esperança de ser o nome mais importante da terceira via, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça recorreu à fonoaudiologia para corrigir a voz estridente. "O Brasil não precisa de líderes que tenham voz bonita. O Brasil precisa de líderes que ouçam e atendam a voz do povo brasileiro", desconversou ele, em novembro, ao discursar na cerimônia de filiação ao Podemos. Àquela altura, porém, Moro não apenas fazia impostação de voz como treinava dicção e técnicas de oratória.

"Aparência é fundamental? Com certeza. No dia do seu casamento, você não vai todo esculhambado. Se os candidatos soubessem o poder da voz, falariam menos", diz o publicitário Duda Lima, há 20 anos no marketing de campanhas.

Segundo especialistas, é comum que alguns candidatos recorram a profissionais de teatro para aliar uma boa postura com o tom de voz adequado ao interagir com eleitores. A ideia é que o candidato caminhe com naturalidade, por exemplo, e não se mostre uma pessoa muito "dura". No entanto, as características do debate político na internet também reduziram o peso das estratégias convencionais de marketing eleitoral. A naturalidade, ainda que não aquelas recomendadas nos manuais políticos, é sempre bem-vinda.

PALHAÇO

"Com as redes sociais, o candidato está mais exposto, não dá para esconder nada. Com Collor criou-se uma imagem de caçador de marajá, por exemplo", lembrou Duda Lima, numa referência ao atual senador Fernando Collor (PROS-AL), eleito presidente em 1989. "Hoje, com tanta informação, não dá mais para construir um candidato."

A opinião é compartilhada pelo cientista político Gaudêncio Torquato. "Você não pode transformar um palhaço em um cara muito sério, nem um cara muito sério em um palhaço. O que o eleitor quer é naturalidade, espontaneidade. O voto está saindo do coração para a cabeça. O eleitor está mais racional."

ORGÂNICO

Nesse contexto, ficou mais complexo fazer uma campanha na internet. Para o economista Maurício Moura, CEO do IDEIA Big Data e especialista em psicologia política pela Universidade de Stanford, é preciso produzir peças de campanha que façam com que os apoiadores se sintam motivados a disseminar as mensagens. Esta seria a chamada "rede orgânica" nas plataformas.

"Não existe um presidenciável hoje, no planeta Terra, que possa dispensar uma estrutura digital de 360º: coleta de dados, de conteúdo via celular ou qualquer outro tipo de mídia, uso de todas as redes sociais e da web. Isso deixou de ser um diferencial para ser uma premissa", afirma ele.

Uma chegada de afogadilho nas redes, segundo Moura, tende a não funcionar. A preparação de cadastros, de influenciadores, de canais e de mensagens replicáveis pode levar meses ou anos. "Todo contato é uma oportunidade de coletar informação, consentimento, fazer um cadastro e isso se retroalimenta ao longo do tempo", diz. "O conteúdo da campanha acaba no mandato: jingle, slogan, vídeos. Mas a organicidade da disseminação de conteúdo, as redes que se criaram, andam para frente."

Uma das maneiras de reforçar a rede virtual é coletar informações de apoiadores a cada contato físico com o candidato. Em junho do ano passado, uma 'motociata' do presidente em São Paulo serviu para que o grupo de bolsonaristas por trás do ato construísse um polêmico banco de dados com informações de 500 mil pessoas que se interessaram pela manifestação. Bolsonaro e Lula estão isolados na corrida, no quesito mobilização de redes orgânicas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) quer obrigar, na lei que rege as ações governamentais no combate à Covid-19 (Lei 14.124, de 2021), que o governo promova campanhas de comunicação sobre a importância de se vacinar. Projeto apresentado por ele  (PL 2.602/2021) determina que essas campanhas publicitárias devem trazer esclarecimentos e orientações sobre as vacinas utilizadas e alertas sobre as consequências individuais e coletivas causadas pela recusa de vacinação — principalmente em relação a atrasos no plano de imunização coletiva, causados por preferência ou rejeição de algumas vacinas.

Na justificativa, Contarato admite que a intenção é coibir que ocorram casos como os dos chamados "sommeliers de vacinas": cidadãos que atrasam a própria vacinação porque se recusam a tomar a vacina disponível. Para Contarato, o próprio governo contribui na ocorrência deste fenômeno no Brasil, pois Jair Bolsonaro critica publicamente alguns imunizantes. Portanto, seria fundamental obrigar a realização de campanhas de conscientização, visando coibir fatos como esse.

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"Não têm sido raras as vezes em que indivíduos se recusam a tomar vacina de uma determinada marca. Essas pessoas ligam ou vão até os postos de saúde para perguntar sobre as vacinas disponíveis. E saem ao não ouvir o nome que buscavam. Os motivos dados pelos chamados 'sommeliers de vacina' são diversos, mas todos injustificáveis", reclama Contarato.

Desinformação

O senador lembra que muitos rejeitam a Coronavac por ser chinesa. Na avaliação dele, o próprio governo contribui pra isso, pois inúmeras vezes Jair Bolsonaro ou um de seus ministros desqualificou o imunizante devido a sua origem. Outro argumento contra a Coronavac, diz o senador, trata de sua suposta ineficácia, fake news disseminada também pelo presidente, devido à disputa política com o governador de São Paulo, João Doria (a Coronavac é fruto de parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo paulista). Outros se recusam a tomar a AstraZeneca, em razão de eventuais efeitos colaterais, e há aqueles que buscam determinadas vacinas sob a alegação de que poderão entrar em outros países com mais facilidade, aponta Contarato.

Por fim, o senador alerta que a recusa ou a escolha de imunizantes trazem prejuízos não só em âmbito individual, mas também, e principalmente, coletivo. "Individualmente, a pessoa que recusa alguma vacina continua vulnerável, o que pode ser crucial na manutenção da vida. E no plano coletivo, a recusa ou escolha atrasa o Plano Nacional de Imunização (PNI) e a imunização coletiva", finaliza Contarato.

*Da Agência Senado

O Facebook anunciou nesta quarta-feira (26) que desmantelou mais de 150 operações de manipulação da opinião pública desde 2017 e nomeou a Rússia como a maior fonte deste tipo de campanha enganosa, que tem como objetivo influenciar certos usuários para obter ganhos políticos, ou financeiros.

A rede social, que até 2016 não temia este tipo de operação, tornou-se uma máquina poderosa, com milhares de funcionários de segurança em busca de ameaças.

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As operações de comportamento enganoso coordenado (coordinated inauthentic behavior, CIB) se multiplicaram há cinco anos, quando uma campanha russa desenvolvida para manipular os eleitores americanos revelou o potencial da plataforma para atores sem escrúpulos.

Desde então, este gigante da tecnologia investiu muito em recursos humanos e sistemas automatizados. Também estabeleceu alianças com seus vizinhos californianos e as autoridades. Isso foi suficiente para obrigar os grupos responsáveis por essas operações a adaptarem suas táticas.

"Eles buscam permanecer indetectáveis aos radares", disse o diretor de regulamentos de segurança do Facebook, Nathaniel Gleicher, em coletiva de imprensa sobre um relatório apresentado por sua equipe nesta quarta-feira.

Ao se tornarem mais discretos, os atores maliciosos também possuem um impacto mais limitado.

O Facebook destaca ainda que as campanhas de influência confundem os limites entre manipulação e liberdade de expressão.

"Ultrapassam os limites do comportamento aceitável on-line", afirmou Gleicher.

A rede social estima que os grupos especializados nessas manobras continuarão aproveitando crises e momentos de incerteza, como a pandemia, ou as eleições, para ampliarem as divisões.

"Nós detectamos e eliminamos campanhas de influência que tentaram recrutar pessoas para publicar conteúdo falsamente autêntico, sem que essas pessoas soubessem", diz o relatório.

"Também vimos vozes genuínas, incluindo o ex-presidente dos Estados Unidos, promovendo informação falsa amplificada por operações de vários países, como Rússia e Irã", completa o informe.

A Rússia esteve por trás de 27 das 150 campanhas encontradas, orquestradas em cerca de 50 países. O Irã ocupa o segundo lugar, com 23 operações.

Os Estados Unidos são o país que mais serviu como alvo, seja por grupos sofisticados financiados por Estados, por adeptos das teorias da conspiração, ou por líderes políticos marginais.

Candidatos à presidência da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP) têm percorrido o País para fazer campanha usando jatinhos particulares, com despesas pagas por seus partidos. As siglas não revelam quanto gastaram pelos deslocamentos até agora e dizem que os valores serão declarados nas prestações de contas à Justiça Eleitoral, o que só são obrigados a fazer em junho do ano que vem. No caso do MDB, a legenda afirmou que usará recursos próprios, provenientes de doações privadas, e não do Fundo Partidário, composto por dinheiro público.

Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, Lira é o que mais viajou até agora. Já passou por dez capitais nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País em reuniões com governadores e políticos locais. A aeronave usada por ele - um jato Cessna Citation Excel com capacidade para oito passageiros e o sugestivo prefixo "PP-MDB" - pertence a dois empresários investigados na Lava Jato. Lira é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) na mesma operação. O Estadão flagrou o deputado embarcando nesta segunda-feira, 11, jatinho em Brasília com destino a Palmas (TO).

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Os irmãos Átila e Metin Yurtseve, donos da Rico Táxi Aéreo, foram alvo de busca e apreensão da Polícia Federal em novembro de 2019 sob suspeita de terem lavado dinheiro para a campanha de Eduardo Braga (MDB-AM). Segundo delação premiada de Ricardo Saud, ex-diretor da JBS, eles usaram notas fiscais falsas para ocultar propina de R$ 6 milhões ao emedebista em 2014, quando Braga tentou se eleger governador do Amazonas. O senador nega as acusações.

Na mesma campanha, a empresa dos irmãos Yurtseve doou R$ 200 mil a Lira, que na época concorreu ao cargo de deputado federal por Alagoas. O repasse foi declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A Rico Táxi Aéreo também é investigada em outra operação da Polícia Federal contra desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas e, nesta investigação, teve um avião apreendido em 2019. Procurada pela reportagem, a empresa não se manifestou.

Articulação

Com a campanha oficializada na semana passada, Baleia viajou apenas duas vezes até agora. Esteve em Teresina, capital do Piauí, na sexta-feira, 8, e nesta segunda foi a Florianópolis, em Santa Catarina. Nas duas vezes, utilizou uma aeronave da Icon Táxi Aéreo.

O MDB afirmou que contratou o serviço para esses primeiros voos após fazer cotações com três empresas e escolheu a mais barata. O valor não foi informado porque, segundo o partido, a intenção é negociá-lo ao fim da campanha dependendo do número de viagens. A sigla, por meio da assessoria, disse que tudo estará na prestação de contas e não usará qualquer recurso do Fundo Partidário.

Ao todo, MDB arrecadou R$ 35,2 milhões em 2020. Deste valor, menos de 1% (R$ 246,3 mil) foram de doações de pessoas físicas. O principal doador foi o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo no Senado, com R$ 18,5 mil. O segundo na lista é o próprio Baleia, que repassou R$ 16,4 mil à sigla que preside. A prestação de contas do ano passado ainda não foi concluída.

O Progressistas ainda não prestou informação ao TSE sobre as contas do ano passado - o prazo vence em junho. Ao todo, a sigla recebeu R$ 48 milhões do Fundo Partidário. "Todas as ações da campanha são feitas cumprindo rigorosamente a legislação e as contas serão divulgadas de forma transparente", disse o partido de Lira.

A legislação não veda que as legendas banquem estes gastos. A única exigência é de que a despesa seja para atividade partidária. "Ilegalidade não há. Ainda que se pretenda invocar o princípio da economicidade, a despesa se revela lícita", afirma Fabrício Medeiros, advogado eleitoral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Incentivar jovens universitários do curso de publicidade e propaganda a desenvolverem campanhas ainda no ambiente acadêmico. Essa é uma das propostas do FenapróUniversitário, concurso organizado pela Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro).

Na competição, estudantes precisam criar uma campanha publicitária sobre a temática “Publicidade: Qual é o futuro do mercado de trabalho?”. De acordo com a organização do concurso, o trabalho vencedor será veiculado em todo o Brasil no dia 4 de dezembro.

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“A campanha deve ser composta por um projeto de atuação em meios digitais, por um anúncio de jornal no formato de ¼ de página, um cartaz no formato 21cm X 28cm, além de roteiro para peça de rádio com a duração de 30 segundos. As peças devem ser apresentadas em forma de layout e texto, além de descritivos que defendam a ideia central da campanha, sua estratégia e planejamento. Cada campanha inscrita deverá contar com a atuação de dois estudantes: um para redação e outro para a direção de arte, além de um professor orientador. O concurso terá duas etapas: a estadual e nacional. Um vencedor de cada estado participa da etapa nacional”, detalhou a organização da campanha.

Uma comissão julgadora formada por profissionais da publicidade analisará as campanhas, levando em consideração critérios como criatividade, originalidade, clareza e objetividade. Cada Estado terá um primeiro colocado; esses serão avaliados, no dia 27 deste mês, para que o vencedor seja escolhido.

Segundo a organização da seleção, o redator e o diretor de arte vitoriosos ganharão um Macbook Air (cada) e o professor orientador receberá um Ipad. “O FenapróUniversitário tem como objetivo incentivar os jovens estudantes da área, que, em breve, estão no mercado, para que tenham a experiência, ainda na faculdade, da criação de uma campanha, desde o briefing, passando pelo processo criativo, aprovação e veiculação”, destacou o presidente do Fenapro, Daniel Queiroz, conforme informações da assessoria de comunicação.

Os interessados devem se inscrever, gratuitamente, até o dia 23 deste mês, conforme orientação do regulamento do processo seletivo. No documento, o público pode contar com mais informações a respeito do concurso publicitário.

Depois de anunciar na quinta-feira (29), o seu apoio à reeleição de Marcelo Crivella (Republicanos) no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro recebeu o prefeito e candidato para um café da manhã no Palácio da Alvorada, na manhã desta sexta-feira (30). O prefeito estava acompanhado da esposa, Sylvia Jane.

Em transmissão ao vivo ontem, Bolsonaro declarou apoio a Crivella, a quem se referiu como "um nome que dá polêmica". A assessoria do prefeito informou que Crivella ouviu conselhos do presidente e os dois gravaram programa oficial para a campanha eleitoral.

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Com o apoio de Bolsonaro, Crivella espera virar o jogo na disputa eleitoral, onde está ficando para atrás nas intenções de voto. De acordo com último levantamento do Datafolha, Crivella tem 13% das intenções de voto, empatado numericamente com Martha Rocha (PDT). Na liderança com folga está o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), com 28%.

Na noite de ontem, Bolsonaro declarou seu apoio a alguns candidatos a vereadores e prefeitos. O chefe do Executivo pediu, por exemplo, votos para seu filho Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), candidato a vereador, e reforçou sua defesa por Celso Russomanno (Republicanos), que disputa e prefeitura de São Paulo.

Apesar da propaganda de candidatos, o presidente destacou que terá uma participação "muito discreta" no pleito. Antes, Bolsonaro havia negado, em mais de uma ocasião, que se envolveria na campanha eleitoral.

O presidente Jair Bolsonaro usou a transmissão ao vivo pelas redes sociais, dessa quinta-feira (29), para pedir votos para candidatos nas eleições municipais em algumas capitais, entre eles o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos), que disputa e Prefeitura de São Paulo, e o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), que busca a reeleição no Rio de Janeiro.

Último a ser citado pelo presidente, o mandatário carioca foi definido como um "nome que dá polêmica". Bolsonaro afirmou que Crivella foi deputado federal e senador antes de assumir o Rio. O histórico militar de Crivella e Russomanno não passou em branco pelo presidente, que lembrou que o primeiro foi tenente do Exército e o segundo, tenente da Aeronáutica.

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Antes de exibir papéis com fotos e números dos candidatos para quem pediu votos, Bolsonaro alegou que sua participação na campanha eleitoral deste ano seria "muito discreta".

Em seguida, usou a transmissão para fazer propaganda para os candidatos a vereador Deilson Bolsonaro (Republicanos), de Boa Vista; seu filho Carlos Bolsonaro (Republicanos), no Rio; e Sonaira Fernandes (Republicanos) e Clau de Luca (PRTB), em São Paulo. Ao lado do presidente na "live", a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), citou a candidata a vereadora em Campo Grande Subtenente Edilaine (DEM).

Bolsonaro também pediu votos para os candidatos a prefeito Ivan Sartori (PSD), que é ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), em Santos (SP); o ex-superintendente da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) Coronel Menezes (Patriota), na capital amazonense; e o deputado estadual Bruno Engler (PRTB), em Belo Horizonte.

Além dos pedidos, o presidente fez ainda propaganda negativa contra o PCdoB. Primeiro, lembrou sua viagem nesta quinta ao Maranhão, para dizer que o governo estadual de Flávio Dino (PCdoB) estaria ajudando a "deteriorar" indicadores que Bolsonaro não especificou. "Podemos pensar, em 2022, em uma candidatura que afaste o atual governador do PCdoB", disse.

Ele também fez referência indireta à candidata a prefeita de Porto Alegre Manuela D’Ávila (PCdoB), alegando que votar em uma candidata da sigla seria "o fim da picada". Bolsonaro, contudo, não pediu voto para nenhum adversário da candidata a vice-presidente em 2018 na chapa de Fernando Haddad (PT).

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (28) que gostaria de ter mais participação nas eleições municipais deste ano e que, "discretamente", começará a atuar nas campanhas. Ao comentar o apoio ao candidato Bruno Engler (PRTB), em Belo Horizonte, o presidente admitiu dificuldades em prestigiar eventos políticos nos municípios.

"Como está o Bruno em BH, está crescendo?", indagou o presidente a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, antes de receber o convite para ir à capital mineira. "Eu tenho que ir para lá por meios próprios e não tenho como arranjar segurança para mim. É muito caro, não tenho condições. Gostaria de ter participação nas eleições municipais... Eu vou aos municípios, BH me interessa, gosto muito do Bruno Engler, pode fazer um bom trabalho caso chegue à prefeitura e, discretamente, vou começar a atuar", completou.

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Bolsonaro voltou a negar gravações de vídeos na saída da residência oficial. "Terminando as eleições (eu gravo). Não quero dor de cabeça com política. Você me desculpa, mas não vou gravar", concluiu.

Segundo pesquisa Ibope divulgada no dia 15, Alexandre Kalil (PSD) lidera a intenção de votos para reeleição em Belo Horizonte com ampla vantagem. O atual prefeito registra 59%. Enquanto o segundo lugar é ocupado por João Vitor Xavier (Cidadania), com 7%. Áurea Carolina (PSOL) tem 3% e Bruno Engler, 2%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos.

Em São Paulo, após o deputado Celso Russomanno (Republicanos) cair e oscilar negativamente nas pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura, suas propagandas do horário eleitoral deixaram de mencionar Bolsonaro. Na estreia da propaganda eleitoral gratuita de rádio e TV, no dia 9, o jingle do candidato citava Bolsonaro três vezes. "Com Russomanno e Bolsonaro, quem ganha é a nossa cidade", dizia um trecho da música. Já no refrão, repetido duas vezes, constava o trecho "e Bolsonaro apoiando".

Dois anos após uma eleição marcada pela disseminação de fake news e em meio à pandemia do novo coronavírus, que deve levar a campanha para a internet, candidatos à Prefeitura de São Paulo preparam suas equipes jurídicas para vasculhar redes sociais em busca de postagens que possam gerar processos na Justiça, destaca o Estadão. Embora a previsão seja de uma relação melhor com as plataformas - que se comprometeram a criar ferramentas para reportar notícias falsas e conteúdos ofensivos -, a "judicialização" já teve início na pré-campanha.

Candidata com mais seguidores nas redes sociais (3,3 milhões), Joice Hasselmann (PSL) montou uma "força-tarefa jurídico-digital", integrada por especialistas em Direito Eleitoral. Segundo o advogado Gustavo Guedes, o grupo tem seis profissionais que acompanham perfis que costumam criticar a candidata. Até agora, Joice já entrou com oito ações na Justiça Eleitoral - os motivos são propaganda institucional, propaganda negativa e divulgação de pesquisa irregular por campanha concorrente.

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No PSB, a equipe jurídica de Márcio França reúne 20 profissionais, além de um grupo responsável por fazer o monitoramento de menções ao candidato em redes sociais e na imprensa. O advogado Anderson Pomini, que trabalha com o ex-governador, disse que esse núcleo é focado na "defesa da honra" de França, por meio do mapeamento da origem de fake news e da atuação das chamadas "campanhas B" - estruturas paralelas que disseminam boatos sobre candidatos.

"Nossa estratégia é evitar que candidatos que foram eleitos na gritaria da internet - e que têm, às vezes, a falsa sensação de impunidade - avancem os sinais em uma campanha majoritária agora. Se nós deixarmos que eles falem qualquer coisa que vier à cabeça, certamente eles tentarão avançar com essa mesma estratégia para o (horário eleitoral gratuito no) rádio e a televisão", afirmou Pomini. Por enquanto, França entrou com duas ações contra um adversário que o chamou de "gângster". A Justiça Eleitoral já determinou a remoção de um vídeo.

Foco

A campanha do prefeito Bruno Covas (PSDB) à reeleição buscou um veterano do Direito Eleitoral para compor a equipe. O advogado Ricardo Penteado atuou em todas as corridas presidenciais desde 2002. Na campanha de José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto, em 2010, Penteado obteve uma decisão inédita na Justiça, que determinou a retirada de um post do Twitter do ar.

"Com a comunicação democratizada pelas mídias sociais, muitas vezes se enxuga gelo (juridicamente). O principal é concentrar as reações jurídicas. Não tenho interesse em responder a qualquer um, por mais absurdo que seja o ataque. Se aparecer um vídeo no YouTube com um monte de porcaria, depende do número de acessos e da credibilidade", disse Penteado, que trabalha com outros dez advogados. "Dentro da estrutura de comunicação está esse acompanhamento. Quem disse o quê e onde. Às vezes a resposta precisa ser jurídica."

Com foco no combate às fake news e a "campanhas B", a "proteção" jurídica da campanha de Celso Russomanno (Republicanos) deverá ser feita, novamente, pelo advogado eleitoral Arthur Rollo. De acordo com o advogado, a equipe está sendo "treinada" para identificar a tentar conter a disseminação de notícias falsas envolvendo o candidato do Republicanos.

Redes

Para as eleições municipais deste ano, grandes plataformas - como Facebook, WhatsApp, Google e Instagram - disseram ter elaborado políticas rigorosas para tentar barrar, na origem, redes de desinformação e de fake news.

Questionado sobre a relação com essas plataformas, Guedes, que trabalha na campanha do PSL, se disse otimista. "As plataformas nestas eleições estão mais dispostas a colaborar do que nas eleições anteriores", afirmou. Da equipe de Covas, Penteado também disse ver um ambiente mais favorável, com mais facilidade no acesso a informações. "Os requerimentos judiciais e a forma de acesso às plataformas melhoraram. Atualmente, as principais redes, como WhatsApp, têm mecanismos de contenção muito eficientes. Facebook e Twitter têm formas de rastrear a primeira hashtag que foi usada para um determinado assunto."

Para Pomini, que assessora o PSB, as plataformas tiveram de mudar após se tornarem alvo de questionamentos, especialmente nas eleições dos EUA. "O Facebook mudou todo o protocolo de publicidade eleitoral, encontrou uma forma de outorgar maior responsabilidade ao candidato pela sua publicação."

Ele avaliou, no entanto, que "quem está organizando uma 'campanha B' não vai respeitar a lei". "Vai comprar bancos de dados de eleitores, coisa que a legislação proíbe, para mandar mensagens de desconstrução de seu adversário."

Plataformas

As eleições deste ano ocorrem no momento em que as principais plataformas na internet promovem mudanças em seus protocolos de segurança e de monitoramento de redes de desinformação, notícias falsas e conteúdo ofensivo. "O cenário é outro. Não só as plataformas estão mais abertas, como estão agindo proativamente. (Em 2018) Era difícil fazer cumprir uma ordem judicial. Hoje, muitas vezes, você não precisa ter a ordem da Justiça. A própria plataforma, com seus algoritmos, detecta e remove", disse o advogado Renato Opice Blum.

Desde o ano passado, o WhatsApp aderiu ao Programa de Enfrentamento à Desinformação, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e, para esta eleição, criou um canal para recebimento de denúncias de mau uso do serviço. "Todo anúncio de cunho eleitoral e político será identificado, caso contrário ele não vai rodar na plataforma", disse a gerente de Políticas do Facebook, Mônica Guise.

O Facebook e o Instagram afirmaram que vão dispor de uma ferramenta que informa quando um anúncio é peça publicitária com conteúdo político ou eleitoral e indica quem pagou pela divulgação.

No caso do WhatsApp, foram adicionados "rótulos" que sinalizam ao usuário que uma mensagem foi encaminhada ou que já foi encaminhada com frequência. O serviço também criou um limite de encaminhamento para todas as mensagens. Em 2018, uma mensagem podia ser encaminhada, de uma vez, a 20 conversas; em 2019, esse limite foi reduzido para cinco conversas. Com o Google, o WhatsApp lançou ferramenta que permite verificar na internet o teor de mensagens frequentemente encaminhadas.

Checagem

No Brasil, Facebook e Instagram fizeram uma parceria com agências de verificação de fatos, para a revisão de conteúdos denunciados. Os parceiros do projeto são Estadão Verifica, Agência Lupa, Aos Fatos e AFP. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A UNE (União Nacional dos Estudantes) e a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) divulgaram, nesta quinta-feira (9), a campanha "Estudo pra Geral", que visa receber doações para distribuir materiais didáticos aos estudantes de baixa renda. Quem deseja contribuir pode acessar a plataforma digital e conferir as opções de valores.

As entidades estudantis prometem reverter os valores recebidos em apostilas e tablets para que os estudantes tenham acesso às aulas on-line e aos materiais de suporte. Além disso, as organizações estão em parcerias com cursinhos pré-vestibulares populares de todo o Brasil para fornecer os materiais arrecadados.

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"De cada quatro estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), três deles não possuem acesso à internet em casa: Estamos diante de um aprofundamento do abismo social. Por isso, que nosso objetivo com a campanha é dar condições para que eles tenham inclusão digital", diz, por meio de nota, Iago Montalvão, presidente da UNE, citando dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Historicamente associado de maneira preconceituosa à homossexualidade, o número 24 estava quase extinto do futebol de São Paulo no início do ano. Prova disso foi a primeira rodada do Campeonato Paulista. Um jogador entre os 334 relacionados para as oito partidas iniciais usou a numeração. O cenário pode mudar a partir de campanhas dos clubes contra a homofobia e em homenagem a Kobe Bryant, ex-jogador de basquete da NBA morto em acidente de helicóptero que usava a camisa 24.

O volante Flávio, do Bahia, personificou uma ação do clube contra a homofobia vestindo a camisa na Copa do Nordeste. Literalmente. Terça-feira (4), Nenê, do Fluminense, usou a 24 no jogo contra o Unión La Calera, pela Copa Sul-Americana. No último domingo (2), o atacante Tailson, do Santos, também aderiu ao número - o jogador vinha usando o 39.

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O único camisa 24 da rodada inicial do Paulistão foi Kauan Tomé Firmino Silva, terceiro goleiro do Novorizontino. "Em alguns lugares, a discriminação existe, mas nunca percebi isso aqui. No Novorizontino, a gente não liga para isso", disse o goleiro de 18 anos, formado na base do clube. "Não fiquei incomodado em usar o número. Foi a primeira partida na qual eu fui relacionado e isso tem um valor especial", afirma.

No clube de Novo Horizonte, a escolha do número está inserida na formação das categorias de base, que inclui palestras contra discriminação, por exemplo. Além disso, a ação coloca em prática as ideias das campanhas educativas. "Nós conversamos sobre a adoção da camisa 24 e fizemos o que tinha de ser feito. O clube é contra qualquer forma de discriminação", afirma Genilson da Rocha Santos, presidente do Novorizontino desde 2012.

A partir da terceira rodada do Campeonato Paulista, Kauan ganhou a companhia do corintiano Victor Cantillo. Mas a escolha revelou como a ausência do 24 pode ser uma manifestação velada de discriminação. Dono do número no Junior Barranquilla, seu ex-clube, o jogador foi tema de polêmica quando o diretor de futebol Duílio Monteiro Alves deu uma declaração homofóbica na apresentação do reforço. "Vinte e quatro aqui não", disse.

Diante da repercussão negativa, o diretor usou as redes sociais para se desculpar. O clube, então, mudou de posição e decidiu deixar Cantillo com a 24. "Em 2012, quando eu também era diretor de futebol, fomos campeões invictos da Libertadores e nosso goleiro Cássio usou essa camisa", disse.

O terceiro goleiro do Corinthians no início da Libertadores de 2012 era Cássio. Ele ganhou espaço com a camisa 24. No segundo semestre, passou a usar a 12. "Um esporte tão popular resiste a esse esforço civilizatório pela liberdade de gênero e opção sexual", opina o psicólogo Hélio Roberto Deliberador, da PUC/SP.

Uma das explicações para a aversão ao 24 está associada ao Jogo do Bicho. Na loteria criada em 1892 e inspirada no Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, a quadra estipulada ao animal veado é a 24.ª, contendo os números 93, 94, 95 e 96. Rogério Baptistini, sociólogo da Universidade Mackenzie, afirma que o número acabou se tornando um estigma. "Após a segunda metade do século 20, a dezena do jogo serviu para marcar os homossexuais. E o futebol, com a adoção da numeração nas camisas, sendo um ambiente carregado de preconceitos, não ficou imune", disse.

CAMPANHA - O número 24 costuma ser utilizado pelos clubes somente em competições nas quais a numeração de camisas é fixa. Na Libertadores e na Sul-Americana, por exemplo, os 30 jogadores devem estar numerados com camisas de 1 a 30.

Nas últimas semanas, várias ações tentam combater a homofobia. A LiGay, liga de futebol LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersexuais e assexuais), vestiu a estátua do Pelé, em Santos, com a camisa "proibida" em 16 de janeiro.

O movimento para que os atletas usem a camisa 24 esteve entre os assuntos mais comentados na última semana, ação ganhou o apoio da cervejaria Brahma e virou a campanha "Número de Respeito". A revista Corner lançou a ação "Pede a 24".

Durante os intervalos de filmes, novelas, telejornais e programas, as campanhas publicitárias arriscam prender a atenção dos telespectadores para que a movimentação do consumo aconteça. Oferecendo inúmeros produtos, ou melhor, 'vendendo o seu peixe', grandes empresas preferem chamar a atenção dos brasileiros contratando celebridades.

Para que as marcas venham a ter lucros esperados, artistas aceitam encarar os desafios proporcionados pela publicidade. Ganhando cachês milionários, atores, cantores e apresentadores acabam conquistando o carinho do público quando surgem meteoricamente nos comerciais da TV.

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Para comemorar nesta quarta-feira (4) o Dia Mundial da Propaganda, confira os famosos que brilharam e causaram burburinho em trabalhos publicitários.

Marina Ruy Barbosa - Comercial do novo Renault Stepway

Susana Vieira - Comercial das sandálias Havaianas

Sandy - Comercial da cerveja Devassa

Xuxa, Angélica e Eliana - Comercial dos batons da Eudora

Junior Lima - Comercial da Nextel

Reynaldo Gianecchini - Comercial do amaciante Mon Bijou

Ivete Sangalo e Preta Gil - Comercial da operadora Vivo

Roberto Carlos - Comercial da Friboi

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