Audiência pública em Brasília discutirá causas do apagão

Investimentos previstos para o setor elétrico até 2021, instabilidade e problemas de manutenção serão alguns temas abordados

qua, 07/11/2012 - 15:45

A Comissão de Fiscalização e Controle Financeiro de Minas e Energia aprovou, nesta quarta-feira, o requerimento dos deputados Mendonça Filho (DEM/PE) e Vanderlei Macris (PSDB/SP) e decidiu desdobrar a convocação em duas audiências públicas para discutir os apagões ocorridos frequentemente. Na primeira audiência, marcada para o próximo dia 21, na Câmara dos Deputados em Brasília, o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann foi chamado a explicar as falas recorrentes no sistema de distribuição de energia elétrica.

A segunda audiência ocorrerá com representantes da Operadora Nacional do Sistema Elétrico (ONS), da ANEEL, Grande Furnas, Eletrobrás e Chesf, com data a ser marcada posteriormente. “O Brasil precisa parar para discutir a questão energética, que vive hoje uma situação crítica”, frisou o deputado Mendonça Filho.

Na audiência com o ministro interino de Minas e Energia serão discutidos alguns problemas como os investimentos previstos para o setor elétrico até 2021, a instabilidade, o esvaziamento das empresas, problemas de manutenção, deficiência na regulação e enfraquecimento do sistema como um todo. Já no debate com representantes do setor elétrico deverá ser focada a discussão na relação entre os blecautes e a perda de autonomia de empresas do setor elétrico como a Chesf, e as interferências nas decisões estratégicas, como a construção de novas linhas de transmissão e sistemas de segurança operacional dessas linhas.

De acordo com Mendonça, para o setor elétrico funcionar em condições ideais é fundamental ter transparência na condução das políticas públicas, principalmente na gestão/controle de empresas da importância e da dimensão (CHESF). “O enfraquecimento do sistema elétrico resulta em situações como a da Chesf, que vem perdendo patrimônio e seus servidores com achatamento salarial”, afirma Mendonça, ressaltando que quem sofre com isso é a população e o setor produtivo com os apagões constantes.

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