Vereador denuncia obras não realizadas pelo OP
Cartilha do Orçamento Participativo na gestão de João da Costa era utilizada para fazer propaganda mentirosa, diz parlamentar
O vereador do Recife, André Ferreira (PMDB) denunciou que pelo menos 11 obras listadas como prontas no Orçamento Participativo (OP) referentes à administração do ex-prefeito João da Costa (PT) não foram concluídas. De acordo com o parlamentar, 149 obras tiveram um orçamento R$ 105 milhões, mas muitas delas não foram realizadas como é o caso da escola Professor Lourenço Lima, que é apenas um terreno baldio murado. “A nova gestão deve reformular o OP para que funcione de forma mais efetiva”, defendeu André Ferreira.
Ao escutar a denúncia, o vereador Jairo Brito (PT) afirmou que o peemedebista foi aliado do governo nos últimos cinco anos, mas mudou de lado e começou a criticar a gestão petista. Ele saiu em defensa da administração anterior. “O senhor está equivocado porque o livro é feito de um ano para o outro. As obras foram licitadas, só não tiveram a ordem de serviço executada”, comentou.
A vereadora, Priscila Krause (DEM) ironizou sobre o assunto afirmando que a cartilha do OP é realmente “uma obra polêmica”, pois já teve até ação na justiça. “A cartilha é clara e se refere a obras realizadas e não a obras licitadas. Sugiro que o colega faça fotos nos locais listados sem obras e anexe à cartilha para que sejam enviadas ao Tribunal de Contas do Estado, e onde houver verba federal, para o Tribunal de Contas da União”, reforçou.
André Régis (PSDB), presidente da Comissão de Educação da Casa legislativa, informou que tem realizado um levantamento onde constatou que há seis anos a Prefeitura comprou terreno para a escola listada como pronta e até hoje nada foi construído nada no local. “A educação está em estado deplorável depois desses 12 anos de PT”, lamentou.
A líder da oposição, Aline Mariano (PSDB), lembrou que há tempos insiste em contar que o OP não é participativo, mas “enganativo”. “Os delegados do OP são cabos eleitorais e por isso a nova gestão precisa se posicionar e mudar o formato deste programa que representa uma enganação”, cobrou a vereadora.