Nesta quarta-feira (12), foi realizada em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, a apresentação das obras votadas no Orçamento Participativo (OP) e acocadas na Lei Orçamentária Anual (LOA) do município. O "Fórum do Orçamento Participativo" aconteceu na Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (ACIC), com a presença do prefeito José Queiros, secretários, vereadores e delegados do OP.
O cidade foi dividida em noves regiões, elegendo 141 delegados, através de plenárias com a participação da população, aproximadamente 10 mil pessoas, e eleição das obras prioritárias em casa localidade. Desse grupo, serão escolhidos 18 representantes e 18 suplentes para formar uma comissão de acompanhamento das obras.
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De todas as propostas apresentadas e votadas, 45 foram escolhidas para serem incluídas na LOA, em que dessas, 25 são para zona urbana e 20 para a zona rural. Saúde e educação foram as áreas que aprovaram mais solicitações. Na saúde, além da construção de Postos de Saúde da Família, a população pede melhoria no atendimento para a saúde da mulher. Em seguida, são solicitados reordenamento de ruas, pavimentação, saneamento básico, pontes, complexo esportivo, roteiro turístico, além da preocupação com a economia e atividades sócio-educativas.
A secretária de Participação Social, Louise Caroline, enfatizou o caráter pioneiro do OP no município e a possibilidade de mudanças na sociedade. “O Orçamento Participativo ainda está sendo implantado em Caruaru. Acho que esse projeto exige um largo tempo na história, porque ele modifica muito a cultura política, modifica muito a maneira como o governo trabalha, como a sociedade se posiciona. A partir de agora, os secretários terão que se acostumar com os delegados batendo na sua porta para cobrar a execução da obra que aprovaram na plenária do OP. A população terá que se acostumar a não só votar na eleição, mas fiscalizar e cobrar a execução de suas obras”, ressaltou a secretária.
O prefeito José Queiroz enfatizou que teve momentos difíceis para implantar o projeto e que a execução não vai acontecer da forma que gostaria pela falta de recursos. “Passamos por muitas dificuldades na primeira gestão. Imaginamos que não conseguiríamos implantar o projeto. Muitas vezes os recursos não são suficientes. Vocês elegeram obras, mas se os recursos na são suficientes é necessário que a população e a Secretaria de Participação Social estejam reunidos para debater o motivo. Temos concentrado muito dinheiro na saúde e educação e as vezes não sobra para outras coisas”, enfatizou o prefeito.
A delegada do OP, Iresnar Menezes, do sítio Cipó, na zona rural, ressaltou a atenção das secretarias com o projeto e a participação popular. “No momento estou achando bom. Eles vão lá e tentam resolver algumas coisas. No sítio Cipó a gente escolheu uma escola, já foram lá, estão esperando uma verba. Isso é uma coisa muito boa", afirmou Menezes.