O novo modelo de participação popular na gestão de Geraldo Julio (PSB), o Recife Participa, começa a funcionar a partir desta sexta-feira (30). Durante este fim de semana estarão sendo realizados seminários, no Centro de Formação Paulo Freire, contemplando as seis Regiões Político-Administrativas (RPAs) do municipio. 

Apesar de, aparentemente, o Recife Participa ser um novo jeito de nomear o Orçamento Participativo (OP), a assessoria de imprensa da PCR afirmou que o OP continuará com o mesmo método, mas inserido neste novo projeto, que também engloba o Portal de Transparência, a Ouvidoria Geral da Prefeitura - que ainda será criada, o Plano Plurianual (PPA 2014-2017) e outros programas com a construção baseada na opinião pública. 

As sugestões desta vez, de acordo com assessoria, não serão dadas apenas por delegados, como no OP, mas por todos os interessados da sociedade recifense.Nesta sexta o foco será as RPA’s 6 e 1; no sábado (31) será a vez da 4 e 5. Já no domingo (1º), terão espaço as regiões político-administrativas 2 e 3. As discussões serão realizadas em sete salas temáticas, abordando educação, saúde, segurança, mobilidade e outros assuntos. As propostas levantadas durante esses dias deverão contribuir para a elaboração do PPA. 

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realiza, nesta quinta-feira (16), às 10h, uma homenagem aos 30 anos da Equipe Técnica de Assessoria, Pesquisa e Ação Social (Etapas). A ONG foi criada em 1982 por um grupo de profissionais vinculados às mais diversas áreas do conhecimento: a capacitação, a comunicação e a linha dos estudos e pesquisas. A homenagem foi uma iniciativa do deputado Valdemar Borges (PSB).

“A riquíssima história de lutas que marcou os 30 anos de trajetória da Etapas nos ensina que é possível, através da obstinação, da perseverança e da confiança permanente no futuro, construir um país melhor. Através dessa luta, nossos filhos e netos poderão conviver sem os dolorosos estigmas que ora enfrentamos, decorrentes de uma estrutura econômico-social, ainda essencialmente injusta”, ressaltou o deputado Waldemar Borges.

Nesses anos, a Etapas trabalhou no sentido de preparar e qualificar as lideranças comunitárias e populares para intervir na discussão e implementação de políticas públicas. A instituição prestou assessoria às rádios comunitárias e jornais populares da Região Metropolitana. Ela também realizou vídeos contando a história dos bairros, além de usar estudos e pesquisas como facilitadores das discussões e entendimento das políticas públicas.

A Etapas foi pioneira no mapeamento das organizações de bairro do Recife, o que serviu de referência para a implantação do Programa Prefeitura nos Bairros, marco inicial dos programas de participação popular em nossa cidade. Dessa forma, investiu na participação popular e no desenvolvimento urbano como o Plano de Regularização das Zonas Especiais de Interesse Social (PREZEIS) e no Programa de Orçamento Participativo (OP).

Em visita a redação do portal Leia Já, a candidata a prefeita de Camaragibe, Nadegi Queiroz (PT), falou sobre suas propostas para melhorar a qualidade dos moradores investindo nas áreas de infraestrutura e educação. Ela propõe a implantação de um Orçamento Participativo (OP) diferenciado, em que a população possa escolher quais os setores que o gestor deve investir e dar uma atenção especial. Caso ganhe as eleições, ela afirmou que iria tratar sobre o ordenamento do lixo, limpeza das canaletas, pavimentar maior número de ruas e ampliar a ligação entre os principais bairros.

Na área da saúde ela pretende levar a Camaragibe uma Unidade Pronto Atendimento (UPA) diagnósticos, além de trazer uma UPInha, ajudando a melhorar o atendimento e a assistência municipal. “A doação de medicamentos será uma bandeira defendida na minha gestão. O paciente que for se tratar nas unidades de saúde do município também terá direito a receber os remédios por meio de farmácias 24h, instaladas nas Unidades de Saúde da Família”, declarou Nadegi.

Na área de educação, a petista tenciona construir creches que ajudem a cuidar e tratar das crianças, assim as mães poderão trabalhar e terão um lugar seguro onde deixar seus filhos. "Pretendemos dar total prioridade a criação de escolas referências, onde as crianças entram no período da manhã para estudar e à tarde irão praticar outras atividades como ginástica e trabalhar o aprendizado”, defendeu a candidata.

Ao falar sobre o OP, Nadegi comentou que iria montar uma coordenação que priorize o diálogo: o próprio cidadão ficaria responsável por escolher as principais obras a serem executadas pelo gestor. “A coordenação atenderia os 29 bairros do município ajudando a eleger 58 delegados do OP. O próprio cidadão seria responsável por escolher os serviços e as obras que receberiam o maior investimento, votando o OP em áreas como a cultura, lazer, infra-estrutura e educação”, ressaltou.

Sobre a atual gestão, a candidata informou que o prefeito João Lemos (PcdoB) conduz o município de maneira correta, pagando em dia os funcionários, servidores e fornecedores de serviços ou material. “O único problema que percebo atrapalhar essa gestão é a falta de comunicação entre o prefeito e o povo, falta o diálogo e a participação popular”, pontuou.

O deputado federal e candidato a prefeito do Recife, Mendonça Filho (DEM), fez uma caminhada na tarde desta segunda-feira percorrendo os bairros do Engenho do Meio e Roda de Fogo. Acompanhado de postulantes a vereador e líderes comunitários, Mendonça escutou as reclamações das comunidades e denúncias de que a atual gestão da prefeitura não prioriza as necessidades locais.

De acordo com os moradores, não há saneamento básico, as obras de pavimentação das ruas foram deixadas pela metade e o que a comunidade escolheu no Orçamento Participativo não teve execução. O aposentado Sebastião Florença da Silva, residente da rua Sanfoneiro Luiz Gonzaga, número 275, no bairro de Roda de Fogo, comentou que das 72 ruas escolhidas, cerca de 40 receberam o calçamento. “Falta o saneamento em todo a roda de fogo, a prefeitura começa as obras e depois abandona, quebraram a calçada na frente da minha casa e deixaram tudo revirado”, informou.

A diarista Edna de Fátima do Nascimento, moradora da comunidade que surgiu na rua do Patrimônio, com um ar de indignação, disse que a prefeitura não deu atenção para a construção de imóveis, projeto mais votado no Orçamento Participativo. “Aqui nós temos mais de 300 famílias que precisam de alguém que lute por nós, no lugar que seria construído as casas, a prefeitura vai fazer uma quadra”, declarou a diarista, ao se referir a uma academia da cidade que será construída no bairro.

Outro morador, Carlison da Rocha Lima, denunciou a desapropriação de um terreno com moradias, na comunidade Amigos do Cavou, perto do canal do Cavouco, na Caxangá. “A prefeitura alegou que era dona do terreno, desapropriou comerciantes e moradores, e não pagou a indenização, meu pai morava lá há mais de 50 anos e até agora não recebeu nada”.

Já o candidato Mendonça Filho que caminhava e pedia um voto de confiança aos moradores, ao discursar na frente do terminal de ônibus de Roda de Fogo, criticou a forma como a atual gestão está gerindo o Orçamento Participativo (OP). “Muitas obras eleitas pela população, há cinco anos, ainda não foram realizadas, não saíram do papel. Precisamos trabalhar para mudar essa realidade. Essas obras deveriam ser executadas no prazo máximo de um ano”.

O candidato comentou que a ideia do OP começou com os governos de Gustavo Krause (DEM), depois foi implantado por outras gestões. “Jarbas (PMDB) criou o programa Prefeitura nos Bairros, dado sequência por Roberto Magalhães. Quando o PT chegou ao poder pegou um programa que já existia e o chamou de Orçamento Participativo”, disse.

Mendonça também retrucou que o atual OP tem falhas que precisam ser consertadas. “É um absurdo colocar para o julgamento popular a construção de escolas e creches, nós executaremos obras como essas, independente das escolhas do OP, porque essa é uma obrigação fundamental do poder público. Creches e escolas são direitos das crianças e adolescentes”, defendeu.

A temática “Relações de Gênero e Política Pública” será debatida em uma oficina pela Secretaria Especial da Mulher com cerca de 80 profissionais que atuam na comissão de obras do Orçamento Participativo (OP). A atividade em parceria com o Orçamento Participativo e a Secretaria Especial de Gestão e Planejamento, ocorrerá na manhã desta quinta-feira (12), no auditório Capiba, localizado no edifício-sede da Prefeitura do Recife.

O encontro terá como palestrante a secretária da Mulher, Rejane Pereira, e faz parte das ações da Secretaria Especial da Mulher, previstas no Plano Municipal da Mulher, no que diz respeito à capacitação em gênero dos servidores e comissionados. “É muito importante esse processo formativo para os profissionais que atuam diretamente com a população do Recife. Acredito que este será o primeiro encontro de muitos que virão", pontua Augusto Miranda, Secretário do Orçamento Participativo.

A metodologia da oficina se dá através das relações de poder entre os gêneros, desde sua construção na infância, e da mostra do vídeo educativo Vida Maria. A proposta é que esta oficina sirva como um material educativo para que o profissional acesse e consiga garantir uma boa discussão sobre a temática.