O balanço do Orçamento Participativo 2011 do Recife foi apresentado, no final da manhã desta segunda-feira (24), na sala de reunião do gabinete do prefeito João da Costa (PT). Na ocasião, o prefeito e o vice-prefeito Milton Coelho (PSB), comentaram os investimentos feitos através do projeto. Mais de R$ 443 milhões foram investidos este ano nas obras eleitas pela população recifense.
O coordenador do projeto, Augusto Miranda, comemorou o maior número de pessoas que participaram da votação nos 11 anos de existência do OP, que registrou a marca de 130.843 pessoas, divididas entre as plenárias regionais, temáticas, e aquelas que votaram em urnas eletrônicas e pela internet. “Esse recorde é do governo, do prefeito, de quem acredita da participação como forma de incluir o povo e da cidadania. Esse percentual é equivalente a quase 10% dos eleitores da nossa cidade”, afirmou Miranda. Entre as ações mais votadas pela população para serem executadas estão pavimentação e drenagem, seguida de serviço de contenção de encostas de morros e saúde.
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O vice-prefeito destacou o OP como a ação de maior relevância da gestão e apontou João da Costa como responsável pela construção desse processo. “Ele (OP) tomou elevado impulso no seu governo. Evidentemente que a gestão não se restringe ao OP, mas ele é o fio condutor dessa gestão. Se tornou modelo de gestão, ação de governabilidade e o que há de especial nisso é a participação da população na priorização das ações de governo”, frisou.
Já João da Costa garantiu que não é fácil estabelecer um governo democrático e fez menção a gestões anteriores. “Nem sempre é fácil fazer governos democráticos e muito menos fazer governos populares. O que a gente tem que enfrentar é muito difícil. Seria muito fácil não fazer uma obra em uma comunidade que viveu 30 na lama e continuar fazendo uma rua onde todo mundo vai passar de carro e ver a ação do prefeito. Não é fácil fazer praças e academias da cidade onde ninguém está vendo, pois mora perto, da Jaqueira ou da praia de Boa Viagem. Seria mais fácil fazer obras em lugares que todo mundo passa de carro e vê”, afiançou.
“Muitos estão achando que vão estar em cargos públicos a vida inteira e que não vão voltar a ser cidadãos como antes. Perde a referência de ter que estar lutando todo dia. Deixa de visitar o povo, de viver como o povo ainda vive. Eu nunca perdi e vou perder minha referência, e lá (nas comunidades) que eu reforço as minhas convicções de a gente tem que continuar lutando. Prefeito eu não vou ser a vida inteira”, disse o prefeito sob aplausos.
O Orçamento Participativo recebeu o prêmio Reinhard Mohn 2011. Ele foi escolhido entre mais de mil projetos inscritos de diferentes países. Mais de 14 mil alemães participaram da votação, sendo 21,69% dos votos dedicados ao projeto recifense.