ADI's lotam Plenarinho da Câmara em audiência

Os auxiliares defendem o reconhecimento de sua função como pedagógica

qui, 16/05/2013 - 18:04
Gianny Melo/assessoria/divulgação Atualmente, a categoria é considerada administrativa Gianny Melo/assessoria/divulgação

O Plenarinho da Câmara Municipal do Recife ficou lotado com Auxiliares de Desenvolvimento Infantil (ADI’s) que compareceram à Casa de José Mariano na manhã desta quinta-feira (16) para participar de uma audiência pública, onde se debateu a situação dos profissionais no âmbito municipal. Estiveram presentes, além da vereadora Aline Mariano (PSDB), que presidiu a mesa, representantes das secretarias de Educação e Administração, do Simpere e da Associação dos Auxiliares de Educação Infantil. Os vereadores Osmar Ricardo (PT), presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Municipais da Prefeitura e André Régis, presidente da Comissão de Educação da Câmara do Recife também participaram.



Os auxiliares defendem o reconhecimento de sua função como pedagógica, pois cuidam e educam as crianças e no âmbito da Educação Infantil, o cuidar e o educar são indissociáveis. Atualmente, a categoria é considerada administrativa. Eles também requerem a diminuição da carga horária de oito para seis horas diárias; implantação de piso salarial; plano de cargos e carreiras e melhorias na estrutura das unidades educacionais.



Segundo informações repassadas pela secretaria de Administração, falta recursos, já que “O lençol é curto, e quando se cobre um lado, descobre-se outro. Aline Mariano criticou a gestão municipal, deixando claro que o problema da educação é em parte gerado por escassez de boa vontade política. “O lençol não é curto, as prioridades é que estão invertidas”, alfinetou Mariano.



A tucana alegou que investimento previsto atualmente para educação na PCR corresponde a um valor médio de R$ 500 mensais por aluno da rede municipal – que tem hoje um total de 94 mil alunos matriculados. “É o valor correspondente ao que se paga em uma escola particular mediana hoje. Não entendo como, dispondo desse dinheiro, se chega a uma crise tão grave onde os profissionais precisam fazer cota até para comprar água”, avaliou Aline. “Há recursos, isso é um fato. Mas eles não são bem gastos. Falta otimização do serviço prestado”, explicou.



No fim do encontro ficou acertado o agendamento de visitas em todas as creches do município, a serem realizadas em parceria pelas comissões de Direitos Humanos e Educação. Há também a proposição de uma comissão parlamentar formal, com membros de diversas outras comissões da Casa de José Mariano e representantes da categoria, para intermediar as negociações e pressionar o prefeito por celeridade nas ações.



O prazo proposto para criação de tal comissão, cuja criação está condicionada a aprovação em plenário – foi de 40 dias. Confirmada a formação, o grupo juntará documentos e pareceres técnicos e jurídicos para reunir-se com o prefeito Geraldo Julio (PSB).

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