Deputados comentam demissões da Assembleia
Após desligamento dos funcionários, a Casa Legislativa realizará concurso público
Com orientações do Tribunal de Contas do Estado (TCE) o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Guilherme Uchoa (PDT) decidiu cortar uma série de funcionários terceirizados da Casa Joaquim Nabuco. Atualmente, o quadro funcional de pessoais terceirizados é de 611 pessoas. A justificativa das demissões é por não haver mais recursos para o pagamento dos contratos com a Conserbens – empresa que terceiriza os funcionários. A decisão de reduzir despesas é encarada de forma positiva por parlamentares, porém, eles estão de olho nas indicações políticas.
Segundo o líder da oposição da Casa Legislativa, deputado Daniel Coelho (PSDB) a direção da Alepe informou que não haveria mais recursos para a manutenção dos terceirizados da Casa, e por isso, teria que fazer as demissões. “O que pedimos é que esse corte não afete a transparência da Alepe, então, que sejam demitidas indicações políticas e não aqueles funcionários que são necessários para que a Assembleia execute seus serviços”, avalia.
Daniel Coelho não quis declarar se era a favor ou não do corte, mas confirmou que se é algo necessário, então que seja realizado. “Não tem mais dinheiro para continuar do jeito que está. Se o corte não fosse feito a Alepe não teria recursos para pagar nenhum funcionário, mas que seja feito pelas indicações políticas e que a Alepe mantenha os quadros de funcionários que sejam importantes para a Casa”, defende o tucano que se colocou a favor de concurso público.
O parlamentar Sílvio Costa Filho (PTB) apoiou a redução de funcionários e disse ser importante que tanto a Casa Legislativa como a Câmara e o Senado Federal discutam despesas. “Hoje a Assembleia está no limite e é preciso que faça alguns cortes. Eu entendo que o presidente Guilherme Uchoa está tomando a decisão acertada de melhorar a gestão da Casa. Eu acho que a gente deve trabalhar pela funcionalidade da Casa hoje e essas medidas que estão sendo tomadas são medidas importantes e não vai prejudicar a própria Assembleia”, argumentou Costa.
Questionando sobre a declaração de Daniel Coelho em relação às indicações políticas, Silvio Costa comentou que sempre há inquietações sobre o assunto. “É natural que possa haver qualquer inquietação de A ou B. Eu concordo que aqueles que trabalham na Casa e atuam no trabalho funcional permaneçam e que aquela uma ou outra indicação política que os deputados tenham a clareza de reduzir despesas. Eles têm que ter a consciência da necessidade desses cortes e o meu sentimento é que aquele que não é indicação política sejam preservados”, avaliou.
A previsão é que logo após todos os desligamentos seja realizado concurso público na Casa Joaquim Nabuco ainda neste segundo semestre de 2013.