Aécio defende que paternidade do Bolsa Família é do PSDB
Senador de Minas Gerais começa a defender legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
Partidos da oposição mudam de estratégias nos seus discursos políticos, principalmente ao debater questões relacionadas ao desenvolvimento social do Brasil nos últimos anos. Este é o caso do senador de Minas Gerais e um dos possíveis candidatos à presidência da República em 2014, Aécio Neves (PSDB) que publicou nesta segunda-feira (10), na Folha de São Paulo, o artigo intitulado “Transformação”.
Os tucanos que além de começarem a defender o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na estabilidade econômica do país, também afirmam que foram responsáveis por criar “uma inédita rede de proteção social, com políticas nacionais coordenadas contra as causas estruturais da pobreza”.
No seu texto Aécio destaca que “o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, de 1996, foi o primeiro programa nacional centrado em transferência monetária. Depois veio o Bolsa Escola, e ambos estimulavam a matrícula e a frequência na rede escolar.” Ele também escreveu que entre 2000 e 2001, surgiu o Fundo Nacional de Combate e Erradicação da Pobreza e que o Auxílio Gás é de 2001.
Ao falar da assinatura do decreto nº 3.877/2001, que gerou o Cartão do Cidadão, de 2002, o senador defendeu que a velha política clientelista foi "enterrada". “Pela primeira vez, milhões de famílias foram atendidas com programas de transferência de renda, que, em seguida, foram unificados e tiveram seu alcance ampliado durante o governo Lula.”
Depois de relatar os programas criados durante a administração tucana no Governo Federal, Aécio Neves faz algumas críticas ressaltando que esse período de grandes inovações e avanços foi substituído por anos de mera administração da pobreza. Outro ponto do texto destaca ser preciso um debate nacional para se discutir políticas de transferência de renda.
“Temas como a garantia do valor real dos benefícios ou a adição de bônus para pais que voltem a estudar, ou para filhos que completem o ensino fundamental e o ensino médio, como forma de estimular a mobilidade social, merecem ser discutidos.” Aécio finaliza o seu texto reforçando o país precisa ter metas a serem alcançadas para tirar os brasileiros da miséria e da pobreza.
“A travessia para um novo patamar de desenvolvimento nos exigirá bem mais que o atual paternalismo salvacionista, que gerencia a pobreza sem compromisso com a sua superação”.