O clima parecia ser de festa ao som de vários estilos musicais como samba, frevo, MPB e outros, além de apresentações artísticas. Foi desta forma que a deputada estadual e postulante ao Processo de Eleição Direta (PED) do PT em Pernambuco, Teresa Leitão, lançou oficialmente nesta sexta-feira (13) sua candidatura. O pontapé inicial da petista foi realizado no Clube dos Oficiais da Polícia Militar, no bairro da Boa Vista, acompanhada por correligionários veteranos como o ex-prefeito do Recife, João da Costa e o atual presidente da sigla na capital pernambucana, Oscar Barreto, além de militantes.

Leitão já tinha anunciado a pretensão de liderar a legenda desde o dia 13 de agosto e também divulgada sua candidatura via rede social com uma página no Facebook. Porém, nesta sexta o evento teve o objetivo de fortalecer seu nome e iniciar definitivamente as articulações para a corrida ao PED que ocorrerá em 10 de novembro.

Os assuntos mais tocados durante os discursos petistas foram o momento difícil vivido atualmente pelo PT, desde as brigas internas das últimas eleições municipais e as manifestações das ruas. “Esse PED se dá num momento crucial do PT. Foi uma estratégia vitoriosa, mas esse acerto exige repensar a nossa história. O mundo de hoje é muito diferente de que quando o PT foi criado e isso gera uma sociedade diferente. Por isso, exige do PT uma estratégia diferente”, ressaltou a vice-presidente estadual do partido em Pernambuco, Luize Caroline.

Também reconhecendo as problemáticas existentes dentro da legenda, o deputado federal Fernando Ferro (PT) discursou e elogiando a deputada com expectativas de melhorias. “Temos que fazer este debate na compreensão que nós somos uma frente política aqui no Estado, e temos que ter capacidade de fazer alianças com a humildade de mostrar propostas para Pernambuco, e Teresa tem esta capacidade”, enalteceu o parlamentar.

Já o presidente do PT no Recife e candidato a reeleição, Oscar Barreto, resumiu a candidatura de Leitão com alguns significados. “Nós não termos medo do debate interno, dos protestos das ruas e a nossa opção tem alguns significados: essa é a Teresa do diálogo, do classicismo, da democracia e da luta de como fazer o partido. Não podemos deixar que o modelo que está no PT hoje, contamine a eleição de Teresa Leitão. Temos que ter capacidade para até o dia 10 estarmos juntos com a vitória. Não vamos deixar que Pernambuco nem o Recife, tenham intervenções como foi feito em 2012”, disparou Barreto.

Para o ex-prefeito da cidade, João da Costa (PT) a candidatura de Leitão é de suma importância para a conjuntura atual. “Não existe nada mais importante neste momento do que a gente estar junto pela vitória de Teresa, até porque ninguém nos respeita se somos um bando dividido. 2014 é um ano fundamental para recuperar o nosso espaço político em Pernambuco”, adiantou.

Exaltada e recebida pelos militantes com aplausos e oficializando o número da chapa (330), Teresa Leitão encerrou as falas.  “Vamos trabalhar com três eixos: convocar a militância para unir o PT porque o que nos move é unir o partido; em segundo, fazer um PED político e de repactuação interna que significa que o debate vai se dar exclusivamente no campo político e o terceiro é unir o partido, convocar a militância e repactuar – para que o partido  consiga se expressar na cena política de Pernambuco como o maior partido da frente de esquerda do Estado, que leva pau toda hora e todo instante, que saliva o ódio da direita conservadora e este partido permanece em pé com a sua estrela brilhante. Este é o fruto da militância de cada um de vocês”, discursou a petista.

Estrela em origami – Durante o evento a candidata explicou o uso da imagem de uma estrela em origami (arte chinesa). Apesar de não ser permitido associar o símbolo do partido na campanha, a petista explicou que o objeto é feito em papel e a partir de várias dobras, o que permite o uso por apenas assemelhar-se com a marca do PT, e não ser exatamente igual. “Origami é uma técnica que junta diferentes para formar um igual. Para forma uma unidade, uma imagem, um símbolo, e este símbolo tinha que ser uma estrela, porque o partido tem que ser feito a muitas mãos”, esclareceu.