Câmara defende fortalecimento de municípios

Candidato esteve presente no Congresso Estadual da União de Vereadores do Estado

por Alex Ribeiro sex, 27/06/2014 - 16:39
Wagner Ramos/Divulgação Pessebista voltou a criticar a 'política inversa' da concentração de renda praticada pelo Governo Federal Wagner Ramos/Divulgação

Assim como o ex-governador Eduardo Campos (PSB), o candidato ao Governo pela Frente Popular, Paulo Câmara (PSB), terá como prioridade a parceria política com os municípios. Nesta sexta-feira (27), o ex-secretário afirmou que, se eleito, não apenas dará continuidade a esta política, mas ampliará essa realidade. 

"É importante que os vereadores tenham assento nos diversos conselhos que norteiam as políticas públicas”, defendeu, durante discurso na abertura do Congresso Estadual da União dos Vereadores de Pernambuco (UVP). 

A entidade participa, também nesta sexta, do Conselho Estadual de Desenvolvimento Social. Câmara pediu o apoio dos vereadores não apenas neste período de eleição, mas para ajudá-lo em seu governo. "Não dá para saber de tudo o que acontece nos municípios lá do Palácio. Vocês é que estão mais próximos do dia-a-dia da população, dos problemas locais", explicou.

"O FEM (Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios) é um dos resultados dessa parceria que Eduardo estabeleceu e que nós vamos continuar. Ele permite um repasse desburocratizado, porém com controle, para que o prefeito aplique naquela necessidade imediata. Isso trouxe mais reformas de hospitais, de creches, minissistemas de abastecimento de água, calçamento de ruas e outros benefícios", exemplificou Câmara, lembrando sua proposta de tornar o repasse do FEM uma política de Estado, ou seja, permanente. Ele esteve acompanhado dos candidatos a vice, Raul Henry (PMDB), e ao Senado, Fernando Bezerra Coelho (PSB).

O pessebista ainda destacou a "política perversa" de concentração de renda praticada pelo Governo Federal. "Em 1990, 80% do que era arrecadado no Brasil ia para estados e municípios. Hoje, esse percentual é de apenas 44%. A União, que participava com também 80% do que era aplicado na Saúde, hoje é responsável por pouco mais de 40%. Essa coisa da concentração dos recursos era utilizada pelos regimes ditatoriais para minar as forças das unidades da federação. Em uma democracia, isto é inadmissível", lamentou. Câmara ressaltou que a revisão do Pacto Federativo é uma das bandeiras de Eduardo Campos em sua campanha pela Presidência da República.

 

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