Eduardo Jorge quer sustentabilidade e reforma política
Candidato do PV defende também mudanças na política de segurança pública do Brasil
O Portal LeiaJá dá sequência, nesta quinta-feira (31), aos perfis dos candidatos à Presidência da República. Eduardo Jorge, do Partido Verde, defende um modelo de economia baseada no desenvolvimento sustentável, o enxugamento da administração pública e uma reformulação na política de segurança pública.
O candidato nasceu na Bahia, mas foi criado na Paraíba, onde deu os primeiros passos na política. Em 1980, ele integrou o grupo que fundou o Partido dos Trabalhadores. Em 2003, depois de desentendimentos com os petistas, ele se filiou ao PV. No Legislativo, ele exerceu um mandato de deputado estadual e dois na Câmara dos Deputados. Já no Executivo, Eduardo soma experiência no período em que esteve à frente das secretarias municipais de Saúde e do Meio Ambiente de São Paulo.
Essa é a primeira vez que Eduardo se candidata à Presidência da República. A atual vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento, também do PV, completa a chapa com vice. O limite de gastos previstos para a campanha é de R$ 90 milhões.
Aos 64 anos, o médico sanitarista chega a essa corrida eleitoral disposto a discutir temas polêmicos. As ideias da legenda para a segurança pública do país preveem severas mudanças. “Uma refundação da polícia brasileira, com uma fusão cuidadosamente programada das polícias militar e civil, uma revisão na política penitenciária que garanta uma segurança rigorosa nos casos mais perigosos e, ao mesmo tempo, uma expansão das opções de regimes abertos, semiabertos e penas alternativas”, explicou.
Eduardo também defende a regulamentação da maconha para fins medicinais e recreativos. “Vários países estão se adiantando nesse sentido. O Brasil precisa rever a sua adesão incondicional à guerra militar contra as drogas para diminuir o sofrimento que essa política trouxe para o país”, frisou. A legalização do aborto também está na pauta.
Tema tradicional do PV, o desenvolvimento sustentável é defendido como uma necessidade mesmo que, num primeiro momento, não haja crescimento da economia. O candidato também acredita que o Brasil precisa incentivar a adoção de combustíveis mais limpos para os automóveis e mudar a matriz energética. Outro ponto de destaque é a reforma política, com a diminuição do número de parlamentares, extinção do Senado, priorização de votação para as leis de iniciativa popular, voto facultativo, eleição distrital mista, além da realização de um plebiscito para a implantação do parlamentarismo no Brasil. O PV também quer reduzir o número de ministérios para 14.
Mais informações no programa de governo e no site do PV.