Renan nega envolvimento com desvio de dinheiro

Parlamentar foi citado pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, sobre envolvimento no esquema que desviou recursos de contratos bilionários da Petrobras

seg, 08/09/2014 - 10:44
Geraldo Magela/Agência Senado Renan Calheiros acredita que a apuração do caso irá revelar sua inocência Geraldo Magela/Agência Senado

Citado em depoimento relacionado a recebimento de propina, o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-RN), divulgou nota em que nega as acusações. O nome dele foi mencionado pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, sobre envolvimento no esquema que desviou recursos de contratos bilionários da Petrobras.

Na nota entregue à imprensa, Renan "repudia as especulações" de Costa e diz que as relações dele com "todos os diretores da estatal nunca passaram os limites institucionais". Preso na Operação Lava Jato, Costa deu depoimento à Justiça para tentar conseguir o perdão judicial por meio da delação premiada. Foi nesse momento que ele citou diversos parlamentares, ministros e governadores que, supostamente, teriam sido beneficiados pela ação criminosa.

O ex-diretor da estatal disse que havia um acerto com o doleiro Alberto Youssef para que o Postalis comprasse R$ 50 milhões emitidos da Marsans Viagens e Turismo, que tinha Youssef como um dos investidores. O doleiro teria se reunido com Renan, em Brasília, no início de março, para acertar a comissão do PMDB nesse negócio. Calheiros negou tal encontro e disse que "sequer o conhece ou dele ouviu falar antes dos fatos se tornarem públicos".

O parlamentar acredita que a apuração do caso irá revelar sua inocência. Renan também considerou que as declarações estão sendo usadas com estratégia eleitoral e pediu providências do Supremo Tribunal Federal e do Ministério Público. "É dever do STF e do MP apurar a veracidade das declarações do ex-servidor a fim de esclarecer se o mesmo merecerá ou não o benefício da delação premiada", frisou.

"A delação premiada, quando usada para encobrir ou ocultar eventuais beneficiários, deve redundar em um agravamento de pena daquele que tentou manipular os rumos da apuração", acusou.

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