PSB e PPS retomam articulações para a fusão dos partidos

Uma reunião para definir os primeiros passos da integração partidária aconteceu nesta terça-feira (14), em São Paulo

por Giselly Santos ter, 14/10/2014 - 13:56
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Indagado sobre como surgiu à intenção de fundir as legendas, o presidente pontuou o reencontro do PPS com o PSB para as eleições presidenciais Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

O PSB e o PPS estão negociando uma fusão entre as legendas. Nesta terça-feira (14), uma delegação socialista se reuniu com o presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP), onde definiram as primeiras ações visando aprofundar a discussão iniciada com ex-governador Eduardo Campos (PSB), falecido em agosto, sobre a integração das legendas. Caso o acordo dê certo, o “novo PSB” sai fortalecido passando a configurar a quarta maior bancada da Câmara Federal. 

A reunião, de acordo com o dirigente, marcou a retomada das costuras para a unificação das legendas. “Seria um reencontro ideológico e histórico das forças da esquerda. Estamos começando a discutir os primeiros passos mais profundos desta questão. Do PSB só não veio Carlos Siqueira, pois ele fez uma cirurgia há pouco”, disse. Segundo ele, a nova direção eleita pelo PSB nessa segunda (13) é a favor do procedimento. “Eles concordam e o PPS tem muita simpatia por isso”, frisou o dirigente.

Roberto Freire preferiu não detalhar o que ficou acertado no encontro com os socialistas, mas disse que novas reuniões já foram marcadas para fortalecer a ideia. Entre os principais objetivos do PSB e do PPS com fusão, está à possibilidade de se tornarem a via alternativa ao duelo histórico entre PT e PSDB. “São questões que envolvem as estruturas de poder, mesmo que pequenas, controle e hegemonia”, observou. 

Indagado sobre como surgiu à intenção de fundir as legendas, o presidente pontuou o reencontro do PPS com o PSB para as eleições presidenciais. “Isso foi algo discutido lá trás entre eu e Eduardo Campos, quando começamos a ver a questão de possíveis apoios para a eleição. Ele ainda não era nem candidato a presidente”, detalhou. “A discussão era que com o nosso reencontro (PPS e PSB) a possibilidade de unificação viesse à tona. Estivemos juntos durante muito tempo, em especial em Pernambuco. Desse reencontro poderia surgir uma fusão e algo mais concreto”, acrescentou.  

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