Câmara não descarta apoio de Marina em 2018

Governador eleito reafirmou a posição de independência e diálogo durante o governo de Dilma Rousseff

por Richard Wagner sex, 28/11/2014 - 19:03
Augusto Cataldi/LeiaJáImagens/Arquivo O governador eleito se mostrou aberto ao diálogo Augusto Cataldi/LeiaJáImagens/Arquivo

Durante entrevista ao portal UOL nesta quinta-feira (28) o governador eleito de Pernambuco Paulo Câmara (PSB), não descartou uma possível aliança com a ex-ministra Marina Silva para disputa presidencial em 2018. Câmara lembrou que ela ainda é filiada ao PSB, e a falou do desejo da liderança para que ela permaneça na legenda. 

“Marina contribui muito com o partido desde que ele se filiou, porque ela ainda é filiada, ela tem o respeito de todos nós da direção do partido. Nós queremos, inclusive, que ela continue no partido. Ela foi muito clara, muito transparente, desde o início que queria e quer fundar um novo partido que é a rede sustentabilidade”, explicou Câmara. 

O governador também falou sobre a posição do PSB durante o governo Dilma e afirmou que a sigla não fará “oposição pela oposição”. Ele se mostrou aberto ao diálogo com o governo federal desde que questão como a reforma política e mais recursos para a saúde sejam colocados na pauta. O socialista lembrou o apoio da legenda ao governo de Fernando Henrique em votações importantes para o país. 

“Nós vamos apoiar o governo naquilo que seja mudança e vamos analisar ponto a ponto, não vamos ser a oposição pela oposição. Vamos contribuir para o Brasil, como contribuímos também no governo de Fernando Henrique Cardoso, o PSB foi a favor do plano real, entendíamos que era importante para a estabilização econômica do Brasil, o PSB foi a favor da lei de responsabilidade fiscal, vamos ter uma posição de independência”, disse. 

Mesmo sendo considerado por muitos como herdeiro político do ex-governador Eduardo Campos, Paulo Câmara negou a existência de herdeiro no partido. “Eduardo era uma pessoa que estava acima do partido. Já tinha tomado uma dimensão nacional. O desafio do partido é construir, dentro de um colegiado, pessoas que possam, juntas, chegar ao mesmo tamanho que Eduardo chegou”. 

Perguntado sobre o interesse da família Campos em entrar na vida política-eleitoral, Câmara não respondeu a pergunta diretamente, mas afirmou que a família vai dar continuidade ao legado do ex-governador. “Tenho certeza que a família Campos vai honrar muito o legado que Eduardo deixou e vai contribuir muito com Pernambuco e também com o Brasil. Eduardo formou filhos que com certeza vão ainda dar muito o que falar no futuro próximo”.

Sobre a escolha de Armando Monteiro para assumir um ministério do governo Dilma, Paulo Câmara disse que é sempre bom ter um ministro pernambucano. Ele também disse não Ester preocupado com uma possível candidatura do petebista em 2018.   

“É sempre bom ter um ministro pernambucano, um ministro que conheça os problemas do nosso Estado e os desafios do futuro. Vou trabalhar muito nos próximos quatro anos. Não estou pensando em reeleição. Só vou pensar nisso, em reeleição, em continuidade, e nesse projeto político em 2018. Até lá, eu vou ficar muito focado em governar Pernambuco”, falou. 

O governador eleito afirmou que a prioridade do seu governo será a educação e parcerias com os municípios para as escolas em tempo integral possam ser implantadas na educação básica. Ele se comprometeu em continuar com o programa de intercâmbio para os alunos da rede pública.  

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