CPI da Petrobras ouve tesoureiro do PT nesta quinta-feira
João Vaccari Neto é apontado como o responsável do PT por arrecadar propinas de empresas contratadas pela Petrobras
![O depoimento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é um dos mais esperados Roosewelt Pinheiro/ABr/Arquivo](/sites/default/files/styles/400x300/public/field/image/politica/2015/04/30032010-30032010jfc2010.jpg?itok=XnXVqZnv)
A CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados ouvirá o depoimento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, nesta quinta-feira (9). Essa é uma das oitivas mais esperadas pelos parlamentares.
Vaccari é apontado como o responsável do PT por arrecadar propinas de empresas contratadas pela Petrobras. Ele está sendo processado por lavagem de dinheiro pelo Ministério Público Federal.
Na terça (7), o colegiado ouviu o diretor de Gás e Energia da estatal, Hugo Repsold Júnior, que negou que tenha chegado ao cargo por indicação política. Ele também negou ter conhecimento de pagamento de propina a diretores. “Nunca soube dessa prática e fiquei indignado”.
Outros depoimentos
O empresário Augusto Mendonça Neto, da empresa Toyo Setal, será ouvido no dia 14 de abril. Em delação premiada, ele disse ter pago propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, dinheiro que seria destinado ao PT. Segundo ele, o partido teria recebido ó de desvios das obras da Refinaria do Paraná (Repar), entre 2208 e 2011, R$ 4 milhões.
No cronograma também está previsto o depoimento do presidente do BNDES, Luciano Coutinho no dia 16. O banco financiou a criação da empresa Setebrasil, empresa acusada de subcontratar estaleiros que teriam efetuado o pagamento de propinas.
A CPI já ouviu o ex-gerente geral da refinaria Abreu e Lima, Glauco Legatti, os ex-presidentes Graça Foster e José Sérgio Gabrielli, o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque e o ex-gerente-executivo da Diretoria de Serviços da estatal Pedro Barusco. Voluntariamente, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também prestou esclarecimentos sobre as acusações de suposto envolvimento dele no esquema.