Mendonça pede explicações ao governo sobre casos de dengue

Segundo o democrata, os casos da doença subiram para 234% e o país vive epidemia

por Élida Maria ter, 05/05/2015 - 15:58
Divulgação/Assessoria de Imprensa Durante discurso na Câmara, o deputado ironizou dizendo que o mosquito pode ter passado no Palácio do Planalto Divulgação/Assessoria de Imprensa

O crescimento de casos de dengue confirmados em vários lugares do país foi apontado pelo o líder do Democratas e deputado federal, Mendonça Filho (DEM), nesta terça-feira (5), na Câmara dos Deputados. Por conta da epidemia o democrata apresentará requerimento para trazer o ministro da Saúde, Artur Chioro, para prestar esclarecimentos à Casa. “O governo descuidou e agora o país enfrenta uma epidemia”, culpou.

Segundo o parlamentar, dados do Sistema Integrado de Informação (Siaf), em 2013, aponta que o governo havia investido R$ 20 milhões na prevenção e controle da dengue. Em 2014 esse investimento caiu para R$ 6,6 milhões e neste ano, havia a previsão de investimento de R$ 13,7 milhões, mas apenas R$ 2,8 milhões foram empregados no combate à doença. 

Mendonça frisou que em menos de um ano, os casos de dengue no país tiveram um crescimento de 234,2%, segundo o próprio Ministério da Saúde. Do início do ano até meados de abril foram registrados 745 mil novos casos. Os números representam uma relação de 367,8 casos para cada 100 mil habitantes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), acima de 300 casos por 100 mil habitantes configuram uma epidemia. “Como abatimento e cansaço são alguns dos sintomas da doença, talvez o mosquito tenha andado pelo Palácio do Planalto”, ironiza Mendonça Filho.

Ainda de acordo com o democrata, apenas em 2015, já foram confirmadas 229 mortes causadas pela doença um aumento de 44,9% em relação ao mesmo período de 2014, quando foram registrados 158 óbitos. Os estados em situação mais crítica são: Acre (1064,8/100 mil), Tocantins (439,9/100 mil), Rio Grande do Norte (363,6/100 mil), São Paulo (911,9/100 mil), Paraná (362,8/100 mil), Mato Grosso do Sul (462,8/100 mil) e Goiás (968,9/100 mi).

 

COMENTÁRIOS dos leitores