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A distribuição da vacina contra a dengue para os 521 municípios selecionados pelo governo federal começa na próxima semana. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (1) pelo diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eder Gatti, em reunião tripartite na sede da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), em Brasília. 

A pasta aguardava a tradução para o português da bula do imunizante Qdenga, uma exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao fabricante, o laboratório japonês Takeda. 

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Nesta quarta-feira (31), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que a questão seria resolvida por meio do envio do arquivo em formato digital. 

Em razão de uma quantidade limitada de doses a serem fornecidas por parte do próprio laboratório, a vacinação contra a dengue vai priorizar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações depois dos idosos. 

Pessoas com mais de 60 anos não têm indicação para receber a dose em razão da ausência de estudos clínicos. 

A previsão do ministério é que as doses adquiridas possam imunizar cerca de 3,2 milhões de pessoas ao longo de 2024. “São quase 40 anos enfrentando epidemias de dengue”, lembrou Nísia, ao destacar que, este ano, a explosão de casos foi agravada pelas mudanças climáticas e as altas temperaturas. “É o momento de estarmos juntos, o Brasil unido pela dengue”, disse a ministra.

Saiba quais cidades receberão doses de vacina contra a dengue

Nas quatro primeiras semanas de 2024, o Rio de Janeiro teve 17.437 casos prováveis de dengue. Para efeitos de comparação, no mesmo período em 2023, foram 1.441 casos. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (31) no boletim Panorama da Dengue, produzido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ). Há duas mortes confirmadas até agora: a de uma mulher de 98 anos, em Itatiaia, na região serrana, e a de um homem de 33 anos, em Mangaratiba, na Costa Verde.

Dos 92 municípios do estado, 14 estão com taxa de incidência acima de 500 casos por 100 mil habitantes. A doença avança com mais velocidade em cidades menores e nas mais próximas aos estados de Minas Gerais e São Paulo. Na região serrana, o número de casos está 14 vezes acima do esperado para o período e, na região metropolitana, dez vezes maior. Na Baía de Ilha Grande e no Centro-Sul Fluminense, são nove vezes mais casos.

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Nos exames analisados pelo Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ), que pertence ao governo do estado, a taxa de positividade oscilou de 35% para 33%. Foram processados 4.464 testes para a doença na terceira semana epidemiológica do ano (14/01 a 20/01), mais do que em qualquer semana de 2023.

O boletim Panorama da Dengue é divulgado todas as semanas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs). Pelos números divulgados, a análise é que o número real de casos pode ser bem maior.

“Os números estão altos e ainda continuam subindo rapidamente. Historicamente, os casos costumam aumentar no fim do primeiro trimestre e caem a partir de maio, junho. Mesmo que a gente esteja diante de uma antecipação dessa curva de crescimento, o que indicaria uma possibilidade de a queda também acontecer mais cedo, os dados são um sinal de alerta. As pessoas devem evitar a automedicação e procurar atendimento médico aos primeiros sintomas, principalmente se apresentarem febre”, diz a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.

Medidas

O governo estadual lançou um programa na semana passada voltado especificamente para o combate à doença, chamado de Gov.RJ contra a Dengue Todo Dia!. Na ocasião, foram apresentadas medidas como a compra de equipamentos e insumos para os municípios que registram mais casos, que incluem a montagem de 80 salas de hidratação, para atender até 8 mil paciente por dia. O valor do investimento é de R$ 3,7 milhões.

A Secretaria de Saúde também anunciou o treinamento de 2 mil médicos de emergências e profissionais de saúde em todos os municípios, com o objetivo de fazer diagnóstico e tratamento mais precisos. Além disso, 160 leitos de nove hospitais de referência do estado poderão ser convertidos para tratamento da dengue, caso seja necessário.

A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan teve sua eficácia confirmada em artigo publicado nesta quarta-feira, 31, na revista científica New England Journal of Medicine (NEJM), uma das mais prestigiosas do mundo. Na publicação, os pesquisadores descrevem que o imunizante teve 79,6% de eficácia em prevenir a doença, resultado que já havia sido divulgado pelo Butantan em dezembro de 2022, mas que, agora, ganha maior relevância por ser referendado pela comunidade científica internacional.

Isso porque, para que um estudo saia numa revista científica de alto impacto, ele precisa ser revisado por outros pesquisadores para garantir que os dados são robustos e confiáveis. "Ter um artigo publicado no New England é um atestado de que o que a gente fez tem relevância e seguiu um rigor na análise dos dados. A revisão por pares é ultra rigorosa, eles perguntam os mínimos detalhes", diz o infectologista Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan e investigador principal do estudo.

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A eficácia de 79,6% é similar à da vacina Qdenga (80,2%), que será oferecida no SUS a partir de fevereiro. O índice de proteção do imunizante brasileiro foi medido por meio do acompanhamento por dois anos de 16.235 voluntários na faixa etária dos 2 aos 59 anos. A fase 3 do estudo, que teve início em 2016, seguirá até que todos os voluntários completem cinco anos de acompanhamento, o que está previsto para acontecer em junho.

Depois disso, os pesquisadores pretendem realizar a etapa de análise de dados e elaboração do dossiê para submissão do pedido de registro do produto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que deve acontecer ainda neste ano, segundo Kallas.

"A gente ainda tem muita tarefa dentro de casa até terminar o dossiê completo. O nosso prazo é o segundo semestre e a gente tem um alvo que é setembro, mas a gente tem que encarar isso com muita humildade porque, às vezes, precisamos repetir algumas análises, então esse alvo pode ser móvel, mas a gente está trabalhando para tentar antecipar", destacou o diretor do Butantan.

A expectativa sobre um eventual registro da vacina do instituto é grande porque o produto tem eficácia semelhante à do imunizante Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, mas com algumas vantagens: é administrada em dose única e teria um custo menor por ser produzida em território nacional. A Qdenga, que acaba de ser incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e terá sua aplicação iniciada em fevereiro em adolescentes de 10 a 14 anos, é dada em duas doses com intervalo de três meses entre elas.

"A grande vantagem da vacina de dose única é que ela é capaz de induzir uma imunidade rápida, não sendo necessário esperar a conclusão do esquema vacinal completo para ter o nível de proteção esperado", esclarece Kallas.

A chegada de uma nova vacina ao mercado também ajudaria a enfrentar outro problema: o número limitado de doses disponíveis. Neste ano, por exemplo, o Brasil receberá somente 6 milhões de injeções da Qdenga, suficiente para imunizar apenas 3 milhões de brasileiros. Por causa dessa limitação, o Ministério da Saúde teve que restringir a vacinação para a faixa etária dos 10 aos 14 anos e somente aqueles que vivem em cidades com maior incidência de dengue.

Somente nas primeiras quatro semanas do ano, o Brasil registrou mais de 217 mil casos de dengue, quase o quíntuplo das cerca de 45 mil notificações no mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde.

Questionado se os bons resultados nos estudos clínicos e o cenário epidemiológico desafiador poderiam levar a uma aceleração no processo de registro da vacina, Kallás disse que o diálogo com a Anvisa é constante, mas que ainda há etapas a cumprir. "O nosso relacionamento com a Anvisa tem sido excelente, mas a gente também entende que temos que seguir os ritos tradicionais regulatórios."

Proteção é alta em todas as faixas etárias, mostra estudo

De acordo com os dados do estudo do Butantan publicados no NEJM, a proteção contra a doença foi observada em todas as faixas etárias testadas, sendo 90% em adultos de 18 a 59 anos, 77,8% no grupo dos 7 aos 17 anos e de 80,1% entre as crianças de 2 a 6 anos.

Os resultados da pesquisa mostraram ainda que houve eficácia tanto em pessoas que já tinham tido infecção prévia pela dengue quanto nos voluntários sem exposição anterior ao vírus, mas o índice de proteção foi maior no primeiro grupo (89,2% contra 73,6%).

Os pesquisadores demonstraram ainda que a vacina é segura para ambos os grupos, ao contrário da primeira vacina contra a dengue licenciada no País, da farmacêutica Sanofi, que não é recomendada para pessoas que nunca tiveram a infecção por aumentar o risco da manifestação grave da doença.

De acordo com o Butantan, a maioria das reações adversas foi classificada como leve a moderada, sendo as principais dor e vermelhidão no local da injeção, dor de cabeça e fadiga. Eventos adversos sérios relacionados à vacina foram registrados em menos de 0,1% dos vacinados, e todos se recuperaram totalmente.

A vacina do Butantan foi desenvolvida contra os quatro sorotipos de vírus da dengue, a partir do vírus atenuado, portanto, seria capaz de proteger contra todos eles. No entanto, no período do estudo, foram registrados somente casos de dengue tipo 1 e 2, os mais prevalentes no Brasil, o que faz com que seja possível confirmar a eficácia de 89,5% para DENV-1 e 69,6% para DENV-2, mas ainda não seja possível avaliar detalhadamente a eficácia contra os dois outros sorotipos.

Histórico da vacina do Butantan

O desenvolvimento da vacina da dengue do Butantan foi possível graças ao licenciamento da tecnologia em 2009 pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), dos EUA, que cedeu as patentes e os materiais biológicos referentes às quatro cepas virais que compõem o imunizante, permitindo, assim, que ele fosse produzido e distribuído no Brasil.

"Em 2018, o Butantan assinou um acordo de desenvolvimento e compartilhamento de dados com a farmacêutica multinacional MSD, que trabalha em uma vacina análoga, em uma ação conjunta para acelerar os estudos e registro do produto", detalhou o instituto, em nota.

A fase 1 do ensaio clínico foi desenvolvida nos Estados Unidos (2010-2012) pelo NIH e a fase 2 foi conduzida no Brasil (2013-2015). Os bons resultados de eficácia e segurança das duas primeiras etapas dos estudos levaram à realização da terceira fase pelo Butantan em 16 centros de pesquisa brasileiros.

Uma publicação da Secretaria de Comunicação (Secom) nas redes do Governo Federal, nesta segunda-feira (29), tem chamado a atenção de internautas pelo possível duplo sentido. A postagem alerta a população para a campanha nacional de combate à dengue, doença que acumula mais de 120 mil casos prováveis no país, apenas em 2024. Acompanhando o texto, há uma imagem de uma mão batendo à porta e a legenda “toc, toc, toc”. 

Na web, usuários repercutiram que o perfil oficial de comunicação do governo pode ter alfinetado o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), alvo de operação da Polícia Federal (PF), também nesta segunda. O tuíte da Secom aconteceu minutos depois de dezenas de manchetes repercutirem a suposta apreensão de um notebook da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em um endereço de Carlos

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Na legenda, a secretaria escreveu que “quando os agentes comunitários de saúde baterem à sua porta, não tenha medo, apenas receba-os". No momento em que a PF cumpria os mandados de busca e apreensão, nesta segunda-feira (29), em Angra dos Reis, Carlos foi fazer um passeio de lancha junto aos irmãos, Flávio e Eduardo, e também junto ao pai, Jair Bolsonaro (PL). A PF encontrou a casa vazia. Os mandados foram expedidos para as localidades do Rio, Angra, Salvador (BA), Brasília (DF) e Formosa (GO). 

No ato desta publicação, o post do Governo Federal já possuía mais de 12 mil curtidas, quase mil respostas e quatro mil republicações. Os memes tomaram conta das respostas no X (antigo Twitter), alegando o suposto “deboche” da Secom; enquanto outros teceram críticas ao mau uso da plataforma oficial. A rede social do governo é um instrumento da administração pública e deve seguir, por lei, o princípio da impessoalidade. 

A PF investiga a participação de Carlos e outros políticos na chamada “Abin paralela”, gabinete paralelo criado na estrutura da Abin, com o intuito de espionar e obter dados de opositores políticos. Segundo a PF, Carlos seria a principal pessoa da família a receber, ilegalmente, informações do grupo. 

LeiaJá também: 'Pacheco quer os nomes de monitorados pela 'Abin paralela''

“Toc, toc, toc” 

A brincadeira com o “toc, toc, toc” surgiu a partir de um discurso da jornalista e ex-deputada federal Joice Hasselmann, ex-aliada do Clã Bolsonaro, em 2022. À época, ela reproduziu, na tribuna da Câmara, como imaginava que seria a chegada dos agentes ao endereço de Jair Bolsonaro, sob possibilidade de investigação. O vídeo já ressurgiu outras vezes, como durante a investigação da PF contra Carla Zambelli (PL-SP), no ano passado. 

Nesta segunda-feira (29), após a repercussão da nova investigação contra Carlos, Joice recriou o meme, com uma taça na mão e fazendo um brinde ao antigo aliado. “Para você, Carluxo. Com todo carinho, Joice”, escreveu a ex-parlamentar.  

Confira, abaixo, o tuíte da Secom, a publicação de Joice e a repercussão 

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A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou ter confirmado 10.728 casos de dengue até a terceira semana epidemiológica de 2024 (com dados até o dia 20 de janeiro). O número representa uma alta de 26,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 8.466 registros da doença haviam sido confirmados em território paulista.

Quatro pessoas morreram neste ano por complicações da doença: um óbito foi registrado no município de Bebedouro, um em Jacareí e dois em Pindamonhangaba, todas cidades no interior do Estado. Em 2023, foram oito mortes registradas nas três primeiras semanas epidemiológicas do ano - importante lembrar, porém, que há um atraso na transmissão dos dados, então as estatísticas de 2024 ainda podem ser revisadas para cima.

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Nas três primeiras semanas do ano, foram confirmados ainda 187 casos de chikungunya, com nenhuma morte relacionada, e nenhum caso de zika. As três doenças são transmitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Brasil

O número de casos de dengue está em alta em todo o Brasil, com três unidades federativas (Minas Gerais, Acre e Distrito Federal) já tendo decretado situação de emergência em saúde pública. Nas três primeiras semanas epidemiológicas de 2024, mais de 120 mil casos prováveis foram registrados no País, ante 44 mil da mesma época do ano passado. Também foram registrados 12 óbitos pela arbovirose, diante de 26 no mesmo período do ano anterior.

O combate às doenças é feito principalmente tentando evitar a reprodução do mosquito Aedes, impedindo que ele consiga encontrar locais com água parada que possa transformar em criadouros.

Neste ano, o governo federal iniciou também a vacinação contra a dengue com o imunizante Qdenga, do laboratório japonês Takeda, aprovado para uso recentemente.

Vacinação

O Ministério da Saúde anunciou que crianças de 10 a 14 anos serão priorizadas para a vacinação diante do número limitado de doses. Eles devem começar a ser vacinados já em fevereiro.

A faixa etária está dentro do que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), dos 6 aos 16 anos. De acordo com Eder Gatti, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do ministério, a escolha foi feita levando em consideração que, entre as crianças, o grupo de 10 a 14 anos concentra o maior número de hospitalizações.

A pasta também selecionou 521 municípios - de 16 Estados e o Distrito Federal - que serão contemplados com a vacina.

No Estado de São Paulo, 11 municípios participarão da primeira fase da imunização, todos da região do Alto Tietê: Guarulhos, Suzano, Guararema, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Poá, Mogi das Cruzes, Arujá, Santa Isabel, Biritiba-Mirim e Salesópolis.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de Minas Gerais (MG), Romeu Zema, decretou situação de emergência em saúde pública no Estado devido à alta incidência de casos de dengue e chikungunya. O decreto, publicado no Diário Oficial de Minas Gerais, já está em vigor e tem prazo de 180 dias.

O texto, entre outros pontos, autoriza "a adoção de todas as medidas administrativas e assistenciais necessárias à contenção do aumento da incidência de casos de Arboviroses, em especial a aquisição pública de insumos e materiais, doação e cessão de equipamentos e bens e a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial."

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A decisão estabelece ainda que a dispensa de licitação devido à situação emergencial somente será permitida enquanto esta perdurar, respeitada a vigência do decreto.

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais confirmou a segunda morte por dengue em 2024. De acordo com o painel de monitoramento da doença, o estado contabiliza 49.912 casos prováveis e 17.887 casos confirmados, além de 24 óbitos em investigação.

Os dados mostram ainda 229 casos de dengue grave ou com sinais de alarme. A taxa de letalidade pela doença no estado, atualmente, está em 0,44%. Os dois óbitos confirmados até o momento foram em pessoas com idade entre 70 e 79 anos.

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Vacina

O Ministério da Saúde informou que 521 municípios brasileiros foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. As cidades compõem 37 regiões de saúde que são consideradas endêmicas para a doença. Ao todo, 22 municípios mineiros integram a lista.

As regiões selecionadas atendem a três critérios: são formadas por municípios de grande porte com mais de 100 mil habitantes; registram alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e têm maior predominância do sorotipo DENV-2. Conforme a lista, 16 estados e o Distrito Federal têm cidades que preenchem os requisitos.

O ministério confirmou que serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, uma das faixas etárias que concentram maior número de hospitalizações por dengue. Os números mostram que, de janeiro de 2019 a novembro de 2023, o grupo respondeu por 16,4 mil hospitalizações, atrás apenas dos idosos, grupo para o qual a vacina não foi autorizada.

O Brasil registrou, nas três primeiras semanas de 2024, 12 mortes por dengue e 120.874 casos prováveis da doença. No mesmo período do ano passado, foram contabilizados 26 óbitos e 44.753 casos prováveis.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Ministério da Saúde. Há ainda 85 óbitos em investigação. “Vivemos um momento de grande preocupação em relação à dengue”, avaliou a ministra Nísia Trindade. 

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A pasta confirmou que os quatro sorotipos da dengue circulam no país atualmente – inclusive o sorotipo 3, que não circulava de forma epidêmica no Brasil há mais de 15 anos. O sorotipo 1 é classificado atualmente como predominante.

“Temos a circulação dos quatro sorotipos ao mesmo tempo no país. Realmente é bastante preocupante”, reforçou a diretora do departamento de Doenças Transmissíveis do ministério, Alda Cruz. 

Chikungunya

Dados do Informe Semanal das Arboviroses Urbanas mostram ainda que o país registrou, nas três primeiras semanas de 2024, 7.063 casos de chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

O coeficiente de incidência é de 3,5 casos para cada grupo de 100 mil habitantes – uma redução de 34,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi confirmada uma morte pela doença e oito estão em investigação. 

Zika

Já os dados de zika divulgados pela pasta são referentes ao segundo semestre de 2023, quando a doença registrou 1.954 casos prováveis, sendo 116 casos em gestantes. Não houve nenhum óbito e a taxa de incidência ficou em 1 caso para cada grupo de 100 mil habitantes. O vírus, igualmente transmitido pelo Aedes aegypti, está associado a complicações neurológicas como microcefalia congênita e síndrome de Guillain-Barré. 

O Ministério da Saúde informou que 521 municípios brasileiros foram selecionados para iniciar a vacinação contra a dengue via Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo a pasta, são consideradas endêmicas para a doença. A lista completa pode ser acessada aqui.

As regiões selecionadas atendem a três critérios: são formadas por municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes; registram alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e têm maior predominância do sorotipo DENV-2. Conforme a lista, 16 estados e o Distrito Federal têm cidades que preenchem os requisitos.

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A pasta confirmou ainda que serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue. Os números mostram que, de janeiro de 2019 a novembro de 2023, o grupo respondeu por 16,4 mil hospitalizações, atrás apenas dos idosos, grupo para o qual a vacina não foi autorizada.

“A definição de um público-alvo e regiões prioritárias para a imunização foi necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo laboratório fabricante da vacina. A primeira remessa com cerca de 757 mil doses chegou ao Brasil no último sábado. O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica.”

“Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para fevereiro. Além dessas, o Ministério da Saúde adquiriu o quantitativo total disponível pelo fabricante para 2024: 5,2 milhões de doses. De acordo com a empresa, a previsão é que sejam entregues ao longo do ano, até dezembro. Para 2025, a pasta já contratou 9 milhões de doses.” 

O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas. O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público. A Qdenga, produzida pelo laboratório Takeda, foi incorporada ao SUS em dezembro do ano passado, após análise da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec).

Há pouco mais de um mês, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). Antes disso, o imunizante Qdenga, produzido pelo laboratório japonês Takeda, passou pelo crivo da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias (Conitec) no SUS, que recomendou a incorporação priorizando regiões do país com maior incidência e transmissão do vírus, além de faixas etárias de maior risco de agravamento da doença. 

A partir do parecer favorável da Conitec, o ministério reforçou que a vacina não seria utilizada em larga escala em um primeiro momento, já que o laboratório informou ter capacidade restrita de fornecimento de doses. A vacinação contra a dengue na rede pública, portanto, será focada em públicos específicos e em regiões consideradas prioritárias. “Até o início do ano, faremos a definição dos públicos-alvo levando em consideração a limitação da empresa Takeda do número de vacinas disponíveis. Faremos priorizações”, disse a ministra Nísia Trindade à época. 

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O próximo passo seria um trabalho conjunto entre o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), programado para as primeiras semanas de janeiro, com o intuito de definir a melhor estratégia de utilização do quantitativo disponível da vacina. Segundo o laboratório Takeda, a previsão é que sejam entregues 5.082 milhões de doses entre fevereiro e novembro de 2024, sendo que o esquema vacinal da Qdenga é composto por duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas. 

A avaliação de especialistas da CTAI é que o ministério deve seguir a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e priorizar a vacinação contra a dengue na faixa etária entre 6 e 16 anos, conforme preconizou o Grupo Consultivo Estratégico de Peritos (SAGE, na sigla em inglês). A pasta, entretanto, informou que definiria, em conjunto com estados e municípios, qual a idade a ser priorizada dentro dessa janela, diante do quantitativo reduzido de doses. 

A vacina

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), a Qdenga é uma vacina tetravalente que protege, portanto, contra os quatro sorotipos do vírus da dengue – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Feita com vírus vivo atenuado, ela interage com o sistema imunológico no intuito de gerar resposta semelhante àquela produzida pela infecção natural. O imunizante deve ser administrado em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas, independentemente de o paciente ter tido ou não dengue previamente. 

Infecções prévias

Quem já teve dengue, portanto, deve tomar a dose. Segundo a SBim, a recomendação, nesses casos, é especialmente indicada por conta da melhor resposta imune à vacina e também por ser uma população classificada como de maior risco para dengue grave. Para quem apresentou a infecção recentemente, a orientação é aguardar seis meses para receber o imunizante. Já quem for diagnosticado com a doença no intervalo entre as doses deve manter o esquema vacinal, desde que o prazo não seja inferior a 30 dias em relação ao início dos sintomas. 

Contraindicações

Conforme especificado na bula, o imunizante é indicado para pessoas de 4 a 60 anos. Como toda vacina de vírus vivo, a Qdenga é contraindicada para gestantes e mulheres que estão amamentando, além de pessoas com imunodeficiências primárias ou adquiridas e indivíduos que tiveram reação de hipersensibilidade à dose anterior. Mulheres em idade fértil e que pretendem engravidar devem ser orientadas a usar métodos contraceptivos por um período de 30 dias após a vacinação. 

Eficácia

Ainda de acordo com a SBim, a vacina demonstrou ser eficaz contra o DENV-1 em 69,8% dos casos; contra o DENV-2 em 95,1%; e contra o DENV-3 em 48,9%. Já a eficácia contra o DENV-4 não pôde ser avaliada à época devido ao número insuficiente de casos de dengue causados por esse sorotipo durante o estudo. Também houve eficácia contra hospitalizações por dengue confirmada laboratorialmente, com proteção geral de 84,1%, com estimativas semelhantes entre soropositivos (85,9%) e soronegativos (79,3%). 

Demais arboviroses

A SBim destaca que a Qdenga é exclusiva para a proteção contra a dengue e não protege contra outros tipos de arboviroses, como zika, chikungunya e febre amarela. Vale lembrar que, para a febre amarela, no Brasil, estão disponíveis duas vacinas: uma produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), utilizada pela rede pública, e outra produzida pela Sanofi Pasteur, utilizada pelos serviços privados de imunização e, eventualmente, pela rede pública. As duas têm perfis de segurança e eficácia semelhantes, estimados em mais de 95% para maiores de 2 anos. 

Registro

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro da Qdenga em março de 2023. A concessão permite a comercialização do produto no país, desde que mantidas as condições aprovadas. O imunizante, contudo, segue sujeito ao monitoramento de eventos adversos, por meio de ações de farmacovigilância sob responsabilidade da própria empresa fabricante. 

Outros imunizantes

A Qdenga é a primeira vacina contra a dengue aprovada no Brasil para um público mais amplo, já que o imunizante aprovado anteriormente, Dengvaxia, do laboratório francês Sanofi- Pasteur, só pode ser utilizado por quem já teve dengue. A Dengvaxia não foi incorporada ao SUS e é contraindicada para indivíduos que nunca tiveram contato com o vírus da dengue em razão de maior risco de desenvolver quadros graves da doença.

A primeira remessa da vacina contra a dengue, com cerca de 750 mil doses que serão disponibilizadas pelo SUS, chegou ao Brasil no sábado, 20, informou o Ministério da Saúde. Uma segunda remessa, com 570 mil doses, tem previsão de entrega em fevereiro. A lista de municípios e estratégia de vacinação ainda serão divulgadas, mas a previsão é de que as primeiras doses sejam aplicadas em fevereiro.

Esses imunizantes fazem parte de um lote de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica Takeda ao Ministério da Saúde. A Pasta ainda informou que adquiriu outras 5,2 milhões de doses, o quantitativo total disponível pelo fabricante para 2024, que serão entregues ao longo do ano, até novembro.

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Como a capacidade de fabricação da vacina é limitada, a Saúde estima que cerca de 3,2 milhões de pessoas receberão o imunizante neste ano, já que a vacina exige aplicação de duas doses, com intervalo mínimo de três meses.

Esta remessa ainda passará por processo de liberação de alfândega e Anvisa e será enviada ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). "O Ministério da Saúde solicitou prioridade nestas etapas e a previsão é que todo o desembaraço seja concluído ao longo da próxima semana", informou a pasta.

Distribuição

Os critérios para distribuição das doses foram definidos pelo Ministério da Saúde em conjunto com o Conass e o Conasems - órgãos que representam as secretarias de Saúde estaduais e municipais. As vacinas serão encaminhadas a regiões de saúde com municípios de grande porte onde há alta transmissão da dengue nos últimos dez anos - o foco são as localidades com população residente igual ou maior a 100 mil habitantes.

Para 2024, o público-alvo serão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue. A vacina não foi liberada para idosos. O Brasil é o primeiro País a oferecer essa vacina no sistema público universal. A incorporação da vacina da dengue no calendário do SUS foi decidida em dezembro de 2023.

A vacinação contra a dengue que será realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro vai ter como público prioritário crianças e jovens entre 6 e 16 anos, informou nesta segunda-feira (15) o Ministério da Saúde. A pasta explicou, no entanto, que, como o número de doses disponíveis não dá conta de imunizar toda essa faixa etária, ainda irá definir quais outros critérios serão usados para determinar quem será imunizado neste primeiro ano de campanha.

De acordo com a pasta, o limiar das idades respeita recomendações técnicas da Organização Mundial da Saúde (OMS), e foi definido pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI).

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Como mostrou o Estadão, a pasta vai adquirir 5,2 milhões de doses este ano da Qdenga, nome dado ao imunizante da farmacêutica japonesa Takeda. O País deverá receber mais algumas doses via doação do laboratório, mas o quantitativo ainda está sendo definido. Entre vacinas compradas e doadas, o governo espera ter à disposição 6 milhões de imunizantes para serem distribuídos em 2024.

O Ministério da Saúde reconhece que o número de doses ainda é baixo. Como o esquema vacinal contra a doença se completa com duas doses, até 3 milhões de pessoas poderão ser protegidas com a Qdenga este ano. Em razão da baixa quantidade de vacinas disponíveis, a proposta é decidir, dentro da amplitude da faixa etária estabelecida pela OMS, qual será o público-alvo para receber o imunizante.

"A Organização Mundial da Saúde define algumas limitações de idade para o uso dessa vacina. O quantitativo é pequeno. Então, a gente tinha que fazer uma discussão de como seria a distribuição desse uso no território nacional, equilibrando o melhor resultado epidemiológico com a cobertura maior dos municípios", disse Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

"De 6 a 16 anos é o que a Organização Mundial da Saúde coloca como recomendação, e eles ainda condicionam a situação epidemiológica. Nós vamos respeitar o que a OMS diz. Então, vamos escolher uma faixa entre 6 e 16 anos (para receber a vacina)", acrescentou.

A decisão para definir qual o público-alvo exato para receber a vacina, bem como será o processo de imunização nacional, será definido ainda em reuniões com os Estado e municípios.

"Foram dadas opções, e agora vamos levar para a discussão tripartite", disse Gatti. "Eu não consigo adiantar quais municípios (vão receber as doses) neste momento, mas a discussão está sendo feita para que a gente tenha uma decisão o mais rápido possível".

Produzida pelo laboratório Takeda, a Qdenga foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro e passou a fazer parte do Programa Nacional de Imunizações. Segundo o Ministério da Saúde, a imunização completa tem uma eficácia de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo. Ainda de acordo com dados informados pela pasta, o imunizante reduz em 90% o risco de hospitalização.

Em 2023, o Brasil atingiu patamares históricos de casos de dengue. Com um total de 2,9 milhões de casos registrados até 11 de dezembro, o País foi considerado pela OMS como a nação com a maior incidência da doença no mundo. Até esta data, o número representava mais da metade dos mais de 5 milhões de casos registrados mundialmente.

Eder Gatti afirmou que, embora a quantidade de doses disponíveis para este ano sejam baixas, tem a expectativa que o Brasil consiga produzir o imunizante dentro do próprio território para aumentar a cobertura vacina.

"Nós não temos outras vacinas licenciadas que possam ser utilizadas da mesma forma que esta. A gente espera, no futuro, ter produção nacional de vacina para ter uma estratégia de vacinação contra a dengue mais ampliada", disse o diretor do PNI. "A tendência é, no futuro, ter novas opções. O que estamos fazendo este ano é dar um primeiro passo, mas certamente um passo muito importante", completou.

Dourados, em Mato Grosso do Sul, se tornou nesta quarta-feira, 3, a primeira cidade do mundo a iniciar um processo de vacinação em massa contra a dengue. Isso só foi possível graças à parceria com a farmacêutica Takeda.

O Brasil passará a adotar só no mês que vem a vacina como parte do calendário nacional. Como adiantou o Estadão, a previsão é de que cerca de 3,1 milhões de pessoas possam ser vacinadas neste primeiro ano da campanha, já que a Takeda conseguirá entregar cerca de 6,2 milhões de doses em 2024 - 1,2 milhão por meio de doação e 5 milhões pelo contrato de compra - e o esquema vacinal completo envolve duas doses.

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A prefeitura local divulgou que a primeira dose foi aplicada em Francisleine Costa, mãe do adolescente Julio Cesar da Costa, de 15 anos, que morreu de dengue em 2023. "Meu filho foi enterrado no dia do aniversário. Agora a vacina veio e eu estou fazendo campanha para que todos se vacinem para que não passem pela mesma dor. Estou contente por Dourados ser a primeira cidade a prestar esse serviço ao público."

A gestão municipal relatou alta procura no primeiro dia de imunização. Foram distribuídas inicialmente 90 mil doses do imunizante Qdenga. Mas a farmacêutica garantiu o oferecimento de 150 mil doses, suficientes para todos os douradenses entre 4 e 59 anos.

A imunização faz parte de um projeto da farmacêutica em parceria com o pesquisador Julio Croda, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que busca avaliar a proteção conferida fora de laboratório, em uma população real. "É um quantitativo de 300 mil doses disponíveis que vence em agosto deste ano e serão utilizadas para esse estudo, o primeiro do tipo para essa vacina a nível mundial", afirmou Croda ao jornal O Globo. A Takeda, por sua vez, afirmou que a iniciativa teve início antes mesmo da compra de doses pelo governo federal.

Prevalência

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o número de casos de dengue em 2023, divulgado pelo Estadão há dez dias, apontam o Brasil como o país com maior incidência da doença. Ao todo, foram 2,9 milhões de casos até 11 de dezembro - mais da metade dos mais de 5 milhões registrados mundialmente. De acordo com a entidade, vive-se um patamar histórico para a dengue.

A OMS alertou sobre o fato de a doença também ter se espalhado para países onde historicamente não circulava, como França, Itália e Espanha. Entre as razões para a disseminação está a crise climática, que tem elevado a temperatura mundial e permitido que o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, sobreviva em ambiente onde antes isso não ocorria - dessa maneira, ele consegue se reproduzir cada vez mais.

O fenômeno El Niño, que chegou agora ao seu auge, também acentuou os efeitos do aquecimento global das temperaturas e das alterações climáticas, e a previsão é de que seus efeitos, incluindo ondas de calor inéditas, persistam até maio ou junho. O Ministério da Saúde do Brasil já projeta um aumento de casos da doença neste ano - e, por isso, adotará a aplicação da vacina de forma geral, algo também inédito no mundo.

Mortes

Os dados da OMS alertam, ainda, para o número de casos graves da dengue: ao todo, 5 mil pessoas morreram pela doença neste ano em todo o mundo. No Brasil, 1.474 casos, ou 0,05% do total de registros, são da versão hemorrágica, que pode matar.

Um estudo realizado pela Secretaria de Saúde do município do Paulista, na Região Metropolitana do Recife, está avaliando o nível de infestação na cidade do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya. O levantamento, que será realizado até a próxima sexta-feira (5), tem como objetivo possibilitar a implementação de ações de prevenção e controle mais eficazes contra as doenças.

O trabalho, que vem sendo realizado em todos os bairros do município, é executado por 103 Agentes de Combate às Endemias (ACEs). Para alcançar as metas do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), a prefeitura pede que os moradores recebam os profissionais em suas casas. Aproximadamente 6.200 imóveis, provenientes de sorteio, devem ser visitados pelas equipes.

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"A participação ativa das comunidades recebendo os nossos Agentes de Combate às Endemias é fundamental para o processo. A prevenção e a eliminação dos criadouros dependem de iniciativas individuais e coletivas", afirma a médica veterinária e diretora de Vigilância Ambiental, Sílvia Vasco.

De acordo com a gestão municipal, as atividades do LIRAa, que acontecem bimestralmente, envolvem a coleta de dados em um período de tempo relativamente curto, “permitindo uma análise rápida da situação”.

 

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o número de casos de dengue em 2023 apontam o Brasil como o país com maior incidência da doença no mundo. Ao todo, foram 2,9 milhões de casos registrados até 11 de dezembro - mais da metade dos mais de 5 milhões registrados mundialmente. De acordo com a entidade, vivemos um patamar mundial histórico.

Na publicação, divulgada na sexta-feira, 22, a OMS alertou sobre o fato de a doença também ter se espalhado para países onde historicamente não circulava, como França, Itália e Espanha.

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Entre as razões para a disseminação está a crise climática, que tem elevado a temperatura mundial e permitido que o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, sobreviva em ambiente onde antes isso não ocorria - dessa maneira, ele consegue se reproduzir cada vez mais.

O fenômeno El Niño de 2023 também acentuou os efeitos do aquecimento global das temperaturas e das alterações climáticas, e a previsão é que ele persista até meados de 2024.

O Ministério da Saúde do Brasil já projeta um aumento de casos da doença no País no ano que vem.

A pasta decidiu incorporar uma vacina contra a dengue, da farmacêutica Takeda, à rede pública após parecer favorável da Conitec, comissão que avalia novas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS).

Casos graves de dengue

Os dados da OMS alertam, ainda, para o número de casos graves da dengue: ao todo, 5 mil pessoas morreram pela doença neste ano em todo o mundo. No Brasil, 1.474 casos, ou 0,05% do total de registros, são da chamada dengue hemorrágica, que pode matar.

A dengue é a infecção viral mais comum transmitida a humanos picados por mosquitos infectados. Ocorre principalmente em áreas urbanas em climas tropicais e subtropicais e tem como sintomas principais febre alta, mal estar, falta de apetite, manchas vermelhas na pele, além de dor no corpo, nas articulações, atrás dos olhos e na cabeça.

Para evitar a infestação de mosquitos, o Ministério da Saúde orienta que é necessário eliminar os criadouros, mantendo os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas, capas ou tampas.

Medidas de proteção contra picadas também podem ajudar, especialmente nas áreas de transmissão. O Aedes aegypti ataca principalmente durante o dia.

A aplicação da vacina contra a dengue está prevista para começar em fevereiro de 2024 e, com isso, o Brasil será o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público de saúde. / Com informações de trechos de reportagem da Agência Brasil.

O Brasil lidera o número de casos de dengue no mundo, com 2,9 milhões registrados em 2023, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os casos são mais da metade dos 5 milhões registrados mundialmente. A organização chamou atenção, nesta sexta-feira (22), para a doença que tem se espalhado para países onde historicamente a doença não circulava.

Entre as razões para o aumento está a crise climática, que têm elevado a temperatura mundial e permitido que o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti sobreviva em ambiente onde antes isso não ocorria. O fenômeno El Niño de 2023 também acentuou os efeitos do aquecimento global das temperaturas e das alterações climáticas.    Em todo o mundo a OMS relatou mais de 5 milhões de infecções por dengue e 5 mil mortes pela doença. A maior parte, 80% desses casos, o equivalente a 4,1 milhões, foram notificados nas Américas, seguidas pelo Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental. Nas Américas, o Brasil concentra o maior número de casos, seguido por Peru e México. 

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Os dados são referentes ao período de 1º de janeiro e 11 de dezembro.

Brasil

Do total de casos constatados no Brasil, 1.474, ou 0,05% do total são casos de dengue grave, também chamada de dengue hemorrágica. O país é o segundo na região com o maior número de casos mais graves, atrás apenas da Colômbia, com 1.504 casos.    Países anteriormente livres de dengue, como França, Itália e Espanha, reportaram casos de infecções originadas no país – a chamada transmissão autóctone – e não no estrangeiro. O mosquito Aedes aegypti é amplamente distribuído na Europa, onde é mais conhecido como mosquito tigre.

Mudanças climáticas 

No Brasil, levantamento feito pela plataforma AdaptaBrasil, mostrou que as mudanças climáticas no Brasil podem levar à proliferação de vetores, como o mosquito Aedes aegypti e, em consequência, ao agravamento de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. A plataforma é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),  As projeções indicam também expansão da malária, leishmaniose tegumentar americana e leishmaniose visceral. O trabalho levou em conta as temperaturas máxima e mínima, a umidade relativa do ar e a precipitação acumulada para associar a ocorrência do vetor, que são os mosquitos transmissores das diferentes doenças em análise. A AdaptaBrasil avalia também a vulnerabilidade e a exposição da população a esses vetores.  A dengue é a infecção viral mais comum transmitida a humanos picados por mosquitos infectados. É encontrado principalmente em áreas urbanas em climas tropicais e subtropicais.   

Os principais sintomas da dengue são febre alta, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.   Para evitar a infestação de mosquitos, o Ministério da Saúde orienta que é necessário eliminar os criadouros, mantendo os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com telas, capas ou tampas. Medidas de proteção contra picadas também podem ajudar especialmente nas áreas de transmissão. O Aedes aegypti ataca principalmente durante o dia.   

Vacina   

Nesta quinta-feira (21), o Ministério da Saúde incorporou a vacina contra dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.   Conhecida como Qdenga, a vacina não será disponibilizada em larga escala em um primeiro momento, mas será focada em público e regiões prioritárias. A incorporação do imunizante foi analisada e aprovada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec).   

O Ministério da Saúde informou que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) trabalhará junto à Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) para definir a melhor estratégia de utilização do quantitativo disponível, como público-alvo e regiões com maior incidência da doença para aplicação das doses. A definição dessas estratégias deve ocorrer nas primeiras semanas de janeiro.

Em entrevista à Radioagência Nacional, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, enfatiza a importância da vacina para controlar a dengue no país. “A vacina, sem dúvida, junto com outras medidas, será importante instrumento para controle dessa doença”, disse.  Ele acrescenta que  “a dengue é uma doença que impacta diretamente praticamente todo o território nacional, vem se expandindo em regiões onde a gente não tinha dengue e o controle do vetor do mosquito transmissor da doença têm sido insuficientes para que nos consigamos diminuir as taxas de infecção que só se alastram”.   

Ministério da Saúde   

Em nota, o ministério diz que está alerta e monitora constantemente o cenário da dengue no Brasil. Para apoiar estados e municípios nas ações de controle da dengue, a pasta repassou R$ 256 milhões para todo o país para reforçar o enfretamento da doença.  A pasta informa que instalou uma Sala Nacional de Arboviroses, espaço permanente para o monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência de dengue, chikungunya e Zika para preparar o Brasil em uma eventual alta de casos nos próximos meses. Com a medida, será possível direcionar melhor as ações de vigilância.

“O momento é de intensificar os esforços e as medidas de prevenção por parte de todos para reduzir a transmissão da doença. Para evitar o agravamento dos casos, a população deve buscar o serviço de saúde mais próximo ao apresentar os primeiros sintomas”, diz o texto, que ressalta ainda que cerca de 11,7 mil profissionais de saúde foram capacitados em 2023 para manejo clínico, vigilância e controle da dengue. 

A Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) deve decidir ainda este ano sobre a incorporação da vacina contra a dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Leandro Pinheiro Safatle, a comissão deve convocar reunião extraordinária até o final de dezembro para a tomada de decisão.

Nesta quinta-feira (7), o ministério abriu consulta pública sobre o tema. Considerando o cenário epidemiológico, a Conitec já recomendou a incorporação do imunizante inicialmente para localidades e públicos prioritários a serem definidos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Essa definição deve considerar regiões de maior incidência e faixas etárias de maior risco para agravamento da doença.

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“Esse processo tem sido célere no Ministério da Saúde, e esse é um ponto importante a ser enfatizado porque ele faz parte dessa estratégia de buscar tecnologias que, de fato, atendam a um desafio de saúde como esse”, explicou o secretário.

“É um rito regulatório rápido. Vai haver uma consulta pública agora e vai ser mais rápida. De 10 dias. O processo vai estar pronto para tomada de decisão rapidamente”, completou.

Preço e doses

A recomendação de incorporação feita pela comissão está condicionada a uma proposta de redução de preço pela fabricante. Apesar do desconto inicialmente oferecido, o valor por dose, de R$ 170, ainda é classificado como alto pelo governo federal. “Nesse preço, o valor é duas vezes maior que as vacinas mais caras incluídas no programa”, avaliou o ministério em nota.

A demanda para avaliação da tecnologia foi submetida pela empresa japonesa Takeda Pharma, fabricante da Qdenga. Nos dados avaliados pela comissão, foi verificada eficácia geral na redução da hospitalização em 84% dos casos de dengue.

“Para propor uma estratégia nacional, o Ministério da Saúde questionou o quantitativo de doses que poderia ser fornecido ao SUS. De acordo com o laboratório, poderão ser entregues 8,5 milhões no primeiro ano e um total acumulado de 50 milhões em 5 anos, o que impõe restrições no público a ser atendido”, informou o ministério.

 

A Diretoria Geral de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) destaca a necessidade dos cuidados com a dengue. Este ano já foram confirmados no estado 2.979 casos da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti, que pode ter o número reduzido por meio de medidas simples de prevenção, principalmente evitando o acúmulo de água parada, local de proliferação do mosquito.

Nesta terça-feira (28), o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (LACEN) confirmou quatro amostras positivas para o sorotipo 3 da dengue, que não é registrada há mais de 15 anos no Estado. Todas as quatro amostras confirmadas são da cidade do Paulista, em pessoas que residem no mesmo endereço.

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De acordo com a vigilância em saúde, a circulação dos sorotipos em território nacional já vinha sendo percebida nos últimos meses, fazendo com que a chegada em Pernambuco fosse esperada. Este foi um dos motivos para a antecipação do lançamento do Plano de Contingência das Arboviroses do Estado de Pernambuco para o ano de 2024, realizado no último dia 21 deste mês.

“É importante salientar que, diferente do Chikungunya e do Zika, que só possuem um sorotipo e infectam as pessoas apenas uma vez, a dengue possui quatro sorotipos diferentes. Um cuidado a mais nesse tipo de circulação é que pessoas que pegaram outros sorotipos, em outras circunstâncias, acabam por ficar mais vulneráveis a desenvolver a dengue em sua forma mais grave”, explica o diretor  geral de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador da SES-PE, Eduardo Bezerra.

PREVENÇÃO - Além disso, a Secretaria reforça a necessidade de medidas no sentido de amenizar a transmissão do vírus. Por isso, a população deve eliminar os focos do Aedes aegypti. Entre as ações a serem adotadas e que precisam ser constantemente revisitadas estão: não juntar entulhos que possam promover o acúmulo de água, limpeza de vasos, calhas e demais locais usados para o armazenamento de água, como caixas d’água, baldes, garrafas e vasos de plantas, além do uso de repelentes.

SINTOMAS - Em caso de sintomas como febre e manchas na pele, além de dor nos olhos, conjuntivite, dor no corpo e nas articulações, dores de cabeça ou outra manifestação, é vital a busca por atendimento médico. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar o agravamento da doença ou um possível óbito.

Os médicos do Hospital Mugda, em Daca, na capital de Bangladesh, estão sobrecarregados. Três das dez alas do estabelecimento estão lotadas de pacientes com dengue, em uma epidemia sem precedentes no país.

Nupur Akter, de 21 anos, tenta alimentar sua irmã mais nova, Payel, mas a criança não tem apetite. A menina teve que ser hospitalizada às pressas há duas semanas devido a "tremores incontroláveis".

O jovem está atento a qualquer sinal de melhora, mas tem a impressão de que sua irmã está mais fraca.

Bangladesh enfrenta, neste ano, sua pior epidemia de dengue, com um recorde de 1.030 mortes e mais de 210.000 casos confirmados desde o início de 2023.

No ano passado, a doença transmitida por mosquitos matou 281 pessoas deste país do sul asiático.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse aumento se deve à mudança climática.

A doença endêmica em zonas tropicais causa febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dores musculares e, nos casos mais graves, hemorragias que podem levar à morte.

Segundo o diretor do Hospital Mugda, Mohammad Niamatuzzaman, os clínicos gerais ficaram sobrecarregados e tiveram que chamar seus colegas de serviços especializados.

- "Tenho medo"-

"É uma emergência, mas uma emergência de longo prazo", declarou Niamatuzzaman à AFP. Neste ano, seu hospital já registrou 158 mortes relacionadas à dengue, um índice cinco vezes maior do que no ano passado.

Mohammad Sabuj, um joalheiro de 40 anos, teve que ser hospitalizado às pressas. Agora ele está melhor, mas está preocupado em ver que "quase cada família" de seu bairro tem alguém doente com dengue.

Um de seus amigos, um médico, faleceu. "O fato de um médico não ter conseguido se salvar é algo que me assusta", acrescenta. "Se algo acontecer comigo, o que acontecerá com meus filhos?" ele questiona, preocupado.

A hospitalização é gratuita, mas os pacientes precisam pagar por alguns medicamentos. O centro público de análises médicas está lotado e os laboratórios privados são muito caros para grande parte da população.

Abdul Hakim, um trabalhador da construção civil de 38 anos, cuida de seu filho de dois anos. Ele conta que perdeu o emprego desde que seu filho adoeceu - seu salário era a única fonte de renda da família.

"Tive que fazer um empréstimo para pagar pelos exames, medicamentos e outras despesas (...) para salvá-lo", explica.

Um quarto dos pacientes com dengue no Hospital Mugda são crianças. No mundo, 10% dos mortos são crianças com menos de 15 anos.

Bangladesh registra casos de dengue desde a década de 1960, mas sua primeira epidemia confirmada foi em 2000.

Os cientistas atribuem o surto de 2023 à irregularidade das chuvas e às temperaturas mais quentes durante o período de monções, que criaram condições ideais para a reprodução dos mosquitos.

Segundo a OMS, a dengue e outras doenças como chikungunya, febre amarela e zika, transmitidas por mosquitos do gênero Aedes - também conhecidos como mosquito-tigre -, se espalham mais rápido e para lugares mais distantes devido à mudança climática.

O diretor do Hospital Mugda observa que agora seu estabelecimento está recebendo pacientes de áreas rurais onde nunca antes foram registrados casos de dengue.

Alep Kari, de 65 anos, veio do distrito rural de Shariatpur, onde os serviços de saúde não sustentam a demanda.

"Raramente na minha vida ouvi falar dessa doença", diz o homem, cuja esposa, também com dengue, foi hospitalizada.

"É a primeira vez que temos essa febre em nossa aldeia", afirma. "Muitas pessoas foram infectadas".

Virginia Fonseca vive usando suas redes sociais para mostrar o que anda fazendo, seja seu trabalho, ou momentos com as filhas, Maria Flor e Maria Alice. Entretanto, não é sempre que a esposa de Zé Felipe está em seu melhor momento - e não tem nenhum problema em compartilhar os perrengues com os fãs.

No último domingo, dia 1º, a influenciadora usou os Stories para revelar que precisou dar uma pausa em sua rotina corrida para cuidar de sua saúde. Isso porque ela estava passando muito mal e até chamou enfermeiras para cuidar dela.

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Depois de fazer alguns testes, ela descobriu que está com dengue e começou a se tratar. Para isso, ela tomou cinco soros e uma injeção muito dolorida e comentou que, apesar de ter acabado, ainda não está se sentindo super bem:

- Depois de cinco soros e injeção, acabou. [...] Deu uma melhorada , mas, a minha cabeça está explodindo.

Em seguida, a amada de Zé Felipe falou sobre os boatos de gravidez que anda vendo nas redes sociais. Muitos internautas perceberam que a famosa estava sendo cuidada por enfermeiras da Maternidade Ela e levantaram a hipótese de Virginia estar esperando mais um bebê. Entretanto, a influenciadora esclareceu que tem muita amizade com as profissionais de lá.

- Está saindo muita coisa falando que eu estou grávida, que ontem a moça que veio aplicar o soro em mim é da Maternidade Ela. Sim, quando eu estava grávida da Maria Flor, eu passei muito mal e o pessoal da maternidade vinha e fizemos amizade. Então, sempre quando eu preciso, vêm as enfermeiras de lá.

Por fim, Virginia Fonseca confessou aos fãs que não está grávida. Apesar de ter passado mal nas últimas gestações, ela revelou que o mal estar nunca foi tão forte como esse e ainda deixou bem claro que vai contar aos seguidores quando estiver com o terceiro filho na barriga.

Fiz o teste dia 30. Quando eu estiver grávida, vou falar para vocês, gente, juro. Não estou escondendo como nunca escondi de vocês.

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