Levy quer se reunir com Câmara na próxima terça (16)
O ministro ligou para reagendar o encontro com o governador. Entre as pautas, a prioridade é a discussão das operações de crédito
A conversa entre o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e o ministro da Fazenda Joaquim Levy deve ser realizada na próxima terça-feira (16). Segundo o socialista, o representante do Governo Federal ligou hoje para marcar o novo encontro, mas ele ainda irá verificar sua disponibilidade de agenda. Entre as pautas a serem tratadas está às operações de crédito.
Em conversa com a imprensa após reunião em defesa da implantação do hub da Latam no Recife, o governador reconfirmou que a reunião com Levy não ocorreu porque foi chamado às pressas para o Congresso, mesmo assim, o secretário Estadual da Fazenda, Márcio Stefanni conseguiu conversar com representantes do ministro.
“Nosso secretário da Fazenda se reuniu com a equipe dele. Adiantou todas as questões dos dados que precisa conversar e já estamos verificando a possibilidade. Ele já hoje nós ligou para reagendar para a terça-feira e eu estou vendo minha condição de ir para Brasília fazer uma reunião pessoalmente”, confirmou, alegando ter urgência. “Porque nós também temos pressa em resolvermos essa questão do plano de ajuste fiscal”, pontuou.
Câmara também lamentou a conversa não ter sido nessa quarta (10), mas frisou que Steffanni adiantou muita coisa com a equipe de Levy. “Era importante ter tido porque já avançaríamos um pouco mais, mas teve a condição que a equipe dele recebeu todos os dados nosso. Estão analisando e na próxima reunião que tiver com o ministro Levy vai ser uma reunião mais terminativa em relação aos desdobramentos necessários se vai ser possível ou não atender os nossos pleitos”, destacou.
Confirmando que as operações de créditos é uma das pautas prioritárias, o governador adiantou as possíveis parcerias com bancos nacionais e internacionais. “Já temos engatilhado algumas operações de crédito junto aos organismos internacionais, tanto o Banco Mundial como o Banco Interamericano e também, em relação ao BNDES e condições de fazer operações com a Caixa Econômica. Hoje a Caixa não tem desmobilizado nenhuma operação, mas quando divulgar nós termos condições de fazer também”, confirmou.
O governador também fez questão de comentar a importância do diálogo com a esfera nacional. “É importante a conversa com o Governo Federal porque há um indicativo de frustração de receitas em 2015 e uma perspectiva do cenário econômica em 16 não ser tão desfavorável. E, como temos um PAF feito em 2014, ele precisa ser ajustado, então, uma das conversas que precisa ser feita é ajustar o plano de ajuste fiscal tanto de 15, quanto de 16 e de 17”, destrinchou.
Questionado quais obras pretendia fazer com os R$ 430 milhões do BNDES que falta apenas liberação do tesouro nacional, o governador descreveu as principais áreas beneficiadas. “Tem obras relativas de mobilidade que estão aguardando, obras de recursos hídricos. São R$ 430 mil de um repasse que já está pactuado, que são para essas obras de infraestrutura, de mobilidade, algumas obras rodoviárias e envolve também escolas”, destacou, acrescentando outra área específica. “A maioria é obra em andamento e a questão hídrica. Nós temos muita pressa em finalizar as obras hídricas diante até do quadro que nós estamos passando: o quarto ano de estiagem”, revelou.