Tucano: veto ao fim do fator previdenciário é incoerência
Carlos Sampaio disse que um possível veto presidencial ao fim do fator previdenciário será uma demonstração de incoerência da presidente Dilma Rousseff
O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), disse que um possível veto presidencial ao fim do fator previdenciário será uma demonstração de incoerência da presidente Dilma Rousseff. Nesse caso, afirmou, o Congresso terá de trabalhar para derrubar o veto ou buscar uma solução para o fator através de nova votação sobre o tema. "Se ela vetar vai demonstrar que não tem coerência com seu partido, que sempre foi favorável ao fim do fator previdenciário", concluiu o tucano.
Sampaio negou que o PSDB esteja atuando para aumentar o clima de "quanto pior, melhor" e negou incoerência de seu partido hoje. O fator previdenciário foi criado no governo Fernando Henrique Cardoso, com oposição do PT. "O fator previdenciário cumpriu seu ciclo. Ele veio para que as pessoas não se aposentassem tão cedo. O PSDB propôs a substituição para uma metodologia mais justa porque beneficia quem começou a recolher para a previdência mais cedo", justificou.
O líder criticou a discussão restrita ao Executivo sobre a possibilidade de manutenção da proposta aprovada pelo Congresso e considerou que a postura se deve ao afastamento de Dilma em relação aos parlamentares, principalmente sua base aliada. A tendência, apontou, é o governo ter mais dificuldades de aprovar projetos de seu interesse.
"Agora vamos ver qual será a postura da presidente Dilma: se ela agirá com coerência partidária ou se ela deixará de lado o que sempre pregou seu partido, que foi contra o fator previdenciário", afirmou.