Romário nega que esteja sendo pago por refiliação ao PSB
Segundo ele, a Revista Veja apontou que ele teria negociado o aluguel da casa onde mora na capital carioca pelo retorno a legenda. Além disso, o senador também negou ter conta não declarada na Suíça
O deputado federal Romário negou em nota publicada nas redes sociais, neste sábado (25), que o PSB tenha pago pela refiliação dele a legenda. De acordo com o possível candidato a prefeito do Rio de Janeiro, uma matéria publicada pela Revista Veja nesta semana aponta que ele teria negociado o aluguel da casa onde mora na capital carioca em troca do seu retorno ao partido.
Além disso, o ex-jogador também rebate a afirmativa de que ele mantém uma conta na Suíça com R$ 2,1 milhões de francos e ironiza o periódico. “Obviamente, fiquei muito feliz com a notícia, assim que possível, irei ao banco para confirmar a posse desta conta, resgatar o dinheiro e notificar à Receita Federal”, diz no texto.
“Espero que seja verdade, como trabalhei em muitos clubes fora do Brasil, é possível que tenha sobrado algum rendimento que chegou a essa quantia. Estou me sentindo um ganhador da Mega Sena, só que do meu próprio honesto e suado dinheiro”, acrescenta.
Romário ainda indaga a veracidade da publicação, já que, segundo ele, a matéria não apresenta fontes e garante que nada vai tirar o foco sobre o futuro político dele, ou seja a concorrência pela prefeitura do Rio.
Veja o texto na íntegra:
Na quinta-feira, fui informado por um repórter da Veja que eu tinha uma conta na Suíça com o saldo de alguns milhões. A matéria saiu na edição impressa da revista. Obviamente, fiquei muito feliz com a notícia, assim que possível, irei ao banco para confirmar a posse desta conta, resgatar o dinheiro e notificar à Receita Federal.
Espero que seja verdade, como trabalhei em muitos clubes fora do Brasil, é possível que tenha sobrado algum rendimento que chegou a essa quantia. Estou me sentindo um ganhador da Mega Sena, só que do meu próprio honesto e suado dinheiro.
O que há de estranho nisso é a informação da revista de que a aplicação seria de 2013. Certeza que eu não fiz nenhuma aplicação no período recente. Também não recebi nenhuma notificação do Ministério Público a respeito. Mas como se trata da revista Veja, se a informação estiver errada, não será uma surpresa. Essa mesma matéria diz, por exemplo, que eu desfilo de Ferrari pelas ruas do Rio, algo impossível já que o carro já não se encontra na cidade há alguns anos. A saber, o veículo foi comprado em 2004. O repórter diz ainda que eu teria negociado com meu partido, o PSB, o pagamento do aluguel da casa onde moro no Lago Sul, como uma forma de compensar minha refiliação a legenda. Essas e outras mentiras costuram o enredo de uma farsa. Coisa que a revista tem expertise em fazer.
Se vocês lerem a matéria, perceberão que não há uma fonte sequer identificada de acusações contra mim. Vale informar que durante as eleições do ano passado, essa mesma cretina revista tentou publicar essa matéria contra mim, com claras motivações políticas. A matéria não saiu, na época, por falta de consistência. Não é de suspeitar que uma semana depois de eu despontar com alto índice de intenções de votos para a prefeitura do Rio, a publicação tenha sido resgatada com este fato novo da conta na Suíça. Difícil é esperar credibilidade de uma revista como essa, que vende capa.
Espero que, pelo menos, a conta seja verdade. Porque dinheiro honesto, ganho com muito suor, não faz mal a ninguém. Bom lembrar que problemas financeiros todo mundo tem e os meus sempre foram com recursos privados, nunca nada com R$ 1 de dinheiro público.
Ademais, podem atacar, mas eu continuarei presidente da CPI do Futebol e imbuído de vontade de moralizar o futebol brasileiro.
Sobre o meu futuro político, nada vai tirar meu foco!
Aos meus concorrentes, minhas pretenções se fortalecem com matérias como essas.
Aos repórteres que assinam mentiras, nos vemos na justiça.