Oposição vai articular frente única contra CPMF e impostos
A intenção, segundo os líderes do DEM no Senado e na Câmara, é "barrar" as propostas que "iludem" a população
O anúncio de cortes, a recriação do CPMF e a pretensão do Governo Federal de ampliar os impostos provocou uma reação negativa da bancada de oposição na Câmara dos Deputados e no Senado. De acordo com o líder do Democratas (DEM) no Senado, Ronaldo Caiado, os colegiados opositores vão lançar uma frente única para tentar barrar as alternativas da União.
Sob a ótica de Caiado, o Congresso não vai referendar esse “ataque a população” e “jogo de cena” da presidente. "Dilma faz um jogo de cena, não faz um corte significativo de ministérios nem cargos de apadrinhados e ainda resolve repassar a conta do desastre de seu governo para o brasileiro. Vamos fazer uma ampla frente ao lado da população contra aumento de carga tributária. O Congresso não vai referendar esse ataque", afirmou.
Segundo o senador, a frente deve articular nas duas Casas a “melhor forma de obstruir qualquer tentativa do governo de passar a conta pelo desajuste que ele mesmo realizou no orçamento para o contribuinte”. "É a pá de cal no governo do PT essa tentativa de recriar a CPMF e aumentar impostos. O governo não precisa recriar a CPMF para falar em cortes de gastos, mas prefere centrar no aumento da carga tributária em vez de cortar em sua estrutura. É brincar com a inteligência do brasileiro", declarou.
Os argumentos de Caiado foram corroborados pelo líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho, que pretende além de ingressar na frente parlamentar para barrar as propostas lançar a campanha “Basta de Impostos!”. “Rechaçamos a criação da CPMF, mesmo que provisória. O governo do PT precisa entender que o país não suporta uma carga tributária de 36% e déficit público de 8% do PIB”, afirmou.
Segundo o pernambucano, o governo não percebe que “a população está cansada de carregar nas costas um governo que não funciona e está mergulhado em graves denúncias de corrupção”. Para o democrata as soluções para a crise fiscal estão no enxugamento da máquina e não no aumento de impostos.
“O governo não reduz o número de ministérios, de cargos comissionados e insiste no aumento de impostos como solução para a crise”, disparou. “É mais uma demonstração de falta de compromisso com o reequilíbrio das contas públicas, destruídas pelo governos petistas, cujas consequências estão sendo sentidas pela população que não encontra emprego e paga mais caro por tudo, além de enfrentar uma grave recessão”, acrescentou o democrata.