Coronel Mário assume intervenção de Gravatá nesta quarta
Designado pelo governador Paulo Câmara (PSB), o interventor afirmou que pretende agir visando a melhoria dos serviços públicos na cidade
Escolhido como interventor estadual na Prefeitura de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, o coronel Mário Cavalcanti afirmou, nesta terça-feira (17), que pretende conduzir com transparência a administração da cidade. Para isso, Cavalcanti elencou como uma das primeiras ações a montagem de um diagnóstico da situação local, com base nas informações coletadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), do Ministério Público (MPPE) e do Tribunal de Justiça (TJPE).
“Temos que nos debruçar em todas as denúncias e nos aprofundarmos. Vai ser um trabalho de parceria [com os órgãos de fiscalização pública] e em defesa dos recursos públicos que precisam ser bem aplicados, com transparência e a maior eficiência possível”, observou o coronel.
O interventor assume o cargo do prefeito Bruno Martiniano (sem partido) após a aprovação do pedido de intervenção, por unanimidade, pelo TJPE. Com a medida, foi declarada vacância na função e o governador Paulo Câmara (PSB) precisou nomear alguém para administrar o município até dezembro de 2016.
Cavalcanti inicia as funções administrativas de intervenção no município a partir desta quarta-feira (18), às 8h. Com ele, seguem servidores estaduais das áreas de administração, controladoria, saúde, educação, imprensa e da Procuradoria Geral do Estado. “Tenho alguns nomes já na cabeça, vamos conversar com o governador para que ele possa autorizar a cessão e amanhã já vamos começar esse trabalho de leitura e a construção do relatório”, disse, sem adiantar nomes.
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Apesar de se dizer surpreso com o convite, que aconteceu segundo ele durante o almoço, Mário Cavalcanti disse que pretende “fazer o possível para atender as expectativas”. “Esperamos traduzir isso [a confiança] em melhoria de vida para a população de Gravatá”, frisou.
Como a má gestão do dinheiro público foi um dos principais itens para a aprovação da intervenção, o coronel alertou que pretende reduzir os gastos iniciando pelo corte de secretarias. “Vamos ver com quantas secretarias ficaremos lá. A tendência é reduzir bastante para que possamos, como modelo de gestão, gastar menos e poder aumentar a receita do município para equilibrar a situação”, argumentou.
Sobre uma das principais possíveis licitações fraudadas, citada pelo processo de intervenção, que escolherá a empresa para a coleta do lixo na cidade deve seguir os trâmites legais já que o resultado estava previsto para a ser aberto esta semana. “Não vamos atrasar. Faremos o possível para que tudo possa ter o desempenho o mais correto e legal possível”, garantiu.