Dilma questiona alegação de que há pedaladas em 2015

Petista é acusada de cometer pedaladas fiscais no valor de R$ 2,5 bilhões em 2015

por Giselly Santos sab, 05/12/2015 - 15:25
Líbia Florentino/LeiaJáImagens Segundo a presidente, não há fundamentos para alegar que a prática seja crime e endosse um pedido de impeachment Líbia Florentino/LeiaJáImagens

Diante das acusações de novas pedaladas fiscais em 2015, a presidente Dilma Rousseff (PT) questionou, neste sábado (5), a avaliação do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, sobre a gestão fiscal do governo e afirmou ver com estranheza a alegação de que neste ano a prática foi repetida. Em coletiva à imprensa, após uma reunião para o monitoramento do combate ao aedes aegypti no Recife, a petista questionou que o assunto seja a justificativa do processo de impeachment que tramita contra ela no Congresso e disse que tais práticas eram legais.

“Achamos estranhíssimo que possa ter pedaladas fiscais no ano de 2015, sendo que 2015 nem foi concluído ainda. É complexa esta questão. Discordamos das opiniões do ministro Nardes”, disse. Em passagem por Pernambuco nesta semana, o magistrado revelou que as pedaladas deste ano já somam R$ 2,5 bilhões e estão em análise no TCU após uma notificação do Ministério Público Federal. 

“Era absolutamente legal as práticas de que me acusam no governo do Lula e no anterior ao do Lula. Não é só no meu governo que elas acontecem, mas em todos os governos”, justificou. Mostrando-se tranquila sobre o assunto, Dilma Rousseff aproveitou para questionar as funções do TCU quando ao julgamento das contas públicas. “O Tribunal de Contas da União não tem poder de julgar contas, nem as minhas nem as de ninguém. Ele é um órgão de assessoramento”, disparou.

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Diante da imprensa, a petista também reforçou que o pedido de impeachment “não tem fundamentos” e reiterou não ter cometido atos ilícitos ou guardar dinheiro em bancos do exterior. “É importante que a questão seja colocada nos seus devidos termos. Não há base neste processo. Ele tem outros fundamentos que eu lamento porque coloca em questão a maturidade da democracia”, alfinetou. 

 

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