Oposição critica descaso na gestão da UPA do Arruda

Concluída desde 2014, a unidade de saúde ainda não entrou em funcionamento. Falta de uso tem causado deterioração do equipamento

por Giselly Santos seg, 15/02/2016 - 15:50
Divulgação/Assessoria de Imprensa Concluída desde outubro de 2014, segundo o colegiado, a unidade ainda não foi inaugurada Divulgação/Assessoria de Imprensa

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco questionou, nesta segunda-feira (15), a falta de utilidade pública da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) localizada no bairro do Arruda, no na zona norte do Recife. Concluída desde outubro de 2014, segundo o colegiado, a unidade ainda não foi inaugurada. 

De acordo com o líder da bancada, deputado Silvio Costa Filho (PTB), o descaso no local foi alvo de denúncias no site criado pela oposição para fiscalizar os serviços públicos estaduais – o Pernambuco de Verdade. Para verificar a situação da unidade, o petebista visitou as instalações após o carnaval e, segundo ele, há um “cenário de completo abandono da UPA, que hoje se encontra sem nenhuma condição de uso”.

“O governo investiu cerca de R$ 6 milhões nesta obra e, hoje, se quiser coloca-la em operação vai precisar gastar pelo menos mais R$ 1 milhão”, criticou Costa Filho pontuando que as instalações elétricas deterioradas, vidros quebrados e instalações hidráulicas danificadas.  

Para o deputado, o mais grave é que apesar do quadro de carência de atendimento na capital pernambucana, sob a ótica dele, “nem o governador Paulo Câmara, nem o prefeito Geraldo Júlio, que teria o papel de cobrar uma posição de seu aliado, se pronunciam sobre o empreendimento”.

O parlamentar lembra que a UPA do Arruda já foi alvo de denúncia da oposição, em março do ano passado, assim como outras unidades igualmente prontas, mas que não foram entregues à população, como a UPA de Goiana, por exemplo. “Esse é um dos maiores exemplos da falta de planejamento do governo do PSB no Estado, que anuncia obras, coloca placas, mas não coloca em operação por falta de recursos técnicos e humanos”, avaliou.

Fazendo um balanço dos leitos hospitalares da rede estadual, Costa Filho afirmou que o primeiro ano da gestão de Paulo Câmara foi marcado pelo fechamento de 353 leitos de acordo com dados do Datasus. “Em dezembro de 2014, Pernambuco tinha 5.827 leitos de internação em sua rede estadual, número que caiu para 5.474 em outubro do ano passado. São 353 leitos a menos”, comparou.

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