Pernambucanos são levados para São Paulo na Custo Brasil

Detidos foram identificados como Emanuel Dantas do Nascimento, de 54 anos, e Joaquim José Maranhão da Câmara, 52, sócios da empresa Consucred Serviços de Consultoria

por Jorge Cosme qui, 23/06/2016 - 12:03
Divulgação/Polícia Federal Em pernambuco, foram apreendidos notebook, HDs e planilhas de empréstimos consignados Divulgação/Polícia Federal

Os empresários presos no Recife na Operação Custo Brasil, deflagrada nesta quinta-feira (23), pela Polícia Federal estão sendo transferidos para São Paulo, onde vão depoimento. Eles foram identificados como Emanuel Dantas do Nascimento, de 54 anos, e Joaquim José Maranhão da Câmara, 52, sócios da empresa Consucred Serviços de Consultoria.  

A Polícia Federal deteve Emanuel Dantas na Avenida Boa Viagem, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Já Joaquim Maranhão foi preso no bairro da Jaqueira, na Zona Norte da capital. O voo deve para São Paulo deve sair por volta das 13h.

A participação dos empresários nos crimes investigados ainda não foi detalhada. Os investigadores cumpriram mandados de busca e apreensão na residência dos suspeitos e na sede da Consucred, localizada na Ilha do Leite, na área central da cidade. A PF apreendeu um notebook, dois HDs e planilhas de empréstimos consignados. 

Está sendo apurado na Operação Custo Brasil o pagamento de propina proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, na ordem de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

Segundo a Polícia Federal, há indícios de que o MPOG direcionou a contratação de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados, interessados na concessão do crédito consignado. A polícia apurou que 70% dos valores recebidos pela empresa eram repassados a pessoas ligadas a funcionários públicos ou agentes públicos com influência no ministério através de outros contratos, fictícios ou simulados. 

Ao todo, estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 40 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de condução coercitiva em Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e São Paulo. 

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