Impeachment fortalecerá a democracia, considera Aécio

Senador mineiro disse que não acredita que o depoimento de Dilma na segunda-feira (29) possa reverter o quadro de afastamento definitivo

por Dulce Mesquita qui, 25/08/2016 - 18:50
Geraldo Magela/Agência Senado Para o senador, o posicionamento de quem é a favor do impeachment combate a impunidade Geraldo Magela/Agência Senado

Apesar de os aliados da presidente afastada Dilma Rousseff ainda terem a esperança de que ela não sofra o impeachment, a base governista já dá como certo o afastamento definitivo. “A democracia no Brasil sairá muito mais forte após o desfecho desse processo”, salientou o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Para ele, o depoimento do procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, está contribuindo para provar que Dilma cometeu crime de responsabilidade. “O procurador Júlio Marcelo foi absolutamente exemplar, não só agora, mas desde o início desse processo. Portanto, os próximos depoentes terão enorme dificuldade de contrapor-se aos argumentos e as posições externadas até aqui por ele”, considerou.

Sobre a ida de Dilma ao plenário do Senado na segunda-feira (29), Aécio disse que espera um clima respeitoso, mas não acredita que o depoimento dela irá mudar votos. “A presidente vem a nossa Casa, vem ao Senado Federal, e aqui será por nós recebida com o mais absoluto respeito, por mais contundentes que possam ser as indagações. A nossa orientação é de que ela seja tratada com respeito. Ela ainda é a presidente, afastada, mas é a presidente da República. E nós esperamos que ela ao responder as indagações haja da mesma forma”, frisou.

O tucano falou ainda sobre a ida do ex-presidente Lula ao Senado para assistir ao depoimento de Dilma. “É um direito dele. Ele certamente tem o convite de algum parlamentar para estar aqui. Mas o que nós estamos aqui definindo nada tem a ver com o presidente Lula e com as suas posições políticas. Tem a ver com o crime cometido pela presidente da República”.

Para o senador, o posicionamento da oposição encobre o crime cometido, enquanto o de quem é a favor do impeachment combate a impunidade. “O que vai ficar pra história foi uma opção que o Brasil fez entre duas. A primeira é de dar um salve conduto, quando admite-se o crime, mas faz-se vista grossa. Esse é o caminho da impunidade, que o Brasil não aceita mais. O outro é cumprir a Constituição, provar que houve um crime. E o relatório do senador [Antonio] Anastasia é absolutamente completo em cada momento que esse crime foi cometido”.

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