Temer diz a ministros que não é centralizador
O presidente fez sua primeira reunião ministerial assegurando que ele e sua equipe vão trabalhar para colocar o Brasil "nos trilhos"
O presidente Michel Temer fez sua primeira reunião oficial com seus ministros, no final da tarde desta quarta-feira (31), e destacou desde o momento inicial que seu modo de governar é descentralizador. A afirmação vem depois de discursos de senadores durante sessão de julgamento de impeachment, quando os senadores disseram em vários momentos que Dilma Rousseff era centralizadora e não costuma ser aberta ao diálogo.
“A minha fórmula de governar é por meio da descentralização, da ação sem embargo da centralização das decisões. Tanto isto é verdade que ao longo deste período todos os ministros iam agindo por conta própria, mas despachavam comigo ou em grupo ou individualmente para dizer aquilo que estava sendo feito e tudo foi muito bem feito. Tão bem feito que penso que isto resultou, digamos assim na efetivação de todos, na minha e na dos senhores ministros”, avaliou.
Apesar de levantar a moral dos ministros com os elogios a atuação deles na gestão interina, Temer pontuou que com a sua posse como presidente, ele fará maiores cobranças. “Agora, entretanto, nos inauguramos uma nova fase, uma fase que nós temos um horizonte de dois anos e quatro meses, a partir de hoje a cobrança será muito maior em relação ao governo e espera-se que nesses dois anos e quatro meses nós façamos aquilo que temos alardeado, ou seja, colocar o Brasil nos trilhos, colocar o Brasil nos trilhos significa coloca-lo em todas as áreas. Não basta que o presidente da República centralize as decisões e determine quais sejam as formas de execução. Importa sim que os senhores tenham capacidade como têm, de conduzir as suas pastas com vistas exatamente a esse critério”, disse.
O peemedebista também frisou a sua equipe ministerial que a principal preocupação e uma das principais demandas de sua gestão será a de gerar emprego, tendo em vista que o Brasil tem quase 12 milhões de desempregados, segundo dados do IBGE, divulgados nesta terça-feira (30). “Que em dois anos e quatro meses nós passamos sair daqui com os aplausos do povo brasileiro. Não será fácil, não estou dizendo que será uma coisa tranquila porque nós temos essa margem enorme de desempregados. Os quase 12 milhões de desempregados é uma cifra assustadora e eu quero dizer que não há uma coisa mais indigna do que um desemprego, isto fere um dos princípios constitucionais, que é exatamente o princípio da dignidade humana”, discursou.