Humberto: 'Estão criminalizando estudantes e movimentos'
Líder do PT no Senado avaliou a ação da polícia na Escola Florestan Fernandes, do MST, como uma “tentativa de calar as vozes destoantes do governo”
Líder do PT no Senado, Humberto Costa avaliou como uma “tentativa de calar as vozes destoantes do governo” a ação da Polícia Civil de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (4), na escola de formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Florestan Fernandes. Encarada pelo petista como “invasão”, Humberto disse que a investida “acende um sinal amarelo no país sobre o respeito à liberdade individual e de expressão” e revela a intenção de setores da política de “criminalizar estudantes e movimentos sociais".
A ação fez parte da Operação Castra, deflagrada em três estados, para investigar um grupo suspeito de furto e dano qualificado, roubo, invasão de propriedade, incêndio criminoso, cárcere privado e porte de arma ilegal.
“O que aconteceu em São Paulo é inaceitável. Invadiram uma escola de formação com mais de 200 pessoas, chegaram atirando e pessoas saíram feridas. Tudo isso sem nenhuma autorização judicial. Vamos ser o país em que se atira em jovens, se invadem escolas? Ou um País em que a educação, a formação e o respeito às diferenças são fundamentais?”, indagou.
“Ações como essa remontam a um tempo infeliz da nossa história, a ditadura militar, onde milhares morreram apenas por defender opiniões contrárias ao governo. A esse tempo não podemos voltar jamais”, emendou o senador, cobrando “respostas rápidas” para “uma das mais graves ações da polícia contra os movimentos sociais e não pode ser tolerada”.