No Recife, Jungmann defende atuação das Forças Armadas

De passagem pela capital pernambucana, Ministro da Defesa assegurou que a ordem e a segurança pública em Pernambuco caminham normalmente

por Eduarda Esteves seg, 12/12/2016 - 15:08
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens Para o ministro da Defesa, a integração entre as forças federais e os órgãos de segurança pública de Pernambuco é imprescindível para o sucesso da Operação Paulo Uchôa/LeiaJáImagens

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, discutiu a atuação em regime especial das Forças Armadas na Região Metropolitana do Recife (RMR), na manhã desta segunda-feira (12), durante reunião operacional no Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR). Além de Jungmann, participaram da reunião o secretário de Defesa Social, Ângelo Gioia, e o comandante Militar do Nordeste, general Artur Costa Moura.

A Operação Leão do Norte agrupou aproximadamente 3.500 militares para atuar com as mesmas competências da PM no Grande Recife. Tropas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica realizam um patrulhamento ostensivo, revistas em pessoas e prisões em flagrante, caso necessário.  Para o ministro da Defesa, a integração entre as forças federais e os órgãos de segurança pública de Pernambuco é imprescindível para o sucesso da Operação.

"Até o momento não temos nenhuma ocorrência grave e nenhum registro de desordem no Grande Recife de sexta-feira (9) até hoje. Nossa perspectiva é que tenhamos um retorno progressivo do policiamento na sua totalidade porque a situação caminha para a normalidade", afirmou Jungmann. O ministro assegurou que a ordem e a segurança pública em Pernambuco caminham normalmente. "Não haverá desordem", disse.

Após quatro dias do início da atuação dos militares na RMR, o secretário de Defesa Social, Ângelo Gioia, pontuou que ainda não há um balanço das ações realizadas pelas Forças Armadas. "Ainda não temos esses dados, mas a atuação ostensiva é sempre inibitória. Fizemos operações regulares da polícia civil e militar e os números serão fechados posteriormente. Seguimos com uma situação de tranquilidade", afirmou.

Após a reunião operacional com os principais chefes da segurança pública de Pernambuco, Jungmann conversou com a imprensa e defendeu a criação de uma Guarda Nacional extraordinária para essas situações de anormalidade. "Essa guarda seria liderada e treinada pelas Forças Armadas, não tendo nenhum tipo de competição com a polícia local", disse. O ministro explicou que esse efetivo atuaria em momentos de desordem e de forma fixa no local. 

O custo para o Governo Federal pela atuação das Forças Armadas no Grande Recife é de R$ 2,3 milhões. O valor foi repassado pelo almirante Ademir Sobrinho, chefe do Estado Maior das Forças Armadas. De acordo com o comandante Militar do Nordeste, general Artur Costa Moura, o patrulhamento está sendo exercido com êxito e até o momento não há necessidade de aumentar o efetivo de militares. "Estamos fazendo rondas a pé, jipes, caminhões e um monitoramento aéreo, também", concluiu.

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