Edinho Silva nega caixa dois na campanha de Dilma
Para o ex-tesoureiro, "tal afirmação se constitui em um verdadeiro absurdo" e, "mais uma vez fica nítida a tentativa de construção de uma tese que tem como objetivo a criminalização da campanha Dilma 2014"
O ex-tesoureiro da campanha à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e atual prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT), refutou a menção feita pelo ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar de que ele teria pedido R$ 30 milhões por meio de caixa 2. "Jamais pedi doações que não fossem legais. As dezenas de doadores da campanha Dilma 2014 sabem disso", frisou Edinho, que classificou a menção como "uma afirmação sem nexo e sem lastro na realidade".
Em depoimento nessa segunda-feira (6), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no processo que investiga supostas irregularidades da chapa liderada por Dilma em 2014, Alencar, que ainda é delator na Lava Jato, disse que o pedido de doação irregular partiu do próprio Edinho.
Para o ex-tesoureiro, "tal afirmação se constitui em um verdadeiro absurdo" e, "mais uma vez fica nítida a tentativa de construção de uma tese que tem como objetivo a criminalização da campanha Dilma 2014. Todas as coligações que disputaram aquele pleito construiriam coligações ideológicas".
Edinho comparou ainda a acusação de Alencar à do executivo Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, que o acusou, também em depoimento ao TSE, de ter recebido propina de R$ 1 milhão durante a campanha. Em um novo depoimento, Azevedo mudou a versão e disse que a contribuição foi regular e voluntária. "Tal acusação (feita na segunda-feira por Alencar) é mentirosa e não ficará 'em pé', como se desmoralizou a tese mentirosa, construída, em circunstâncias idênticas, por um executivo da Andrade Gutierrez", concluiu.