"Vamos derrotar a burguesia nas ruas e nas urnas"

O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, em entrevista ao LeiaJá, falou sobre o protesto que inicia, na tarde desta sexta (31), contra as reformas propostas pelo governo Temer

por Taciana Carvalho sex, 31/03/2017 - 16:08
Brenda Alcântara/LeiaJáImagens Brenda Alcântara/LeiaJáImagens

Nesta sexta-feira (31), manifestantes devem continuar os protestos, em diversos estados brasileiros, no Dia de Mobilização contra a Reforma da Previdência em Defesa dos Direitos. No Recife, a concentração acontece, no início desta tarde, na Praça do Diário, no centro da capital pernambucana. 

Em entrevista ao LeiaJá, o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, ressaltou que o ato é mais uma preparação para uma “greve geral” que está marcada para acontecer no dia 28 de abril. Durante uma reunião da Direção Nacional da CUT, realizada na última quarta (29), em Brasília, ficou definido que a central promoverá o “abril vermelho”, no qual deverão acontecer diversas ações contra as propostas defendidas pelo governo Temer.  

Mais uma vez, Veras convocou a população para as ruas para o que chamou de “grande atividade”. “Que inicia as nossas mobilizações para a greve contra as reformas previdenciária e trabalhista. Convidamos todo mundo para as ruas. A greve que irá acontecer em abril é por conta de todos esses ataques. Os trabalhadores e as trabalhadoras precisam se mobilizar para barrar as greves e paralisações”, disse. 

Veras falou que acredita, piamente, que é possível barrar a reforma da Previdência. “Já conseguimos uma derrota grande, ontem, quando impedimos que o golpista Mendonça Filho [ministro da Educação] terceirizasse as universidades públicas autorizando que elas pudessem cobrar pelas matrículas. Já conseguimos uma grande vitória. Derrotamos ele, ontem, e vamos derrotar nas reformas trabalhista e na previdenciária”, afirmou. 

Ele se referiu a rejeição da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), por falta de votos na Câmara dos Deputados, que autorizaria, se aprovada, essas instituições do Estado e institutos federais a cobrarem por cursos de extensão e especializações.  304 parlamentares votaram a favor e 139 contra a matéria. 

O sindicalista ainda foi questionado se a candidatura de Lula, em 2018, e uma possível vitória, seria uma forma de barrar o governo que considera "golpista". Carlos Veras foi contundente ao enfatizar que, de uma forma ou de outra, as reformas não passarão. “Caso não for Lula, virá outro, mas nós vamos derrotar as burguesias nas ruas e nas urnas”, concluiu.

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