"Vida do povo melhorou com Lula", afirma Lindbergh Farias

O senador, nesta quinta (8), foi escolhido o novo líder do PT no Senado

por Taciana Carvalho qui, 08/06/2017 - 16:33
Edilson Rodrigues/ Agência Senado/Fotos Públicas Edilson Rodrigues/ Agência Senado/Fotos Públicas

O novo líder do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado, Lindbergh Farias, em seu primeiro discurso ocupando o cargo, nesta quinta-feira (8), enalteceu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A mudança foi realizada, na tarde de hoje, e anunciada pela nova presidente da sigla, a senadora Gleisi Hoffman. 

Ao comentar uma pesquisa na qual Lula aparece liderando com 40% dos votos espontâneos, Lindbergh disse que espera que o ex-presidente volte a comandar o país. “Estamos vivendo perda de direitos. [A população] lembra do Lula como um período de inclusão onde a vida do povo melhorou. Essa pesquisa mostra muito a alteração da relação de forças que está acontecendo e eu acho que vai mudar mais”, afirmou. O senador chegou a debochar do senador afastado Aécio Neves, que no estudo aparece com 0%. “Mas também, esse aí já era né?”, alfinetou. 

O senador disse que é “uma ilusão” o presidente Michel Temer (PMDB) achar que se for absolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que julga a chapa Dilma-Temer na campanha de 2014, o peemedebista vai ter condições de governar o país. “A crise não tem jeito [de acabar] enquanto Temer estiver na presidência. A bandeira das Diretas Já vai crescer. Estaremos presentes nas manifestações. Esse governo não se sustenta”, alertou.

Lindbergh Farias ainda declarou que virá uma nova denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer. “Todo mundo sabe que vai vir uma denúncia. Ele conseguiu a proeza de cometer um crime em meio ao mandato. Na verdade, são vários crimes. Formação de quadrilha, corrupção, obstrução da Justiça e prevaricação. O procurador-geral vai denunciar Michel Temer”, reiterou. 

“O que acontece quando o procurador-geral denuncia um presidente da República? Tem que ter autorização da Câmara dos Deputados. É um processo parecido com o impeachment. Tem que ter dois terços dos votos para que o presidente seja processado. Então, eu estou prevendo um agravamento da crise porque isso deve acontecer nas próximas semanas e aí o país continua parado. O governo vai tentar convencer os deputados. Só que é voto aberto. Vai ter o deputado que vai votar e se expor, agora eu não acho que vai ser fácil para o governo. Tem que ter um grande esforço e eu acho que o governo vai ter que usar a máquina pública”, acrescentou. 

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