“Eu sou inocente”, diz ministro Napoleão Nunes Maia

Exaltado, o ministro falou sobre notícias veiculadas na qual seu nome estaria envolvendo nas delações da JBS e OAS

por Taciana Carvalho sex, 09/06/2017 - 16:26
Roberto Jayme/ Ascom/TSE/Fotos Públicas Roberto Jayme/ Ascom/TSE/Fotos Públicas

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Napoleão Nunes Maia Filho, na tarde desta sexta-feira (9), durante julgamento da chapa Dilma-Temer, se exaltou bastante ao contar alguns fatos que ocorreram envolvendo o seu nome. Ele disse que hoje pela manhã foi publicada uma notícia na qual seu nome teria sido citado em uma delação da OAS. “Absolutamente mentirosa a pessoa que fez isso. É indigna, mentira. Nunca participei de reunião nenhuma com ninguém da OAS. Não sei que diabo é OAS”, disparou.

O ministro declarou que a prova era que todas as suas decisões envolvendo a OAS foram contrárias à empresa.  “Tem que se por freio nisso. [Estamos] descambando para uma relação que não pode chegar a bom termo”, acrescentou. Ele também contou que envolveram seu nome no acordo feito pela JBS. “Porque um infrator confesso faz delação para receber benesses usando meu nome. Pura mentira, sínica e vergonhosa”.

Napoleão enfatizou que está sendo prejudicado. “Eu sou inocente sobre tudo isso (...) vem essas pessoas desfazer uma reputação de 30 anos”, falou em tom alterado.

Ele ainda contou que, mais cedo, o seu filho foi barrado de entrar no tribunal porque não portava trajes adequados. Segundo Napoleão, o filho teria ido até a Corte mostrar fotos de sua neta de três anos de idade. Nunes contou que, logo após o episódio, uma notícia foi publicada com título afirmando que “homem misterioso portanto envelope tenta entregar documento” ao ministro Napoleão. “Uma linguagem maliciosa. Passei momentos de grande indignação, revolta e desejo que sofra sua família [quem publicou a matéria] o que me fez passar hoje. Era simplesmente um envelope com as fotos de uma criança. O homem misterioso era meu filho. O rapaz ficou pasmo quando viu a noticias nesse site”, contou.

“Tenho esse palco para me defender. Para demonstrar minha indignação e minha repulsa. Não é jornalista quem faz isso. Vai me perdoar a minha revolta. Se isto não terminar, o final não será bom. Publicam o que querem como querem e aí o sujeito fica indefeso diante disso. Ou deve fazer o que? A delação está servindo para isso. Denunciar alguém em troca de benesses”, explanou.





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