'Temer não tem o menor resto de dignidade', diz Ciro

O candidato a presidente do Brasil garantiu que Temer não vai renunciar e chamou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), de cúmplice 'da quadrilha'

por Taciana Carvalho seg, 12/06/2017 - 15:50
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo . Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Entre as muitas críticas que o presidenciável Ciro Gomes (PDT) fez ao sistema político brasileiro, durante passagem no Recife, a maioria foi ao presidente Michel Temer (PMDB). O pedetista garantiu que Temer não vai renunciar. Ciro também disse que tudo o que está acontecendo no Brasil “é muito trágico”. 

Ciro contou que o seu partido definiu a diretriz no sentido de defender as eleições diretas, mas que considera muito improvável que isso aconteça. “Há algumas premissas que considero muito improváveis de acontecer. A primeira delas, a vacância da presidência, porque a vacância só acontecerá por renúncia, que o Michel Temer não tem o menor resto de dignidade para praticar. Não haverá renúncia”, garantiu. 

O segundo ponto que o ex-governador do Ceará falou seria um processo de impeachment contra Temer. “A sede do processo é com o presidente da Câmara, que é cúmplice. Não posso dizer aliado porque aliado é na política, na quadrilha é cúmplice”, disparou se referindo ao democrata Rodrigo Maia. 

Ciro Gomes também acrescentou que está próximo do o chefe do Ministério Público Federal (MPF), Rodrigo Janot, revelar a “nova denúncia” contra o peemedebista. “Aí vem a denúncia de Janot, que vem com casca e tudo. Vem quente, vem para valer”, disse. “Nós vamos ver  a Câmara votar o arquivamento dessa denúncia e o país vai ter esse maribundo político. Esse cenário nos leva a uma situação de decadência socioeconômica e, em 2018, não é preciso votar em mim, mas precisamos fazer debate do futuro para o país”, completou.

Durante sua explanação, Ciro ainda afirmou que só o povo na rua de forma também “muito quente” pode reverter a situação. “Tem que ir para cima deles. Só assim este milagre acontecerá”. Ele ainda avaliou como “muito bom” o resultado do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a chapa Dilma-Temer na campanha de 2014. “O TSE poderia ter declarado a chapa inviável. Muitos tiveram a esperança disso, achei até muito bom porque eu achei que seria 5 a 2”, contou sobre os votos dos ministros. 

 

COMENTÁRIOS dos leitores